Drink Party

9 0 0
                                    

13 de Janeiro de 2012


Imagine a melhor balada da sua vida. Sério... Tente se lembrar das sensações, as pessoas, de toda a bebida... Conseguiu? Eu te digo com toda a certeza do mundo: Não chega aos pés da festa em que estávamos.

Estávamos no subsolo da mansão. O lugar era completamente fechado, uma caixa, mas era climatizado e amplo. Com um esplêndido jogo de luzes, três bares, go–go boys e go–go girls, era superior a qualquer boate que eu já houvesse ido. As paredes eram negras, o chão de mármore negro era quase um espelho e por falar em espelhos, havia muitos deles pelo lugar. As pessoas pareciam ainda mais jovens e bonitas por ali, dentro de suas roupas de marca, sempre as mais provocativas possíveis.

As bebidas estavam geladas, as mulheres eram quentes. No lugar de sangue, álcool percorria nossas veias, enquanto nossos corações batiam alucinados no ritmo da música. O ecstasy tornando cada luz mais brilhante que a anterior, preenchendo de desejo todo e qualquer toque.

O bar estava cheio, as pessoas muito bêbadas. Vazias de senso com copos cheios nas mãos. No ar pairava um cheiro de sexo, talvez fossem as roupas curtas e apertadas, talvez fosse a pele exposta, talvez a fricção entre dois ou mais corpos, ou até mesmo o suor que naquela altura brilhava sobre a pele da maioria dos convidados.

– De longe a MELHOR festa! – Alice disse ao se aproximar, se equilibrando em seus saltos altos e lutando para não mostrar demais com sua microssaia.

Eu não sabia ao certo o motivo, – Naquela altura seguir uma linha de raciocínio era complicado – mas era impossível não concordar com ela.

– A MELHOR!!! – Eu gritei eufórico.

– Alguém provou "balas" demais! – Ela observou entre risos.

– "Alguém" quer se divertir! – Eu disse um pouco antes de lhe roubar um beijo. Rápido, mas quente. – Tequila! Minha bebida favorita! – Eu brinquei ao sentir o gosto que preenchia a boca da minha melhor amiga.

– De onde veio isso? – Eu a ouvi perguntar segundos antes de deixá-la para trás.

Eu não tinha uma resposta para aquela pergunta. Eu estava bêbado e altamente drogado. Não queria pensar ou me importar e eu era muito bom nisso. Eu era divertido quando fazia isso.

– Você é tão mais divertido quando não pensa. – Klaus, que parecia sóbrio demais, observou ao se aproximar.

– Você é tão lindo! – Eu gritei em resposta, no meio da música muito alta – Parece um anjo!

– Você não deveria estar alerta? – Ele riu – Ou ao menos em condições de pensar rápido?

– Casa comigo? – Eu pedi em um momento de loucura.

– Não. – Ele respondeu com um sorriso doce.

– Casa comigo! – Eu balbuciei a exigência.

– E o que seria de nós dois amanhã de manhã se eu te disser um "sim"? – Ele parecia estar se divertindo com aquilo.

– Nós temos essa noite... – Eu dei de ombros – Quem precisa do amanhã?

A multidão estava alucinada. As pessoas pareciam fora de controle. Bêbados e drogados se espelhavam por todo o lugar. Alguns pareciam se preocupar com privacidade, mas uma meia dúzia de casais transavam ali mesmo. Era quase como um culto moderno e insano a Afrodite, cheio de beijos entre estranhos, alguns triplos ou quádruplos. Meu mundo estava rodando, mas os olhos de Klaus pareciam segurá-lo por mais alguns segundo. Eu queria dizer algo, mas não conseguia pensar em nada, eu nem se que conseguia entender o que se passava dentro da minha cabeça ou do meu coração – Embora naquela época eu não tivesse absoluta certeza sobre possuir um. Ele me olhou por mais um segundo e então um estrondo veio da multidão.

Filhos da Tormenta - Aquele Verão [Livro 1]Where stories live. Discover now