Malvadão
Hoje o dia foi corrido. Kikito foi liberar as mercadorias, Dudu foi cobrar. Refiz três vezes o orçamento e algo não tava batendo, tinha alguém me passando a perna e eu iria descobrir.
Tava num papo com o Tikão sobre essa parada quando o Dandin chegou todo ababacado.
Malvadão: Qual foi dessa onda ai?
Dandin: Tu nem sabe, parceiro.
Malvadão: Manda.
Dandin: Eu vou ser pai.
Malvadão: Que isso, moleque! – fiz toque com ele e dei um abraço nele. – Parabéns, pô.
Dandin: Valeu, irmão.
Tikão: Vamo ter que comemorar em grande estilo. – cumprimentou ele também.
Malvadão: Churrascada pros cria, né.
Tikão: Aquelas coisas... – esfregou a mão empolgado.
Kerolen entrou na boca toda toda. Crente que tem moral...
Kerolen: Dan, tô precisando de um patrocínio.
Dandin: Ihhh, caralho... Toma essa porra aqui. – tirou umas notas do bolso e jogou nela. – E não entra na reta da minha mulher não, que ela não pode se estressar. – disse todo bobo. Kerolen revirou os olhos e saiu. Neguei rindo.
Malvadão: Cês são foda...
Tikão: Mas em, vou chamar uns cara ai pra ver essa meta na moral, mas tem que ficar no sigilo, pra nós pegar o vacilão de surpresa.
Dandin: Qual foi dessa visão?
Malvadão: Tem alguém pegando dinheiro por fora, nessa porra aqui. Não tá batendo. – joguei o papel pra ele.
...
Ficamos bolando algo pra resolver essa parada maior cota, até que resolvemos ir pro bar tomar uma.
Dona Vera desceu a mais gelada pro bloco e ainda fortaleceu no tira-gosto.
Perdi a até a hora jogando truco com os cara. Mulher vai falar pra caralho, tô até vendo...
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Coração sem vergonha.
Fiction généraleA gente passa a vida querendo o muito, quando só o pouco nos faz feliz. E o pouco na maioria das vezes é o muito. O pouco. O pequeno. O minúsculo. Normalmente, nossas vidas sempre mudam drasticamente por causa de pequenos detalhes.