Sweet Poison ❤ Jikook ABO

❤ Sixty Five ❤

❤ #SueterVermelho ❤

Boa Leitura! ❤

“Ele tem um jeito todo carinhoso, romântico, atencioso, coisa que no mundo de hoje não é fácil de achar, mas eu sou um garoto de sorte, eu o achei. Ou será que foi ele que me achou?” – Autor Desconhecido

❤ JUNGKOOK ❤

     Poderia dizer que meu dia seria maravilhoso, isso se pudéssemos continuar na cama por toda a manhã. Acordar com seu corpo junto ao meu, tendo a visão perfeita de seu rostinho sereno e seu perfume se espalhando pelo ambiente é um sinal de bom presságio, mas não há como dizer que a boa sorte vai durar assim que chegamos em Busan.

     A família Jeon é tradicional e muito respeitada na cidade, conhecida pelos médicos e advogados de extrema competência, mas ao conviver com meu pai durante uma parte de minha vida, não poderia dizer o mesmo de seu caráter. Embora saibam de tudo que ele fazia, os mais velhos fizeram questão de manter sua memória como um homem íntegro e sem defeitos.

     Se ele fosse de fato como eles dizem, jamais teria deixado minha mãe com um mundo de traumas para carregar.

     Yoongi e eu dificilmente mantemos contato com nossos avós, fomos cortando aos pouquinhos por presenciar as coisas absurdas que ainda rotulam nossa mãe. Minha avó diz com convicção que o filho jamais desonrou o matrimônio, mas não era ela que vivia trancada em prantos em um quarto, lidando com a marca de alguém que no primeiro instante jurou amar apesar de tudo.

     É muito fácil opinar sobre aquilo que não está vivendo, afinal todos somos santos ao viver de fachada. A vida perfeita das fotos em família era um mero teatro, Yoongi e eu convivemos por anos vendo nossa mãe sofrer por um monstro que nunca a respeitou, apenas a usou para ganhar credibilidade e exibir como troféus nas festas da alta sociedade.

      Jimin estava dormindo pesadamente quando o despertei, mas antes de fazê-lo aproveitei para observá-lo por alguns minutos. Meu ômega fica fofo vestido com minhas camisas, porém são as marquinhas em seu corpo que denunciam o quanto somos insanos um pelo outro.

     Confesso que foi uma tortura tirá-lo de seu sono, principalmente por ter presenciado o quão exausto ele ficou após a festa de casamento. Os sintomas de uma ressaca bruta apareceram como já era de se esperar, afinal Jimin nunca teve o costume de se exceder e acabou passando de todos os limites com os diferentes drinks servidos no evento.

     Preparei um banho morno enquanto meu gatinho manhoso se espreguiçava sobre a cama, tentando repor as energias que foram duramente afetadas pelo uso excessivo do álcool. Tive que arrastá-lo para fora do colchão, ouvindo murmurar inúmeros xingamentos por ter perturbado seu sono sagrado.

     Se Jimin soubesse da terça parte do que aprontou na noite anterior, falaria que sua alma foi dar uma volta e deu espaço para um espírito muito rebelde e debochado assumir o controle. É claro que ele não se recorda, seria estranho se tivesse o mínimo de memória diante de tudo o que consumiu naquela festa.

     Fiz questão de cuidar dele como fiz após a festa, afinal isso não é nenhum tipo de sacrifício para mim. Jimin é o bem mais precioso que tenho, zelar por seu bem estar e por sua segurança é meu dever como alfa.

     Não há mais vergonha entre nós dois, ao menos não quando dividimos tarefas simples como tomarmos um banho e andarmos nus na frente um do outro. Nossa intimidade chegou a níveis que jamais imaginei um dia, o que chega a ser engraçado tendo em vista a forma que costumávamos nos evitar e até mesmo alfinetar no início de tudo.