Capítulo 30

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– O que vamos fazer? – Alice perguntou em desespero.

– Nós já gastamos muita energia! – Javier fez questão de lembrar.

– Calem a boca! – Klaus gritou – Nós precisamos ficar calmos.

– Nossa energia está voltando... – Andrew observou – E isso vai requerer que façamos um feitiço juntos, o que vai compensar... Certo?

Theo! – Chuck gritou em minha mente – A gente consegue!

– Tudo bem... – Eu reagi – Peter, vá para o hotel e dobre a proteção. Se a ilha for destruída, certifique-se de que os convidados sobrevivam.

– Não deveríamos aproveitar a energia dele? – Emma perguntou.

– Não. – Eu respondi – Nossa energia agora é igual e funcionamos como um só. A energia dele é diferente e lidamos há pouco tempo com o circulo. Só vai atrapalhar.

– Com licença, senhor. – Peter fez uma reverencia antes de sumir.

Nós vamos voltar para o pescoço de vocês! – Lady avisou – Vamos aumentar a energia de vocês.

– Vamos nos dividir. – Eu comecei a dar ordens – Mateus e Klaus vão para a praia, ao sul. Alice e Carlos vão para a mansão, no norte. Emma e Cassidy fiquem entre os parques, a oeste daqui. Javier e Andrew vão para a praia secreta, no leste. Nós precisamos criar uma barreira, a mais forte que formos capazes... Conectem suas mentes, pra que não haja erro. Vamos construir a barreira juntos e eu vou alimentá-la do centro da ilha.

– Isso vai funcionar? – Andrew questionou.

– Você ainda está aqui? – Eu troquei o assunto – Temos menos de dois minutos até sermos atingidos.

Me teleportei para longe deles. Eles estavam desesperados e não precisavam ficar cientes de que eu também estava. Eu conseguia ver através dos olhos deles os tsunamis se aproximando da costa e era simplesmente aterrorizante.

Fica calmo, Theo. – Katharine disse em minha mente – E dê o seu melhor.

Prontos? – Eu perguntei para eles.

É agora ou nunca! – Klaus respondeu agitado.

Uma vez que o feitiço começou, de cada um de nós um pilar de luz branca subiu ao céu. A barreira se formava devagar e ainda assim custava muita energia. Ela envolvia a ilha desde o fundo do mar a cinco quilômetros da ilha, até o topo da mais alta montanha.

Conseguimos. – Foi a última coisa que ouvi antes de perder o resto da minha energia.

A barreira estava pronta, mas nem de longe seria o suficiente. Eu precisava continuar alimentando-a, mas estava esgotado e prestes a perder a consciência, como eu tinha absoluta certeza que acontecera com os outros. Eu olhei para o alto e notei que começavam a se formar rachaduras.

– Droga! – Eu gritei para mim mesmo. – Droga! Droga! Droga! Droga!!!

Em meio minuto a barreira seria atingida e ela não iria suportar nem o primeiro impacto. Eu precisava continuar alimentando a barreira e foi o que eu tentei fazer. Eu consegui com muita dificuldade, doar a pouca energia que eu havia acumulado naqueles segundo, contudo não houve qualquer mudança.

– Eu preciso protegê-los. – Eu tentei de novo, sem sucesso.

Não era só a minha ilha, era a ilha também, o melhor presente do meu pai. Mas acima disso eram os meus amigos. Eu precisava deles, eu precisava das maluquices da Alice, eu precisava do jeito sério do Andrew e do bom humor do Javier. Eu precisava de todas as brigas com o Carlos, da descontração da Cassidy e da acidez de Emma. E no meio disso tudo estavam aqueles dois, os dois que eu mais precisava proteger... Os dois de quem eu mais precisava, por que deles eu pude receber amor.

Filhos da Tormenta - Aquele Verão [Livro 1]Where stories live. Discover now