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Alguns dias depois...

Estava terminando de tomar meu banho pra sair e pegar a toalha do Marcelo. O outro vem de fogo e esquece até de pegar a toalha pra se enxugar...

Terminei de me secar e me enrolei na toalha indo até lá em baixo pegar a toalha.

Minha vida ultimamente tá o piruzal. Minha mãe já tá aqui, fixa. Malvadão arrumou uma casa muito boa pra ela perto da ONG. Ela queria mais lá pra baixo, mas como ela pediu permissão pra incrementar umas atividades na ONG, ela preferiu ficar mais perto de onde ela vai trabalhar.

Consegui um emprego lá no salão da Jane, faço vários procedimentos estéticos... Nanda tá louca querendo saber o sexo do bebê e nada do abençoado cooperar. Hoje eu iria de novo com ela na consulta e se Deus que quiser, hoje vai!

Passei meus cremes, vesti um conjunto de lingerie de renda na cor vinho, sequei o cabelo no secador pra ir mais rápido. Estava fazendo uma make simples, já que depois do hospital vou direto pro salão, tenho uma cliente pras 14h.

O outro me abraçou por trás me dando maior sarradão, nem gosto... Beijou meu pescoço e ficou passando a barba ali.

Jade: Amor, para, senão eu vou me atrasar... – afastei ele e continuei a me maquiar.

Malvadão: Vontade de ficar fodendo o dia todo contigo. – apertou meu quadril contra o dele me fazendo sentir sua ereção.

Jade: Você sabe que não dá... – terminei de passar o rímel e virei pra ele. – Você tem coisa pra fazer e eu também... – envolvi meus braços no pescoço dele.

Malvadão: Eu sou patrão, porra, tenho quem faça as coisas pra mim... Fica? – pediu enquanto mordiscava minha orelha. Filho da puta, sujo!

Jade: Mas eu não sou patroa... – me soltei dele. Deixa eu ir me movimentando que senão ele me prende direitinho aqui.

Malvadão: Não sei pra quê trabalhar, bagulho chato, não te falta nada. – sentou na cama de cara fechada enquanto me seguia com os olhos.

Jade: Não vou mais discutir sobre isso com você. – vesti um macacão preto com listras brancas finas de tecido tricoline, ele ia até a canela e em cima era um pouco decotado. Calcei uma Oxford preta de camurça.

Olhei pra cama e o outro tinha cochilado.

Marcelo não me deixa faltar nada, mas, poxa, ficar em casa 24h sem fazer nada é o gongo.

Passei perfume, catei minha bolsa e conferi se tava tudo ali. Fui até a cama e dei um selinho no meu amor, que acordou.

Jade: Já tô indo.

Ele assentiu sonolento e voltou a dormir.

Sai de casa indo em direção a casa da Nanda.

A verdade era que eu tava me desdobrando em mil, pra trabalhar, dar atenção pra minha mãe, pra ir nas consultas com a Nanda, já que o Dandin não podia e dar atenção pro meu namorido.

Mas eu consigo equilibrar, sabe? Mas Marcelo acha que eu tenho que ficar 24h a dispo dele, ai ele acaba achando ruim deu tá fazendo isso tudo.

Não pode ser assim.

Jade: Bora, bonita?

Nanda: Bora. – pegou a bolsa e veio remando até a porta. Era muito engraçado o jeito que ela andava por causa da barriga, que crescia cada vez mais.

...

Médico: Bom, parece que o neném resolveu revelar o sexo...

Nanda: E qual é? Pelo amor de Deus, vou morrer de curiosidade.

Médico: É um meninão! – Nanda ficou toda emocionada, eu acabei me emocionando junto.

Esperei a Nanda se limpar e se trocar e fomos pro shopping almoçar.

Nanda: Tô louca pra contar pro Daniel, ele vai ficar todo bobo.

Jade: Imagino a festa que ele vai fazer. – ela sorriu toda boba.

Nanda: E você, dona correria?

Jade: Tô equilibrando, tá dando tudo certo. – sorri.

Nanda: Nossas vidas mudaram tanto, né, miga?

Jade: Pois é, nunca imaginaria que chegaria onde chegamos.

Nanda: E sua relação com sua mãe?

Jade: Ah, é maravilhosa, ela é a mãe que eu sempre quis ter.

Nanda: Esses dias ela foi me visitar, ela é maravilhosa mesmo, disse que se eu precisasse de ajuda com o bebê ela ajudaria... Fiquei muito feliz, sabe? Eu agradeço a Deus todo dia por ter vocês na minha vida e por mimarem e amarem meu bebê da forma que eu não fui amada grande parte da minha vida pelos meus tios. – enxugou uma lágrima que caiu.

Jade: Já te disse que você é a minha família a cima de tudo. E nunca, em hipótese alguma, eu te abandonaria. Ainda mais não amaria meu afilhado. Coisa mais linda da dinda! – brinquei com a barriga dela.  Ela sorriu.

...

Depois que chegamos no pé do morro, pegamos um moto-táxi. Eu fui direto pro salão e Nanda pra casa.

Jade: Boa tarde, povo!

Preta: E ai, descobriu? – assenti sorrindo. – É o que?

Jade: Um meninão!

Preta: Ah, porra, eu disse!

Jane: Também desconfiava, pelo formato da barriga.

Jade: Foi toda boba conta pro Dandin, comprei até uma roupinha já pro meu afilhado.

Preta: Já tô doida pra pegar esse bebê no colo.

Jane: Tá bom é de você fazer um pra você. – brincou.

Preta: Tá doida, agora não, por enquanto vou babar o da minha amiga.

Fui lá atrás, guardei minhas coisas, lavei minhas mãos e fiquei de fofoca com elas até a cliente chegar.

Coração sem vergonha.Where stories live. Discover now