Frankie.

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Quem é Frankie?

Nem Lucy sabia! O que ela iria responder? O que ela queria que ele fosse, ou o que Kloe queria ouvir? Nem Dank sabia o que queria que Frankie fosse! A única coisa que sabia era que estava apaixonada por ele, e ao mesmo tempo, essa era sua maior dúvida.

Como saber que está apaixonada por alguém?

Céus! Ela estava enlouquecendo, mas não se importou. Estar enlouquecendo era sua única certeza, e Lucy estava tentando se agarrar a isso como uma âncora em sua queda.

— Eu acho que estou apaixonada.

O coração da enfermeira suspirou.

— Pelo Frankie? — ''por favor, diga não, diga não, diga não... '', ela rogava.

— Sim.

Oh!

Flyn não podia negar, não podia jogar a bomba na menina, não podia estragar a única felicidade dela. Ela é só uma menina! E essa é sua primeira paixão! Lucy não merece mais essa decepção, não merece mais uma vez que sua ilusão seja destruída por terceiros, mas acima de tudo ela merece a verdade, mas precisa descobri-la sozinha.

— Como você o encontrou? — incentivou—a. Não, não seria ela a destruir a única coisa que Lucy construiu.

Dank arregalou os olhos, não acreditava que ia falar isso.

— No jardim.

Lucy queria tanto falar disso com alguém antes, mas agora queria guardar Frankie só parar si, e falar dele parecia que o estava compartilhando. Antes tudo que parecia estar em suas mãos agora parecia estar escapando entre seus dedos. Como uma grama. Esse pensamento pareceu ofender seu coração.

— Como ele é? — a enfermeira perguntou com as mãos da menina em seu colo enquanto a mesma olhava para o chão.

Uma imagem do garoto apareceu na mente de Dank e fez a mesma suspirar antes mesmo de responder:

— Ele é lindo, Kloe. Tem cabelos castanhos, feito mel, que adoçou meu coração. — derreteu. — Tem olhos verdes, que às vezes ficam claríssimos, refletindo o sol. Tem uma pele de bebê, mas que cortes a corrompe. — suspirou, lentamente elevando os olhos para encontrar os da mulher; Lucy mergulhou em sua ternura. — Ele me entende. Ele me entende sem eu nem mesmo falar, e é isso que o amarra a mim. Nós não precisamos estar juntos para saber que não estamos sozinhos, nós não precisamos nos tocar para sentir a suavidade da nossa pele, nós não precisamos abrir a boca para conversar. É só eu olhar em seus olhos e ele nos meus, e sabemos que mesmos frios e insensíveis por fora, somos quentes e frágeis por dentro.

Kloe estava estática.

Lucy descreveu tudo que Flyn sentia por Gale, algo tão forte, tão puro, que era pecado ser destruído. Céus, Kloe só queria proteger Lucy com todo seu coração!

Abraçou a menina, meio sem jeito por estarem sentadas lado a lado, e assim como Kloe queria consolar a menina pela dor futura, Lucy mesmo sem saber também a consolou, não pela dor futura, mas sim pela ferida recém-aberta. Por que o amor é isso, uma ferida aberta que ainda está quente, que quando esfria ou jogam água sobre ela, arde, dói, bem em cima do coração. Cicatriza depois de um tempo, mas a cicatriz sempre vai estar lá. Mas diferente das outras pessoas, as cicatrizes de Dank se dividiram entre a pele e o coração. Isso fez a enfermeira pensar em que lugar a próxima cicatriz vai se instalar.

— Você me entende? — a menina puxou a mulher de seu transe.

Ela não queria mentir, mas assim o fez, por que aquilo era para ser apenas da garota.

Aquilo era só entre Lucy e Frankie.

— Não.

A EsquizofrênicaWhere stories live. Discover now