O Segundo Ritual

11 1 0
                                    

15 de Janeiro de 2012, Domingo.

Embora fosse verão, aquela noite estava fria. O céu estava coberto de nuvens e uma névoa densa preenchia a floresta. Atipicamente não se ouvi barulho algum... Era como se a noite estivesse morta.

Eu não os podia ver completamente, mas notava que oito rostos confusos me encaravam naquela noite.

– O que viemos fazer aqui? – Klaus perguntou irritado encarando os sete homens desacordados no chão.

– Vocês já ouviram falar da Lua Sangrenta? – Eu perguntei em um meio sorriso.

– A lua que aumenta, em incríveis proporções, o nosso poder de ataque? – Andrew perguntou querendo mostrar que aquilo era obviu.

– Essa lua aparece uma vez em todos os verões. – Eu continuei falando – E bom... Essa lua é necessária em um determinado ritual...

– Que é o que nos traz aqui! – Klaus disse com o que me pareceu raiva. Ele conhecia minha história, ele entendera o recado.

– Eu tive meu selo da morte rompido a cerca de cinco anos atrás – Eu disse – Sob essa mesma lua...

– Eu pensei que você tinha morrido. – Mateus observou.

– Ele morreu. – Klaus respondeu – A questão é quem o matou...

– E isso nos leva direto a minha queria mãe. – Eu completei sarcástico – E naquela noite ambos rompemos o nosso selo da morte.

– O que você quer que façamos exatamente? – Alice perguntou.

– Eu quero que vocês matem! – Eu respondi sorrindo.

– Sete homens... – Andrew observou – Nós somos oito!

– Ele sabe que eu não vou matar ninguém! – Klaus respondeu sem tirar os olhos de mim.

– Não tenham pena. – Eu disse – Ou misericórdia! Esses homens são assassinos, estupradores e terroristas. Eles estavam condenados a morrer. Eu só interferi e os contrabandeei no navio.

– Essa era a sua carga especial? – Carlos perguntou.

– Você planejava unir o circulo há tanto tempo? – Alice perguntou.

– Vocês são fracos! – Eu dei de ombros – O circulo os tornaria mais forte e me tornaria mais forte...

– Que seja! – Emma anunciou.

– Se vamos fazer isso... – Cassidy falou.

– Vocês vão! – Eu respondi.

– SE vamos fazer isso... – Ela repetiu – Vamos ao menos dar uma morte rápida a eles.

– Eu posso lidar com isso! – Javier deu de ombros.

– Acordem! – Eu ordenei aos sete corpos na minha frente.

O feitiço do sono se desfez e aos poucos eles foram acordando. Um vento forte soprou e no céu as nuvens se moveram, revelando a lua vermelha que pairava no céu em toda a sua magnificência. Os prisioneiros não demoraram a se colocar de pé, embora permanecessem confusos sobre estarem ali.

– Que porra é essa? – Um deles perguntou.

– Nós vamos brincar de caçar. – Eu disse – E vocês são as presas!

– E quem são os caçadores? – Um segundo perguntou rindo – Vocês crianças?

– Eu não tiraria vocês do corredor da morte para que ficassem vivos. – Eu respondi com um sorriso macabro – Vocês são a escória e, bom... Eu nunca acreditei em arrependimentos. Vocês tem que morrer.

Filhos da Tormenta - Aquele Verão [Livro 1]Onde histórias criam vida. Descubra agora