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Olá, desculpem não ter postado, mas, para compensar minha falta, estou postando dois capítulos seguidos.

Eu não postei semana passada, porque, infelizmente, minha cachorrinha estava muito doente e eu não estava com cabeça para nada, a não ser ela.
Os capítulos já estavam escritos, mas com tudo isso acontecendo, eu não postei.
Ontem, infelizmente, ela se foi. Estou escrevendo isso com lágrimas nos olhos, mas eu devo uma explicação para vocês. Espero de coração que me entendam. E me desculpem pela demora.

              Maria Luiza Soares

A viagem nem começou e eu já estou odiando!

—Okay. Já deu. Vamos, todos entrando nos carros. Agora. —Mamãe manda, para o meu alívio.

Novamente minha tia iria expor meu ciclo menstrual na frente do Fred.

E o pior que desta vez não é mentira. Na última vez, menti porque estava com o curativo na costela, mas agora... Bem agora falta apenas alguns dias para eu ficar naqueles dias.

É óbvio que meu humor não está dos melhores, e ainda por cima, essa pressão que estou sentindo por Fred estar conosco. Mas não é porque eu não o quero aqui, é justamente pelo contrário, eu gostei, bem lá no fundo, dele ter vindo, e isso está me deixando louca. Eu não posso me apaixonar por ele. Não posso.

—Está tudo bem, Malu? —Alessandra pergunta entrando no carro.

—Está sim, prima. E você? Sério, eu estou notando você diferente... Está cabisbaixa... É algo com o Alberto? — Pergunto preocupada. Afinal, não é porque não somos próximas, que eu não me importo. Ela realmente está estranha.

—Ah, Malu —Suspira. — o Alber...

—Bora puxar a carroça, pessoar ! —Fred entra no carro, interrompendo o que quer que seja que a Alessandra iria falar.

—Depois a gente conversa. —Sibila pra mim, enquanto Lucas senta-se ao seu lado.

—Você não sabe o que eu tenho aqui, Malu!—Fred fala, mexendo no som do carro.

—O quê, amor ? — Digo sarcástica.

—Isto!— E o ambiente é preenchido com o som de uma coletânea de músicas da Maiara e Maraisa.

Tem como ficar brava com ele depois disso?

—Fred! Eu não acredito! —Sorrio pra ele. — Você não disse que era música "dor de chifre"?

Eu gostei. —Deu de ombros. —Elas me lembram de você. — Desvia os olhos da estrada por um estante e me encara.

Engulo em seco.

—Argh! Que melação! —Grita Lucas, me fazendo desviar os olhos do Fred, ouvindo-o pigarrear.

Reviro os olhos.

—Cala a boca, pivete.

Ficamos em silêncio algum tempo até que uma nova música se inicia.

E, eu devo dizer, eu amo essa música!

Essa música é incrível! —Me animo.

Não sei se dou na cara dela ou bato em você,
Mas eu não vim atrapalhar sua noite de prazer
E pra ajudar pagar a dama que lhe satisfaz,
Toma aqui uns cinqüenta reais!

—Que música é esta ? —Fred pergunta rindo da minha loucura.

—Essa música é da Naiara Azevedo com a participação da Maiara e Maraisa. —Respondo. — Ela se chama 50 re...

—Desliga! P-por favor! —Alessandra grita, chorando.

Chorando? UH! Será que ela não gosta de sertanejo?

Fred desliga o som tão confuso quanto eu.

—O que foi, Alessandra? —Lucas pergunta sem saber como agir.

—Só não coloca essa música, gente. Por favor. —Funga olhando pela janela.

Entendi! O desgraçado do Alberto traiu ela! Bem que minha mãe disse que os santinhos são os piores!

Você não gosta da Maiara e Maraisa? —Fred fala a ilhandibpelo retrovisor. —Porque se não eu posso colocar a minha playlist...

—Fred, não é isso. —Sussurro. —Deixa ela.

Ele acena e volta a atenção pra rua.

Quando chegarmos, irei conversar seriamente com minha prima.

                             ***
—Chegamos! —Lucas exclama já saindo do carro.

— Vou ir tirando as malas do carro e ajudar seu pai e Lucas a carregar todas. —Me informa Fred, já saindo do carro também.

Depois do pequeno surto da Alessandra, o clima ficou tenso. Ficamos o restante da viagem em silêncio.

Eu e Fred não nos atrevemos de colocar outra música.

Suspiro.

—Malu, me desculpa pelo o que aconteceu...

—Você não precisa se desculpar. Eu já entendi. — Tiro o cinto e me viro para olhá-la.

—Entendeu? —Arregala os olhos.

—O Alberto te traiu.

—Malu... —Volta a chorar. —E-eu peguei no flagra.

—Calma. —Tento acalma-la. Eu não sei lidar com gente chorando! — olha, depois nós duas conversaremos com calma. Tudo bem?— Falo devagar. — Agora, enxuga esse rosto e vamos sair do carro.

—Tá.

Mentira ApaixonanteOnde as histórias ganham vida. Descobre agora