- Nossa, ela é um pouco pesada. - dou risada. E realmente era. Para ser um "simples" presente, que não seja no meu aniversário, estava bem pesado.

Coloquei a caixa branca com bolinhas pretas no chão. Desatei um frágil nó, tirando a fita vermelha. Abri a caixa e...

- Eu não creio que você me deu isso.

- Gostou?

Fico séria.

- Você acha que não? Eu acabei de ganhar um lindo cachorrinho!!

Sorrio pegando ele no colo. Era tão pequeno, devia estar por volta de seus três meses de vida.

- Ele é tão pequenininho. - olho para Lorenzo, que sorria aliviado.

- Achei que um te distrairia nessa revira volta que sua vida deu.

- Realmente, adoro animais, mas nunca tive condições ou tempo para cuidar deles. - massageio seus pelos lisos e macios enquanto ele estava num sono profundo.

- Nessa idade eles dormem demais. - ele ri.

- Sim, mas logo mais começam a se soltar. Que cheiro gostoso... - digo depois de beijar suas costas.

- Acabou de sair do banho. - sorri.

- Então naquela hora que você parou o carro e eu estava vendada - risos. - Você tinha pegado essa coisinha de pelos?

Abraço aquele ser tão pequeno.

- Sim. A caixa tem alguns furos, mas vai que ele morre no caminho. - solta uma gargalhada gostosa. - Achei melhor levar ele para um banho perto do destino.

- Você é louco! - dou risada, olhando e deslizando as mãos no cachorro.

- Que nome vai dar para ela?

- É uma fêmea. - sussurro à ponto dele ouvir. - Então... Pode ser Luna. - sorrio, voltando meu olhar para Lorenzo, que também mantinha um sorriso largo em seus lábios.

Jake Dornan On

Já eram oito horas da noite. Quase no horário que tínhamos combinado de nos encontrarmos na frente da Boate. Todos tinham marcado presença, até mesmo Lívia. Parece que ela tinha deixado Pedro (seu filho) na casa dos pais de Diego. Sim, os dois estão em um relacionamento sério. É bem bonito de ver.

Nesse momento eu estou me olhando no espelho do meu guarda-roupa vendo se a roupa estava boa para a ocasião. Eu vestia uma calça jeans lavagem escura e uma camisa vermelha. De sapato eu calçava um tênis branco da Adidas.

- Não se preocupe, filho. Você está lindo. - ouço a voz da minha mãe cada vez mais próxima. Ela segura em minhas mãos, me fazendo olhar para ela.

- Tem certeza?

- Absoluta. - arrumo a gola da minha camisa. - Vai lá. Você precisa se divertir um pouco. Faz mais de um mês que você não vai em um desses rolês com seus amigos. Não sai desse quarto. Só fica focado no trabalho. Você tem apenas vinte e três anos. - sorri.

É, esse ano eu completei vinte e três. Estou me sentindo velho - risos. -

- Está bem. Já vou indo, eles devem estar me esperando. - beijo a testa dela.

- Vai com Deus.

- Amém. - digo já na porta.

Com o celular na mão e a carteira no bolso saí de casa. Por um segundo eu esqueci da chave do carro e voltei para pegar no chaveiro ao lado da porta, no lado de dentro. Fecho a porta e entro no elevador, apertando botão para ir para o hall. Passei pelo porteiro sem trocar absolutamente nenhuma palavra, apenas cumprimentando com um aceno de mão e um sorriso fraco. Ele era novo na área, o que eu conhecia tinha sido transferido.

O Capitão 2 (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora