Capítulo 11 - Revelações.

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Sangue. — Sussurrou Luna olhando para Pablo.

Em silêncio ela e Pablo começaram descendo bem devagar seguindo a trilha de sangue, após algum tempo ela viu um corredor de um lado e mais degraus do outro. A trilha de sangue continuava pela escadaria, mas eles precisavam saber o que tinha no outro corredor. Bem na entrada do corredor tinha uma pequena luz artificial presa a parede, mas ao encarar a escadaria ela estava completamente escura.

— Por onde vamos? — Perguntou Pablo.

— Você verifica o corredor e eu vou descer, provavelmente o corredor sai em alguma parte do primeiro andar. Descubra onde e venha me encontrar e não seja pego. — Disse Luna com firmeza e logo depois começou a descer.

— Espera! Não acho boa ideia nos separarmos. Pode ser perigoso pra você. — Pablo segurou o braço de Luna a impedindo de continuar.

Luna parou e encarou a mão de Pablo e depois olhou para o rapaz, seus olhos se tornaram dourados e sua expressão não era nada amistosa. Rapidamente Pablo soltou o braço dela encarando a jovem assustado. A jovem deu uma risada sem humor e disse.

Esqueceu com quem está falando? Perigoso só se for para eles ou para você. Siga a ordem que lhe foi dada. — As palavras saíram com rispidez.

Luna não esperou por uma resposta de Pablo ela simplesmente continuou a descer pelas escadas em silêncio e com cautela. Pablo resmungou alguma coisa, mas sinceramente ela não se importava, eles tinham uma missão a cumprir e não ia ficar perdendo tempo com Pablo e seus sentimentos. Talvez ela fosse obrigada a ter uma pequena conversa com ele, para que ele se lembre quem ela é e que ela não pretende retribuir os sentimentos dele, Luna estava pensando em acabar com aquele caso que eles tinham. Pablo não sabia separar as coisas e isso já estava irritando Luna, não precisava de ninguém tentando lhe dizer o que fazer. Ela foi criada para tomar as próprias decisões, ela foi criada para analisar a situação e tomar decisões rápidas e com menos danos colaterais. Ele estava achando o que? Que todos aqueles anos com Nikollay lhe ensinando os deveres de um Alpha ela realmente não saberia o que fazer? Ele estava achando que tinha algum tipo de influência sobre ela?

Esse pensamento fez com que Luna soltasse uma pequena risada, pelo visto ele era tão patético quanto Bernard, que achava que tinha Luna na palma de sua mão. Soltando um suspiro a jovem continuou descer as escadas em silêncio, seus sentidos ainda estavam aguçados. Não poderia correr o risco de ser surpreendida por alguém, podia ouvir um leve farfalhar de passos acima de onde estava, provavelmente era Pablo. Ela chegou ao último degrau e parou pressionando a lanterna contra seu corpo e ficou em silêncio para perceber se escutava algo, nada.

Ela podia sentir cheiros fortes vindo de algum lugar a sua frente, respirando fundo e com cautela ela voltou a erguer a lanterna e direcionou a luz por todo aquele lugar. Dando dois passos para frente enquanto movia a luz percebeu que aquilo era uma espécie de quarto, isso fez com que Luna franzisse o cenho. Por que teria um quarto atrás de uma passagem secreta? Tinha uma pequena cama com lençóis sujos e velhos, um pequeno guarda roupa que provavelmente só caberia cerca de 4 ou 5 peças de roupa. Pode observar duas portas e resolveu descobrir o que tinha nelas, a porta mais próxima ficava a esquerda de Luna, sem perder muito tempo a morena caminhou até a mesma e encostou seu ouvido na porta, silêncio. Então com cuidado ela abriu lentamente a porta e direcionou a luz para um pequeno banheiro com um sanitário e um chuveiro, o cheiro que saia dali não era muito agradável. Então Luna tratou de fechar a porta e caminhar na direção da outra, quando estava prestes a abrir a porta escutou passos vindo da direção da escada. A jovem então apagou a lanterna e se escondeu em meios as sombras, provavelmente era Pablo, mas ela não podia arriscar caso não fosse.

Utópico. - Duologia Deverpolt.Where stories live. Discover now