– Vadia! – Eu gritei com a dor, caindo de joelhos e precisando largar a espada de modo que pudesse usar o auxilio de uma das mãos para me apoiar e recebendo em seguida um chute no rosto.

– Tem algo escorrendo do seu nariz. – Ela disse sínica.

PRAIA – 13 horas e 22 minutos.

A luta estava equilibrada. De uma forma estranha os estilos de lutas tão distintos entre os dois, parecia dar certo.

– Esse cara não cansa? – Mateus perguntou já começando a ficar ofegante.

– Nã.. – Klaus tentou responder antes de ser acertado.

Mateus conseguiu revidar, acertando um soco com a mesma força que ele usara para transformar as árvores em migalhas, lançando para longe o demônio.

– Obrigado. – Klaus agradeceu, pegando na mão de Mateus para se levantar – Precisamos tornar o corpo do Pietro inabitável.

Basileu voltou em alta velocidade, e por muito pouco os dois foram capazes de desviar. Klaus lutava com uma espada em uma mão e uma bola de energia pura na outra. Enquanto Mateus destruía o corpo, Klaus enfraquecia o parasita que estava possuindo meu irmão.

Mateus conseguia acertar muitos golpes, sua velocidade e força era assustadores. Klaus, entretanto era quem conseguia causar maior dano, uma vez que seus ataques eficazes eram poucos, mas precisos, diferente dos do Mateus que podiam ser muitos, porém brutos e desajeitados.

Basileu se recuperava rápido, provavelmente era mais forte que Polidoro. Eles eram maiores em número, mas muito menor em força... Se quisessem vencer, precisariam usar a cabeça. O demônio aumentou sua velocidade, de forma que conseguiu acertar cinco golpes seguidos em Mateus, tão fortes em intensidade, quanto o que ele havia recebido.

HOTEL – 13 horas e 35 minutos.

– Você verificou as piscinas? – Alice perguntou ao Carlos.

– Chequei as piscinas, as saunas e todos os banheiros. – Ele respondeu – Já estão todos em seus quartos.

– E os empregados? – Ela perguntou.

– Fora de perigo. – Ele respondeu – Mantive a maioria onde estavam, mas precisei desligar os fogões na cozinha... Estão todos seguros.

– Segura as minhas mãos. – Ela disse.

– O quê? – Ele pareceu surpreso.

– É mais fácil para construir a barreira. – Ela respondeu irritada – Segura logo!

Ele fez o que ela mandou, Alice sabia ser tão mandona quanto eu quando queria. Ela logo fechou os olhos, ele levou dois segundo a mais a encarando. Uma vez que os dois se concentraram o feitiço foi simples de ser feito. Eles criaram uma barreira invisível, com dupla proteção. Ninguém podia entrar ou sair e qualquer um que tentasse era automaticamente incinerado.

– Seguro o suficiente? – Carlos perguntou ofegante.

– Acho que sim! – Ela respondeu também cansada. – Temos muito mais energia que antes, e usamos uma parcela assustadora dela...

– Vamos... – Ele disse passando seu braço na cintura dela, e o braço dela em seus ombros de modo que ela pudesse se apoiar – Eu levo a gente para mansão, Lady e Beethoven já devem ter chegado lá.

Filhos da Tormenta - Aquele Verão [Livro 1]Where stories live. Discover now