❤ Forty Nine ❤

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     Ainda dentro do hospital, o abracei por longos segundos me perguntando se terei forças para isso por mais tempo. É difícil enxergar saída quando nem sequer sei onde estou pisando, e não desejo ter falsas esperanças diante de uma fé que nunca foi forte o suficiente.

     Deixamos o hospital e seguimos até uma lanchonete próxima, me rendi ao jeito manhoso com o qual meu ômega nos convenceu a lhe comprar uma refeição. Vê-lo se alimentando bem, enquanto parecia mais animado do que antes de entrarmos no consultório também animou minha mãe, que passou boa parte do tempo trocando e-mails e mensagens com sua antiga equipe, conseguindo agendar todos os exames necessários sem que Jimin percebesse.

     Mesmo não tendo apresentado sintomas graves, quero passar por todo o procedimento o quanto antes. Só os anjos sabem como tenho controlado meu coração desde que Jimin saiu do consultório, afinal não quero que ele perceba minha inquietação e acabe ficando tão desesperado quanto eu.

     Antes de seguir meus compromissos, precisei deixar minha mãe no escritório de senhor Park, foi nítido o alívio do alfa ao abraçar o filho e saber que sua saúde está em ordem. Meu noivo e eu não demoramos com a visita, a ômega mais velha deixou evidente que precisava de um tempo a sós para conversar com o marido, provavelmente onde ela irá derramar inúmeras lágrimas tendo a certeza de um apoio.

     Fomos direto para minha empresa, na qual assinei alguns contratos e revisei projetos nos quais andei trabalhando. Jimin passou o resto da tarde distraído com o celular, ora ou outra evidenciando sorrisos que alarmaram minha curiosidade. Em quase três anos de relacionamento o nível de ciúmes continua o mesmo, mas temos trabalhado bem para controlar a raiva e conservar a paz.

     – Jinnie te mandou um abraço, meu amor. – disse Jimin com bom humor após notar minha expressão levemente fechada. – Meu ciumento favorito.

     – Quem está com ciúmes aqui, Park Jimin? – indaguei, desviando o olhar para a imensa pilha de papéis em minha frente.

     Desviei o olhar e tentei direcionar o foco da atenção ao projeto sobre a mesa, então ouvi passos pela sala, até o ômega girar minha cadeira e se sentar em meu colo com uma perna em cada lado. Uma ação simples que me deixou rendido, a ponto de ignorar o telefone que começou a tocar com certa insistência ao nosso lado.

     Levei ambas as mãos até sua cintura, e pude contemplar o sorriso satisfeito estampado no rosto do mais novo. Jimin se aproximou lentamente, me provocou à sua maneira ao deixar leves mordidas em meus lábios e beijos nos cantos de minha boca.Precisei agir para dar fim ao espaço entre nós dois, iniciando um beijo carregado de luxúria e segundas intenções.

     Confesso que desejei jogar todos os materiais no chão e colocá-lo sobre minha mesa, me esquecer um pouco dos problemas e dar fim a saudade após uma semana e meia sem tocá-lo de um jeito mais íntimo. No entanto, meu frágil lado racional decidiu agir ao menos uma vez, me fazendo lembrar que meu ômega não é tão silencioso e existem cinco funcionários cumprindo expediente ao lado de fora.

     No entanto, meu ômega não desistiu de me seduzir ou tentar mudar minha ideia. Me vi completamente à mercê de suas vontades quando Jimin levou ambas as mãos a carreira de botões da camisa social em meu corpo, abrindo os dois primeiros e invadindo meu peitoral com seus dedos ágeis e frios.

     Os beijos distribuídos entre meu pescoço e o ombro esquerdo me levaram ao paraíso, como se tivessem forças o suficiente para limparem todas as coisas ruins de minha cabeça. Sei que o mais novo faz isso de propósito, convivemos a tempo demais para saber que ele se tornou o danadinho da relação, na medida em que me tornei mais maduro e responsável na medida certa.

Sweet Poison ❤ Jikook ABOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora