Capítulo 27

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Caminho ao lado de Tiago até a cabine do pastor. Ele deu dois toques na porta, e fomos autorizados a entrar.

— A paz do Senhor Jesus, queridos! – o pastor nos recebe sorridente.

— A paz do Senhor – respondemos juntos.

— O que devo a honra de recebê-los?

— Bom, é que, como o Senhor sabe, eu não tenho feito a obra de Deus, aqui na igreja há um tempo. Eu precisava de um milagre, mas descobri que só posso me mover para invocar o milagre. E há uns dois dias eu tomei uma decisão de fazer o que Deus mandar, sem esperar nada em troca. Hoje fui convidada para louvar com meu irmão, e bem, eu preciso da sua permissão.

Tentei ao máximo resumir tudo sem atropelar as palavras.

— Nossa! Você me pegou de surpresa, uma surpresa boa – ele se ajeita na cadeira. – Estou muito feliz por isso Jéssica, imagino como Deus também esta feliz. Eu tenho te observado e sei que tem buscado a Deus. Você tem minha permissão, agora faz parte da banda, mas não cante ainda. Antes da benção apostólica vou anunciar para a igreja, ai em seguida vocês podem fazer o louvor final. Pode ser?

— Claro! – sorri.

Agradeci ao pastor e voltamos para o templo, esta pegando fogo esse lugar, fogo do céu. Tem muitos irmãos sendo batizado como Espírito Santo, enquanto esta no início da música “Até o céu descer” do Izaac Santos.

Fico no meu lugar, em pé. Fechei os meus olhos para sentir a presença de Deus melhor, logo que chegou ao refrão sou tomada por uma energia diferente, eu só sei chorar.

“Pai nosso que estás no céu. Santo é o teu nome. Seja feita tua vontade. Queremos sua realidade entre nós. Queremos sua atmosfera entre nós. Até o céu descer. Nós iremos clamar. Até a terra subir. Nós iremos clamar (...)”

Eu não conseguia parar de chorar, eu repetia freneticamente o mesmo verso, porém não saia som da minha garganta. Meu coração gritava, mas a única coisa que saia da minha boca era os soluços compulsivos. Ergo minha cabeça e, vi que não era somente eu que chorava, do lado dos homens avistei Christian e, ele também chora com a mão no ombro do Tiago. Meu coração se enche de alegria, ele mudou mesmo. Ou melhor, Deus o mudou.

Não fiquei para contar por quanto tempo os louvores durou, só sei que eu não queria que acabasse. Mas quando acabou, o pastor tomou o altar e lendo em João 4:6-7, foi como se o tempo parasse. Eu ouvia a voz de Jesus pedindo “dá-me de beber”, e eu entendi que ele anseia por mais de mim, dá mesma forma que eu asseio por mais, mais e mais dEle. A igreja glorificava de pé, e quanto mais Jesus falava, mas homens e mulheres eram batizados como Espírito Santo. Quando a pregação estava quase encerrando, a banda toca a música “Oh quando lindo esse nome é” e depois do mover, o pastor fez uma oração, e me convidou para se aproximar do altar. Claro, minhas pernas tremeram, e eu sentia que iria cair a qualquer instante. Além dá igreja esta lotada, todos me olham.

“Pai, segura em minhas mãos, tenho medo de cair. Oh pai não deixa não, segura em minhas mãos.”

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