Capítulo 12

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Ele me prende contra a mesa de sinuca e me beija, me entrego cada vez mais ao seu beijo, sem me importar com mais nada.

- Você poderia vir com uma roupa mais fácil de tirar né - ele diz interrompendo o beijo.

- Eu só tenho roupas assim - digo.

- No dia que eu te salvei você estava muito bem.

- Aquele dia foi uma excessão.

Ele não responde e volta a me beijar. Estou completamente entregue aquele beijo, mas eu não posso fazer isso, não é certo. Em um ato rápido me afasto dele e corro pro outro lado da mesa.

- Quer brincar de gato e rato? - ele brinca com um sorriso debochado.

- Desculpa, mas eu não posso fazer isso.

- Por que? Eu sei que você quer.

- Mas eu não devo fazer isso, é errado.

- Dizem que o que é proibido é mais gostoso.

- Eu estou noiva, não faz isso comigo, por favor.

- Noiva? - ele parece espantado.

- Sim, agora estou noiva.

- Então vamos treinando pra quando você se casar - ele abre um sorriso debochado de novo.

- Você não vai desistir não é mesmo?

Ele não responde e me arrasta para o quarto.

O quarto era todo preto, exceto por uma cortina vermelha que cobria uma parede inteira do cômodo, tinha uma cama de casal, um armário e em um canto da parede havia um sofá grande de couro vermelho e em cima, no teto, tinha umas grades que eu nem me atrevo a perguntar pra que serve, mas o que mais me deixou impressionada é que o teto era todo espelhado.

- Gostou? - ele pergunta.

- Na verdade é assustador.

- Com o tempo você se acostuma.

- O que tem no armário? - pergunto.

- Você não vai querer saber.

- É melhor mesmo.

- Bom agora chega de conversa e vamos ao que interessa. Tem algo que você não goste que faça com você na cama? - ele pergunta.

Eu nunca tive relação com alguém, nem sei como vai ser isso, muito menos se vou gostar ou fazer direito.

- Pode falar, não quero machucar você, não sou tão mal assim - ele diz novamente.

Continuo calada, não sei como dizer que ainda sou virgem, não é tão simples quanto parece.

- Espera, não vai me dizer que você é...

Balanço a cabeça em sinal de afirmação.

Ele parece assutado com essa situação.

- Mas e seu noivo?

- Ele já tentou, mas nunca rolou, nunca senti vontade de me entregar a ele e meu pai é muito rígido, é difícil que algo passe despercebido por ele, se bem que agora ele ta diferente.

Ele não diz nada e se aproxima de mim e me beija, dessa vez o beijo era diferente, pude sentir que havia um sentimento ali, não sei qual, mas havia.

- Onde você estava esse tempo todo? - ele pergunta segurando meu rosto com as duas mãos e olhando firme em meus olhos.

Tomo a iniciativa e beijo ele, não sei o que deu em mim, mas puxo ele e caímos na cama nos beijando.

- Não posso fazer isso com você, não aqui - ele se levanta, pega em minha mão e me tira daquela casa.

Subo o morro com ele sem saber pra onde que ele estava me levando.

Depois de caminharmos bastante chegamos em uma casa que ficava no alto do morro.

- Você mora aqui? - pergunto.

- Sim, daqui eu vejo todo o movimento da comunidade.

- Tem uma bela vista.

- Também acho.

Ele conversa com uns homens que estavam bem armados e logo me puxa novamente entrando na casa. Era bem arrumada a casa dele.

- Você mora sozinho? - pergunto.

- Sim.

- E seus pais?

- Não tenho pai, nunca o conheci e nem tenho vontade. Tenho minha mãe e dois irmãos, eles moram no interior da cidade.

- Alguma outra garota já veio aqui?

- Não.

- Sério?

- Sim, você é a primeira que entra aqui na minha casa, tirando as garotas que vem limpar.

- Por que você me escolheu? Tem tantas garotas que dariam tudo pra estar no meu lugar.

- Mas eu não quero elas, quero você. Você é diferente delas, elas são todas vulgar e você é ingênua, delicada, amável.

- Você não é uma pessoa ruim, por que escolheu essa vida?

- Chega de conversa, vamos ao que interessa.

Entramos no quarto dele, ele fecha a porta, mas eu continuo em pé.

Ele se aproxima, penso que ele vai me beijar, mas ele se abaixa e tira minha sandália, ele desliza a mão em minha perna e vai subindo vagarosamente, seguido de beijos. Quanto mais ele sobe mais arrepio sinto.

Ele tira meu vestido, me deixando apenas de calcinha e sutiã, não sinto vergonha do meu corpo, me deixo levar por aquela sensação maravilhosa, ele se abaixa novamente e puxa minha calcinha, rasgando a mesma e colocando no bolso da sua calça.

- Preciso guardar de recordação - ele sorri e gruda sua boca em minha virilha.

Logo sinto sua lingua dentro de mim, passo a unha em suas costas a medida que fica mais intenso. Ele sobe beijando minha barriga e de repente meu sutiã é arremessado no chão. Com as pontas dos dedos, ele acaricia meus mamilos e introduz um dedo em mim. Sou jogada na cama rapidamente, ele tira sua roupa e vem por cima de mim, me entrego ao seu beijo e logo sinto seu membro ereto entrando em mim, no começo sinto uma pequena dor, mas não demora muito e a dor se transforma em prazer.

Estava tudo perfeito, apesar de ser errado, foi incrível e eu adorei.

Ele se deita ao meu lado e puxa o lençol por cima de nós.

- Eu adorei, foi incrível - ele diz enquanto acaricia meu rosto.

- Mas eu não fiz nada, fiquei quase parada.

- Foi a sua primeira vez e sua reação e seus gemidos significam bem mais do que você ter feito algo.

- É que eu nunca tinha me entregado a ninguém, não sabia como fazer.

- Você é a primeira garota virgem que eu já peguei.

- Sério?

- Lógico, as garotas daqui já nascem sem ser virgens.

Apenas abro um sorriso.

- Foi especial pra mim - digo.

- Acredite, pra mim também foi.

- Está me dando sono, posso ir ao banheiro tomar banho? - pergunto.

- Claro, eu te acompanho.

Me levanto da cama e vou caminhando em direção ao banheiro.

- Dalila - ele chama.

Me viro e encaro ele, ele se levanta e se aproxima de mim.

- Quem fez isso em você? - ele pergunta se referindo a cicatriz que meu pai deixou em minha costa.

- Meu pai - digo.

- Por que ele fez isso?

- Ele estava nervoso, acabamos brigando e por isso ele me bateu.

- Que cara covarde - ele diz e me abraça.

De alguma maneira me sinto acolhida.

Coração BandidoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora