25.08.18 - Sábado

Börja om från början
                                    

Juro que foi apenas uma observação, porque tem aquele mito de que todo motel tem essas coisas.

"Você queria um?" ele perguntou, com aquele meio-riso dele.

Eu disse que "não" no mesmo instante. Expliquei que provavelmente me sentiria mal de ficar me vendo. Ao menos nessa primeira vez... E enquanto eu me enrolava para tentar dar explicações, ele me puxou pela mão para irmos ver a suíte. E, caramba... Que banheiro bonito, esse aqui! Se eu tivesse um desses em casa, não iria querer sair. Tem uma banheira, iluminação colorida (a cor que quisermos), e quando chegamos ela já estava cheia, aquecida, e com espuma perfumada.

O Nicolas foi até uma cadeira de vime (sim, no banheiro tem duas cadeiras de vime e um vaso com um mini coqueiro também – e um espelhão) e se sentou. Aliás, é mais correto se eu disser que ele se esparramou na cadeira, e apoiou a cabeça numa das mãos, me olhando. E não foi qualquer olhar... Claro que não. Foi daqueles que me deixam sem saber onde colocar as mãos.

É sério, o Nick sabe me deixar sem jeito quando quer. E naquele momento ele parecia querer muito.

"Lembra de sua aposta?", ele falou, quase cruel. Mas ainda assim percebi que por trás daquilo ele estava só me provocando. Mesmo sabendo que estávamos sozinhos, eu fiquei gelado. Levei minha mão até a barra de minha camiseta, para tirá-la, mas não consegui fazer mais nada além de ficar segurando o pano. Eu sabia que tinha algo errado: estava rápido demais. Na mesma hora o Nick se levantou e veio até mim. "Ei, Zak, era brincadeira... Não vou te forçar a fazer isso". E ele colocou minhas mãos no peito dele, sobre a camisa preta. "Olha aqui, eu também estou nervoso".

Então senti o coração dele. Parecia que estávamos sincronizados. Eram dois tambores frenéticos bombeando sangue para nossos rostos, e... para um outro lugar.

Eu sabia que eu tinha que relaxar (é a primeira regra, lembra?), então fechei os olhos e respirei fundo. Mantive minha mão no peito dele, e encostei minha cabeça ali também. Quis sentir o calor dele, o perfume... E queria me aproximar de meu namorado. Eu não estava mais vendo o rosto do Nick, apenas os botões brilhantes da camisa. E senti os dedos dele em meu cabelo... e depois em meu pescoço, e em minhas bochechas.

Desta vez, o beijo foi um pouco mais quente. E à medida em que eu sentia a língua úmida, deixei os olhos semi-abertos para vê-lo. Dizem que o melhor beijo é de olhos fechados, e... eu concordo. Mas tem horas que olhar também é bom demais.

"Gostou da camisa?", ele perguntou, com a boca ainda tocando a minha. Pareceu meio fora de contexto naquela hora, e eu quase me desconcentrei, mas depois que concordei (porque ele estava mesmo divino), o Nick completou "Tire-a pra mim".

Ah, Nicolas... Se ele soubesse quantas vezes eu já o despi em minha mente... De todas as vezes que fizemos alguma coisa, em nenhuma delas ficamos totalmente nus. Eu nunca o vi totalmente sem roupa, e aquele momento foi...

Ahh... Sério, não tenho palavras.

A cada botão que eu soltava, uma parte da pele bronzeada ia sendo exposta. Quando abri totalmente, me afastei um passo para olhá-lo. Acho que não preciso falar novamente que eu estava com o coração na garganta, né?

Soaria repetitivo...

Mas eu estava!

Meus olhos foram diretamente até os mamilos dele... Era tipo um ímã. Estavam arrepiados, e eu quis passar os dedos ali... O Nick fechou os olhos, sentindo meu toque. O som da água da banheira de hidromassagem somado ao vapor e à respiração dele eram tão inebriantes... Pensei em colocar música, mas... Sinceramente? Qualquer outro som estragaria aquele momento.

O Monotono Diario de Isaac [BETA]Där berättelser lever. Upptäck nu