Vale, Fortasse

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— Então porque a demora? — Ele tinha raiva na voz. Encolhi meus ombros, sem perceber. — Quando eu mandar você fazer alguma coisa, faça apenas o que eu lhe pedir. Se é para você matar seu melhor amigo, apenas mate, sem contradições, sem hesitação. Eu lhe pedi para entregar uma carta, e nada além disso. Da próxima vez que você enrolar, posso te punir. — Aquele não parecia ser o Taehyung que eu conhecia... Bom, achava que conhecia.

Calúnia. Eu apenas parei para conversar por alguns segundos com Heechul.

— Mas, Tae…

— Não questione as ordens de seus superiores! — O som de sua voz grave ecoou.

Ele se tocou de que eu estava assustado. Sua feição mudou completamente.

— Jimin... — Ele se sentou na cama. — ...Vamos até sua família, ok?

— Ok. — Abaixei a cabeça. Eu não conseguia olhar para seus olhos novamente.

— Jimin? — Quando ele percebeu que eu não pretendia olhar para seu rosto, o loiro soltou um suspiro demorado. — Jimin, eu… — Então ele se aproximou mais de mim e tentou usar a voz mais acolhedora o possível. — … Eu só fiquei preocupado, o rei sabe ser impiedoso quando quer.

— Tudo bem… Vamos logo

 Me levantei e fomos andando até a parte de trás do castelo onde havia um espaço gigantesco. Lá para baixo havia uma floresta densa e muito extensa com um escondido centro de treinamento entre as árvores. À minha esquerda parecia ter uma pequena fazenda com um grande estábulo. Ao lado do castelo se via o que aparentava ser um jardim bem grande, mas que infelizmente fora coberto pela neve da estação. Mesmo com a neve, aquele jardim não perdia sua beleza mesmo com seus arbustos enfeitados apenas com tons de verde e branco.

— O que você achou? — Acho que Tae percebeu que eu tinha parado de segui-lo.

— É bonito… Mas tem uma aparência meio solitária.

— É, definitivamente está combinando com o rei.

 Ri.

— Como assim?

— Eu não sei explicar… — Depois de um suspiro ele pôs suas mãos na cintura e ficou olhando para as plantas sem cores. — Mas não é só por causa da neve… As flores daqui não florescem à anos...

— Por quê?

— Vamos, Jimin. — Começou a andar de volta a antiga direção.

— Mas, por quê?

— Vamos, Jimin! — Sua ordem foi mais firme.

 Por fim, cedi e fui atrás dele meio emburrado.

 Andamos até chegar em uma espécie de construção de mármore bege que poderia ser um armazém de tão grande. Mas acho que tinha muitos guardas para ser um armazém de coisas como comida.

— Onde vamos? — Perguntei quando entramos e nos deparamos com um breu.

— Você acha que vamos a pé? — Em seguida ele abriu uma espécie de central de disjuntores e começou a ver qual era qual.

— Vamos de carro? Não seria mais rápido de metrô?

 Sério, Jimin? Você pedindo para ir no metrô, sendo que odeia?

— É ai que você se engana… — Então ele finalmente achou o disjuntor certo e com um clique muitas luzes se ligaram, revelando um lugar imenso. — A não ser é claro, que o metrô que você diz chegue a mais de 300 km/h — Ao terminar sua frase ele estendeu a mão, mostrando uma garagem que estava cheia de carros que eu nunca pensaria que existissem.

(Sendo Reescrita Como Outra Fanfic)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora