𝑾𝒉𝒚 𝒀𝒐𝒖? / 𝒓𝒐𝒔𝒆𝒌𝒐𝒐𝒌

Capítulo 36

[ Park Roseanne ]

+ Dois dias depois 
+ 14:50 da tarde 

— Mãe, eu já te falei que não precisa se preocupar. Acharei um emprego logo.

Estava em uma ligação com minha mãe. Como não conseguimos nos encontrar pessoalmente por conta de seu trabalho, acabamos decidindo fazer uma mera chamada para contar as novidades. Minha mãe é definitivamente a pessoa que mais gosta de conversar que eu conheço e só não ganha o primeiro lugar de mais dramática por causa da Jennie. 

No momento, acabei de lhe dizer que havia saído da Kim's Coffee e o que os pais de minha amiga iriam fazer. 

— Tem certeza, Roseanne? — perguntou-me — Você sabe que se precisar de qualquer coisa pode vir me pedir. 

— Eu sei disso, mãe. Você não precisa se preocupar, é sério. — digo tranquilamente. 

— Sou sua mãe, não tem como não me preocupar com você! — exclamou, me fazendo deixar um riso fraco escapar — Tem alguma notícia do seu pai? — perguntou. 

— Não. Eu não atendo as suas ligações e nem respondo as mensagens que me manda. 

— Filha, eu sei que foi horrível o que ele fez você passar, mas talvez esteja arrependido e querendo saber se você está bem. 

— Eu não sei não, mãe... — acabo ficando pensativa. 

— Dê uma chance para ele. Na próxima vez que te ligar, o atenda. 

— 'Tá bom. —  me rendo —  Vou fazer isso, mas é só porque você está me pedindo. 

— Não o diga sobre essa conversa. — acabamos rindo juntas — E se ele te pedir para voltar a morar com ele, não volte de jeito nenhum. Não quero minha filha convivendo com um doido. 

— Com certeza essa é a última coisa que eu faria. Estou amando morar sozinha! — exclamo. 

— Que lindo, minha filhinha não precisa mais dos pais para nada. — disse fingindo estar emocionada. 

— Sem drama, mãe! — a digo. 

— Ok, ok. Sem drama! — disse de volta. 

— Eu tenho que desligar, nos falamos mais tarde, pode ser? 

— Pode sim. Tchau filha, se cuide. 

— A senhora também! 

— SENHORA TÁ NO CÉU, PARK ROSEA... 

Encerro a ligação enquanto ria da reação de minha mãe. 

Fecho a porta de meu apartamento e vou em direção ao elevador, precisava ir até a recepção do prédio em que moro para verificar se alguma correspondência havia chegado. 

Chegando ao local, peguei meu celular para ver se Sr J tinha me respondido, antes de minha mãe ligar-me, estávamos conversando. Com isso, aabei ficando distraída com o aparelho em mãos. 

— E aí senhor Hansol, tem alguma coisa para mim hoje? — perguntei, ainda focada no celular. 

— Desculpe, mas eu não sou o senhor Hansol. — disse em um tom bem humorado uma voz totalmente desconhecida por mim. 

— An? — olho em direção da tal pessoa que havia bem ali. 

Quem se encontrava à minha frente não era de jeito nenhum o senhor Hansol. Não querendo o chamar de velho, mas o cara que estava ali era bem jovem. Cabelos na tonalidade marrom claro, olhos da mesma cor e feições um tanto ocidentais, também não pude deixar de notar que ele usava o uniforme que todos os outros que trabalham aqui no prédio usam. Seria ele um novo funcionário?