Capítulo 11

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É hoje. Minha barriga parece um jardim de tantas borboletas que estou sentindo nela.

Tenho duas coisas muito importante pra resolver hoje.

Pra não levantar suspeitas, disse aos meus pais que iria ficar o dia todo na faculdade fazendo um trabalho muito importante. É claro que eles acreditaram, mas tive que sair com a minha mochila pra disfarçar.

- Filha, vou te dar um dinheiro pra você almoçar - minha mãe diz e pega em sua carteira o dinheiro.

- Obrigada mãe, eu já vou ir - digo e lhe dou um beijo na bochecha.

- Que Deus lhe acompanhe.

- Amém - digo e saio.

Caminho até a loja Estilando. Chego lá, vou até a recepção e converso com a moça.

- Bom dia, eu vim para uma entrevista - digo.

- Qual seu nome?

- Dalila.

- É só aguardar que daqui a pouco te chamam.

- Obrigada - digo e saio para me sentar no sofá pra aguardar.

A cada minuto que se passava mais tensa eu ficava. Logo me chamam e eu vou em direção a sala indicada um pouco nervosa.

Entro na sala e uma mulher de meia idade me indica para sentar.

Ela faz algumas perguntas básicas e eu respondo ficando mais calma.

- Por que deseja trabalhar aqui? - ela pergunta.

- Bom, eu me considero bem comunicativa e é uma área que eu acho muito interessante para trabalhar - digo voltando a ficar nervosa.

- O que você faria para vender mais?

- Eu iria conquistar os clientes, e me tornaria amiga deles, as pessoas gostam de ser bem tratadas, percebo que muitas pessoas voltam na loja porque se sentiram acolhidas.

- Você trabalha bem em equipe?

- Sim, procuro sempre me dar bem com meus colegas.

- É isso então, estamos fazendo uma seleção, se caso você for aprovada amanhã mesmo te ligamos - ela diz e abre um curto sorriso.

- Tudo bem, muito obrigada - digo e saio.

Agora preciso ir ao encontro daquele homem, que apesar de ser totalmente errado me atrai muito.

Antes de ir paro em uma lanchonete para comer alguma coisa, preciso estar bem forte para enfrentar Otávio.

Assim que termino de comer, crio coragem e saio para ir ao encontro dele.

Assim que chego lá, pergunto a um homem sobre Otávio.

- Bom dia, você poderia me informar onde eu encontro o Otávio? - pergunto.

- Não conheço nenhum Otávio gata - ele diz e assopra a fumaça de cigarro no meu rosto.

Que mania que essas pessoas tem de assoprar a fumaça no rosto da gente.

- Tem certeza?

- Pode crer.

- O que você está fazendo de conversinha com meu homem? Eu sabia que você estava de olho nele aquele dia sua piranha - a garota do outro dia tenta avançar em mim, mas o homem a segura.

- Eu só pedi uma informação pra ele - me defendo.

- Mentirosa.

- É sério, ele se chama Otávio - digo - Agora me lembrei que ele disse pra procurar por De Menor.

Coração BandidoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora