Revolta 46

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Robert
Esses dias tem sido tão difíceis. Ficar afastado, evitando á Anne é duro. Ainda mais gostando dela. Mas sei que isso é o melhor. Eu praticamente nem fico em casa,quando fico é como se eu não estivesse. Os únicos momentos, que consigo estar próximo da Anne e quando ela está dormindo apenas. Eu só queria que ás coisas fossem diferentes.
Acordo bem cedo, tomo apenas um café preto e vou para á empresa como faço todos os dias. O trabalho corria bem, quando Charles entra e diz:
- E aí meu amigo, como você está?
Ele se senta e eu falo:
- Bem.
- Não é o que seu rosto está dizendo. O que está pegando Robert?
- Nada Charles. Mas me conta, o que deu com a amiga da Anne?
Ela se anima e diz:
- Ela está me enlouquecendo.
- Por quê?
- Porque ela só fica me enrolando. Transar que é bom nada.
- Charles, tenta conhecer á menina pelo menos.
- Eu quero conhecer o corpo dela.
- Talvez ela queirá conhecer você.
Ele estrala os dedos e diz:
- Você me deu um idéia.
- Qual?
- Vou entrar nesse joguinho dela porque claramente Olivia, também está doida pra transar comigo. Vou entrar nessa de encontrinhos e toda essa bobagem.
- Você realmente não escutou o que eu disse né?
Ele se levanta, bate em meu ombro e diz:
- Claro que escutei meu amigo. Você é um gênio.
Eu balanço á cabeça e ele saí todo animado. Eu volto ao trabalho. Olho á hora e vejo que já estava tarde. Mas eu tenho que terminar de ler um contrato pra poder assinar amanhã mesmo, então vou ficar aqui mais um pouco pra terminar de analisar cada cláusula.
Começo á guardar minhas coisas pra finalmente ir embora. Hoje o dia foi bastante cansativo, por isso não via à hora de ir pra casa, pra ver a Anne mesmo que nessa situação, que nos encontramos. Ela me trás paz, o meu dia pode tet sido terrível, mas só ver aquele rostinho, ele já melhora.
Entro no carro e meu celular toca. Olho para o visor, vejo que era um número desconhecido. Então desligo, eu realmente não estava com a mínima vontade de ligar pra ninguém. Coloco o cinto, antes mesmo de dar partida no carro, meu celular toca novamente. Olho mo visor e era o mesmo número. Pra estar ligando novamente deve ser algo importante, pelo menos espero. Bufo e atendo o celular:
Ligação on
- Boa noite. Robert Castro falando.
- Boa noite senhor Castro. Aqui é do Hospital Universitário Onofre.
Que coisa estranha, o hospital central da cidade ligar. Devem estar pedindo algum tipo de doação como sempre.
- Vocês estão atrás de doação ou algo?
- Não Sr. Castro. Nós estamos te ligando porque sua esposa está aqui e...
O meu coração acelera na mesma hora. Eu à interrompo e falo:
- O que aconteceu com a minha esposa?
- Ela foi encontrada por alguns policiais em beco da cidade, bastante ferida e desacordada.
A ficha parecia não cair. Minha Anne ferida? Isso não era possível. O nervosismo tomava conta de mim naquele momento. Na mesma hora eu dou partida no carro e continuo falando ao telefone:
- Qual é o estado dela? Ela vai ficar bem? Quem fez isso?
- Então Sr. Castro. Nós te ligamos pra que o senhor venha até aqui porque não podemos passar esse tipo de informação por telefone.
- Tá bom. Eu já estou á caminho.
Nem esperei nenhuma resposta dela e simplesmente desliguei
Ligação off
Jogo o celular no banco e acelero o máximo possível. O hospital fica á uns 30 minutos da empresa, que mais parecia uma eternidade. Nada mais me importava á não ser chegar naquele hospital. Fui pra lá na mais alta velocidade e passando todos os sinais vermelhos.
Chego no hospital. Já vou direto pra recepção saber como estava á Anne. Paro no balcão e falo:
- Eu sou Robert Castro, minha mulher foi trazida pra cá por policiais. Quero saber o estado dela.
A recepcionista diz:
- Só o médico pode lhe informar o estado da sua esposa, senhor.
Bato no balcão irritado e falo:
- Trate de chama-ló então, eu quero saber agora mesmo da minha mulher.
A recepcionista assustada, chama o médico. Eu olhei em volta e vi alguns policiais na recepção. Fui até eles e disse:
- Foram vocês que resgataram Anne Castro?
Um deles responde:
- Fomos nós sim. Você é?
- Marido dela. Robert Castro. Vocês já pegaram quem fez isso?
- Não senhor. Nós temos que esperar sua esposa acordar pra ela nos contar o que realmente aconteceu.
Eu me irrito na hora e falo:
- Não é possível. A polícia dessa cidade é totalmente incompetente mesmo. Eu vou falar com o secretário e reclamar sobre vocês.
Começo á discutir com os policias. Quando um médico diz:
- Parente da senhora Castro?
Vou até ele e falo:
- Eu mesmo, sou o marido dela. Como minha esposa está doutor?
- Ela está estável. Sua esposa tevê sorte, pelo tanto que ela apanhou era pra ela estar morta. Nós fizemos alguns exames pra saber se á surra afetou algum osso,ou algum órgão, ou ße vai deixar algum seqüela, principalmente na parte neurológica, já que ela à área da cabeça foi bastante machucada.Estamos esperando o resultado, enquanto isso ela está sendo medicada. Já limpamos às feridas dela. Ela está bem.
Suspiro aliviado por saber que ela estava bem, mas ao mesmo tempo preocupado pois não sabíamos os danos causados pela surra e falo:
- Eu posso vê-la?
- Pode, mas ela está dormindo.
- Tudo bem.
- Venha comigo então.
O médico me leva ao quarto dela. Eu entro e ele diz:
- Com licença.
- Toda doutor.
Caminho até a cama dela. Quando chego perto fico espantado. A Anne estava irreconhecível. Ela estava tão machucada, estava bastante inchada também, principalmente seu rosto.
Assim que eu descobrir quem fez isso, eu mesmo trato de matar essa pessoa com ás minhas próprias mãos. Me partia o coração ver ela assim. A Anne não merecia isso. Me sento na cadeira, que havia no quarto e ligo pra família dela.

Casamento ForçadoWhere stories live. Discover now