Capítulo 29

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CLAREIRA – 13 horas e 16 minutos.

Eu finalmente podia encarar o inimigo de frente. Eu estava explodindo de ódio e embora ódio cego pudesse ser prejudicial em uma luta, naquele momento só me tornava ainda mais nocivo.

Eu vi Klaus e Mateus correrem até Pietro e assim que eles o tocaram, os três sumiram. Atrás de mim, Carlos e Alice também se foram. Eu comecei usando o meu melhor. Cerquei todo o lugar com fogo, fazendo com que as chamas atingissem cerca de dois metros de altura. Sem mágica, ninguém entrava e ninguém saia.

– Tentando nos transformar em churrasco? – Geovana perguntou em uma risada psicopata.

– Só te dando um gostinho do que te espera. – Eu respondi.

Eram dois contra um. Embora Polidoro não parecesse querer interferir, eu deveria estar preparado para tudo. Desde o aviso de Katharine, carregava comigo a adaga que anos atrás derrotou Polidoro. Ela estava presa em um suporte, na parte de dentro da minha coxa. Não me abaixei para pegá-la, usei magia para trazê-la a uma das minhas mãos e na outra conjurei uma espada de luz.

Polidoro permaneceu impassível, como se nada estivesse acontecendo. Geovana, por outro lado, sorria diabolicamente. Seu exército de monstros correu em direção a mim e aos outros que ficaram. Eu corri entre eles, derrubando todos os que entravam em meu caminho. O objetivo era chegar aos "generais".

– Os desviem. – Eu ouvi Andrew gritar para os outros. – Precisamos abrir espaço para o Theo.

Dez segundos depois eu a alcancei.

– Vadia! – Eu disse enquanto tentava desferir um golpe com a espada.

– Muito lento. – Ela respondeu desviando e se colocando em minhas costas.

Eu usei o cotovelo para acertá-la e consegui com sucesso acertar a boca do seu estomago.

– Magia não é tudo! – Eu disse me virando para encará-la.

– Magia é poder! – Ela respondeu segundos antes de raízes, ou caules, não sei ao certo, agarrarem meus pés. Eles cresceram através do meu corpo em uma velocidade assustadora, e começaram a me apertar.

– Isso é o seu melhor? – Eu incinerei todo o meu corpo, queimando a planta no processo.

– Belo abdômen! – Ela disse irônica, quando uma grande parte do meu corpo ficou exposta depois de minhas roupas queimarem.

Voltei a tentar acertar golpes nela, as ela tinha uma velocidade tão absurdamente assustadora quanto a minha. Consegui acertar alguns socos, nenhum golpe de espada e a cada soco que eu dava, ela conseguia me acertar pelo menos um de volta.

– Já cansou? – Ela me perguntou quando tomei distancia.

Corri em sua direção. Ela não se moveu até que eu estivesse muito perto.

– Errou. – Ela gargalhou.

– Olha para baixo, querida. – Eu respondi, enquanto mãos a puxavam para dentro da terra. Uma vez que apenas pescoço e cabeça ficaram fora da terra, com toda a minha força eu acertei um chute direto no rosto dela.

– MEU NARIZ! – Ela gritou, enquanto uma cascata de sangue jorrava dele.

– Dava para notar a plástica. – Eu dei de ombros.

Em segundos ela estava atrás de mim. Eu havia me distraído e paguei com uma queimadura enorme nas costas, causado por um ataque de fogo muito próximo.

Filhos da Tormenta - Aquele Verão [Livro 1]Unde poveștirile trăiesc. Descoperă acum