Capítulo 5

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A verdade - PARTE 1

Quando voltamos para a mansão já era noite, Mãe Guilhermina já estava na cozinha auxiliando no jantar, e estava descansando em meu quarto.

O dia foi cansativo e cheio de acontecimentos inesperados, estava perdida em meus pensamentos relembrando tudo que havia me acontecido agora não era só em mim que deveria pensar, mas em meus filhos que já estavam crescendo dentro de mim. O sentimento de proteção já me cercava sentia que precisava cuidar e proteger meus bebês, já os amava muito, e queria que eles tivessem uma vida diferente da minha, longe dessa maldita máfia que acabou com minha vida. Enquanto pensava em tudo que iria mudar na minha vida, acariciava minha barriga, ainda inexistente.

– Mamãe, já ama muito vocês, meus pequeninhos!

De repente vi a porta se abrir, mas continuei deitada, pois imaginei que poderia ser minha mãe trazendo algo para eu comer.

–Ana, quero falar com você, sei que não está dormindo!

Não contava com isso, Breno estava em pé de frente a minha cama, levantei na hora, e o encarei.

Ele estava com os olhos escuros, Breno é bonito, tinha cabelos escuros e bem cortados, corpo musculoso e um rosto expressivo, mas que não escondia a beleza que possuía, qualquer mulher iria querer sua atenção, menos eu que apenas almejava sua amizade, e no final não tive nada disso.

– Pode falar, Breno!

Continuava fugindo dele durante o período que Mário me violentava, e ele permanecia me perseguindo, só que agora com meus filhos, não iria ficar nessa mansão, precisava deixar as coisas claras de uma vez por todas.

– Você continua fugindo de mim mas não tem problema, sei o por que. Está dormindo com Mário! Eu o vi entrando aqui algumas noites atrás, como você pode ser tão vagabunda e dormir com ele?

Ele estava me ofendendo sem nem ao menos saber da situação que passava. Respire fundo e iria fazer meu melhor papel de atriz.

– É verdade, Breno! Estou tendo relações com ele a um tempo, e tem sido ótimo. Sou uma vagabunda mesmo, e agora que sabe quem realmente sou, pode sair do meu quarto, não temos nada para conversarmos.

Não ia chorar mais com essas merdas, teria de ser forte por meus filhos e por mim!

– Quantos ele pagou à você pra se deitar com ele? Pago o dobro! Quero ter você pelo menos uma noite enquanto ele está viajando, não pode negar isso a mim. Pode dar seu preço, agora que é oficialmente uma prostituta, vou me satisfazer com você como sempre desejei.

Não sentia nada com aquelas palavras asquerosas que ele estava falando, parecia que já estava preparada para isso.

– Nunca iria me deitar com você, nem que me pagasse muito mais que ele! Faça a gentileza de sair do meu quarto, não estou com paciência para suas gracinhas, e além disso, preciso dormir, está tarde e estou cansada. Vá correr atrás de outra buceta, essa não está e nunca estará a sua disposição!

Vi a ira preencher seus olhos, e meu amigo desaparecer de vez.

– Quem pensa que é? Filha de uma vagabunda qualquer que acabou virando a mesma coisa. Puta barata! Vou ter o que quero por bem ou por mal, ninguém me nega nada, muito menos alguém como você!

Entre Nós  (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora