Fairytale

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09 de Janeiro de 2012

A lua já se mostrava majestosa no céu há pelo menos uma hora. O ar estava frio e úmido, tornando a atmosfera da floresta ainda mais selvagem. Eu já estava esperando os outros há, pelo menos, dez minutos e enquanto esperava agradecia Peter, mentalmente, pelo trabalho impecável.

A trilha até a clareira na floresta, que a partir de determinado ponto deveria ser percorrida a pé, fora toda ornamentada e marcada com pequenos recipientes de velas, que mais pareciam ter sido feitos por hippies. Em um píer improvisado que ficava a margem do lago estavam dois bares e a mesa do DJ. No centro da clareira uma enorme fogueira cintilava, provendo iluminação quase sombria, o que a meu ver era a iluminação ideal.

– Fantasma da Opera? – Alguém disse atrás de mim – Boa escolha!

– Eu sei, Alice. – Eu respondi dando de ombros.

– Meio coberta demais, não!? – Ela perguntou.

– Talvez... – Eu respondi – Mas só torna mais divertido a hora de tirar.

– Você só pensa em sexo? – Ela perguntou em falsa indignação.

– Claro que não! – Carlos disse se aproximando – Ele também pensa muito no umbigo dele.

– Você é patético! – Eu debochei – Um fauno? Sério?

– E o que é que tem? – Ele perguntou ranzinza.

– Tenho certeza que a Alice estar fantasiada de fada foi mera coincidência. – Eu gargalhei e ele pareceu ruborizar.

– Cala boca! – Alice me respondeu – Você é tão babaca às vezes!

– Quase sempre. – Eu rebati – Mas se serve de consolo, você é a fada mais sexy que eu já vi. – E aquilo foi sincero. Não era só o belo penteado, ou a maquiagem muito bem feita, mas o vestido bem curto, junto a um decote frontal formidável e as costas nuas. Alice sabia fazer o significado de "fantasia" ir para outro nível. – E suas asas... Magia? Ficaram bem reais.

– O que é o mundo sem magia? – Ela deu de ombros.

– Nada! – Carlos respondeu. Ele também estava muito bonito. Com o peitoral completamente nu, os pés descalços e apenas uma calça que lembrava a pele de um cordeiro. Os chifres e as orelhas pontudas definitivamente eram mágicos, embora a maquiagem estivesse muito bem feita.

– Onde estão os outros? – Eu questionei. – Eles estão atrasados!

– Você está sempre atrasado. – Klaus respondeu ao se aproximar com Mateus. E estavam ambos respectivamente fantasiados de Peter Pan e Viking.

– Você ficou muito fofo. – Eu disse dando um selinho em Klaus. – A fantasia ficou perfeita em você.

– Poderia ser diferente? – Ele gargalhou me fazendo provar do meu próprio veneno.

– E você também está muito bem, Mateus. – Eu observei – O viking mais sexy que eu já vi.

– Chegamos! – Cassidy anunciou – Lindas, poderosas...

– E combinantes. – Eu terminei, mesmo sem fazer ideia do que elas diriam – Meio patético, não acham?

– Vocês estão maravilhosas, meninas! – Klaus me interrompeu.

– Cass, fique a vontade para me levar ao país das maravilhas! – Carlos disse em um de seus devaneios – Ou deveria te chamar de Alice?

– Fique longe dela! – Emma avisou e por um segundo ela não pareceu estar brincando.

Filhos da Tormenta - Aquele Verão [Livro 1]Where stories live. Discover now