Noiva? 13

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Anne
O olhei e pensei eu não tenho escolha mesmo. Fingi uma falsa emoção de felicidade e disse:
- Claro que aceito meu amor.
Estendi uma das mãos para ele colocar o anel, então ele coloca, se levanta e minha mãe diz:
- Agora cadê o beijo?
Ele me olha e sem pensar duas vezes me beija. Foi um beijo sem emoção, sen atração, tanto que nem foi de língua, com certeza não significou nada pra mim, eu não me envolvo tão fácil assim.
Nos separamos e minha mãe diz:
- Agora um abraço para a foto.
Robert cola seu corpo no meu, põe sua mão na minha cintura e eu sob a dele. Estávamos tão próximos que eu consegui sentir com clareza o cheiro do seu perfume que aliás era muito bom. Sorrimos para a foto. Minha mãe chama uma empregada para tirar foto dos quatros juntos e depois tudo isso finalmente fomos comer.
Durante o jantar tentei não ficar olhando muito pra ninguém, principalmente para o Robert porque a minha raiva naquele momento era grande. Terminamos de comer e eu falo:
- Mãe, vou dar uma volta com Robert aqui no quarteirão, tudo bem?
Ela coloca às mãos sob os ombros de Robert que estava sentado que inclusive parecia não entender o meu convite e diz:
- Claro meu amor, vai dar uma volta com seu noivo.
Robert se levanta, pega à minha mão e vamos para fora. Logo quando fechamos o portão, eu falo:
- Pode me explicar que palhaçada foi aquela?
Ele me olha, pega à minha mão e responde com calma:
- Um pedido de casamento.
- Eu sei, mas você nem me informou e achei que nós estávamos indo com calma.
Ele solta minha mão e já começa à mudar sua postura:
- Primeiro, eu não preciso te informar nada e, o contrato é de casamento não de namoro. O que você achou que seríamos namoradinhos pra sempre? Se toca né Anne, para e raciocina um pouco.
Ele continua andando pela rua, mas eu me irrito, pego no braço dele, o que faz com que ele vire e fica frente à frente comigo:
- Você está sendo super desnecessário. Eu quero entender o porquê dessa pressa toda, somente isso.
- Eu não vou te explicar nada. Essa sua atitude só mostra o quanto você está fora de controle e que eu tomei a atitude certa. Falando nisso pode começar a dar " adeus" para o seu trabalhinho de merda.
Meu nível de raiva estava cada vez maior, estou tão irritada que poderia facilmente dar um soco na cara desse idiota agora mesmo:
- Então esse pedido é " castigo"? Meu trabalho não é de merda e eu não deixar de trabalhar porque você quer.
Ele me puxa pela cintura e com a maior calma diz:
- Vai sim, mulher minha não vai trabalhar e muito menos pra ganhar essa miséria que eu sei que você vai ganhar.
Eu tentava empurra-ló para me soltar dele, mas claro que era inútil, já que Robert era muito mais forte que eu.
- Eu ainda sou sua noiva, não sou esposa, então vou trabalhar sim.
Ele aponta o dedo para minha cabeça e diz:
- Coloca uma coisa dentro dessa sua cabeça de vento, você é minha e pronto. E aliás o contrato já está pronto para sua assinatura.
Bato no seu dedo para ele parar de apontar pra minha cabeça:
- Eu só vou assinar quando estiver próximo do casamento, ou seja só em alguns meses ou talvez até ano.
Ele começa a rir do que eu disse:
- Anne, quando você vai aprender que quem dá às cartas sou eu? Você vai assinar a droga do contrato amanhã ou amanhã mesmo seus pais estarão presos.
O olho sem acreditar nas palavras daquele homem, ele segura meu queixo e acrescenta:
- E só pela sua rebeldia nós casamos em um mês.
- O quê?
Com um sorriso ridículo no rosto e ainda me segurando diz:
- Isso mesmo minha querida. Se eu fosse você começava a me apressar porque você tem um casamento para organizar.
Tomada pelo desespero eu falo:
- Robert, pense bem, não é conivente casar assim tão rápido. As pessoas acharam estranho já que nos assumimos agora.
- Concordo com o que você disse nos assumimos agora, mas de acordo com a nossa histórinha o nosso namoro já faz tempo só não contamos pra ninguém.
Eu abaixo a cabeça, mas ele à levanta e diz:
- Você será totalmente minha Anne.
Eu estava desvatada demais para continuar dizendo, então so limitei a dizer:
- Quero ir pra casa.
- Tudo bem, vamos.
Em poucos minutos já tínhamos chegado na minha casa, até porque não fomos muito longe já que quase nem andamos porque ficamos discutindo. Antes de abrir o portão eu falo:
- Pode ir.
Ele me olha sem entender e diz:
- Sem me despedir dos seus pais? Claro que não. Seria muito falta de educação da minha parte.
Reviro os olhos e abro o portão. Entramos e meu pai diz:
- E aí, a caminhada foi boa?
Era só olhar pra mim, pra você vê que não foi nada boa. Mas Robert responde:
- Foi ótima, mas infelizmente preciso ir porque amanhã tenho qie trabalhar.
Meus pais apertam sua mão e minha mãe diz:
- Vai com Deus meu filho. Seja muito bem-vindo à família e venha nos visitar sempre que quiser.
- Pode deixar dona Antônia. Me acompanha até o carro meu amor?
Dou um sorriso e falo:
- Claro que sim meu amor.
Caminhamos até o carro, paramos e Robert diz:
- Amanhã mesmo vou contratar uma profissional para começar a cuidar do casamento. Passe no meu escritório 16:00.
Sem ânimo nenhum eu falo:
- Tá.
Ele abre do carro e diz:
- E faça o favor de melhor essa cara, você vai organizar seu casamento, não um velório.
Ele vai embora e entro em casa. Mas entro pelos fundos para evitar meus pais e vou para meu quarto.
Agora meu destino está selado, já era. Eu estava tão triste, sabia que uma hora Robert iria me pedir em casamento, mas não esperava que fosse tão cedo, ainda mais assim sem me avisar nada e por pura pirraça. Nem troco de roupa e durmo assim mesmo.

Casamento ForçadoWhere stories live. Discover now