Caminhada 45

9.8K 601 17
                                    

Anne
Já faz alguns dias desde daquela conversa com o Robert. Nesses dias todos nós praticamente nem nos falamos. Robert trabalha o dia inteiro e quando chega fica dentro do seu escritório. Só o vejo na hora de dormir e olhe lá ainda porque as vezes ele vai dormir tão tarde.
Andei pensando é resolvi dar trancar de vez á faculdade pra começar á trabalhar. Eu tenho ações na empresa da minha família, que era do meu avô. O meu pai sempre administrou elas porque eu era menor de idade. Quando me tornei maior de idade, continuei deixando ele administrar porque comecei á me concentrar na faculdade. Ele depositava todo mês um valor na minha conta e era só isso. Eu não sabia dos lucros, das percas das empresa... Eu nem se quer participava das reuniões dos acionistas, mas acho que é a hora perfeita pra mudar isso.
Me arrumo e vou para casa dos meus pais. Chamo um uber porque não queria usar nenhum dos carros do Robert pra depois, ele jogar na minha cara e vou.
Chego na casa dos meus pais e já entro. Começo á chamar pela minha mãe, mas meu pai aparece e diz:
- Se você veio pra falar com a sua mãe, ela saiu agora pouco.
- Eu queria falar com o senhor mesmo. Podemos ir ao seu escritório?
Ele estranha, mas diz:
- Podemos.
Então ele vai na frente e eu o acompanho. Entro no escritório, me sento e ele diz:
- O que você quer?
- Quero passar á administrar minhas ações na empresa.
Ele arregala os olhos e diz:
- Eu sempre administrei muito bem suas ações e agora você é casada com um cara podre de rico. Eu não entendo o motivo disso.
Eu estava determinada á ter o controle das minhas ações.
- Eu só quero cuidar do quê é meu.
- Por que isso agora? Você nunca se importou com nada disso.
- Agora me importo. Amanhã eu trago o documento pra você assinar e me devolver elas.
Ele se aproxima, senta na mesa e diz:
- Anne, minha filha. Cuide do seu casamento, se preocupe em ser um boa mulher para o Robert, não no mundo dos negócios. Você não precisa disso.
Pego minha bolsa, fico frente á frente com ele e falo:
- Pai, me devolver por favor. Eu não quero precisar, colocar advogados nisso tudo.
Sua irritação ficou bastante clara
- Vou tentar devolver até essa semana. Agora saía da minha casa. Você não tem mais nada pra fazer aqui.
Balanço a cabeça negativamente e saí. Eu não iria perder meu tempo discutindo com ele, pois não iria resultar em nada. Ás ações são minhas, eu tenho como provar, se ele não me devolver vou contratar advogados e pronto.
Eu precisava tanto conversar com alguém, mas Olivia foi viajar pra não sei aonde essa semana. Falando em viagem, a minha prima vai voltar pra casa dela amanhã mesmo. Ainda bem, eu não via á hora disso acontecer. Eu nem sei dizer se ela ainda estava dando em cima do Robert durante esses dias, já que não ficávamos no mesmo ambiente.
Como á casa dos meus pais era perto da praia, resolvo caminhar até lá. Já havia começado á escurecer, mas não tinha problema, pois eu precisava espairecer e aquela área sempre foi muito traquila.
Estava caminhando tranquilamente, faltava apenas mais alguns minutos pra chegar na praia. Então olho pra trás e noto que tinha homem caminhando também. A rua estava vazia, já que estava um pouco escuro. No começo não vi nada de estranho no homem. Até que notei que na verdade ele estava me seguindo. Então eu comecei á apressar o passo, ele também. Eu começo a ocorrer e na hora que eu ia gritar. Ele tampa minha boca, me segurando, me arrasta pra um beco. Ele me jogou na parede, continuando tampando minha boca. Estava bastante escuro no beco, então eu mal conseguia ver o rosto dele. Eu tentava gritar, mas não saía. Então o sujeito disse:
- O que uma gatinha faz uma hora dessas caminhando sozinha?
Eu estava com tanto medo, que não consegui esboçar reação. Então ele diz:
- Se você gritar eu te mato.
Ele mostra á faca que estava na sua cintura. Eu estava totalmente estática, ele coloca algo dentro da minha boca, me impedindo de falar. Nessa hora eu começo a desesperar e a chorar sem parar. Ele continua me segurando e, eu tento falar, mas não conseguia pelo pano que estava na minha boca.
Ele ria, enquanto disse:
- Eu vou deixar você ir, mas só se você for uma boa menina.
Então ele começa á tentar me beijar a força. Eu o empurrava, virava o rosto, mas ele bem mais alto e mais forte que eu. Ele me joga no chão e fica por cima de mim. E antes mesmo de eu ter qualquer reação, me dá um tapa na cara. Eu senti tanta dor, mas não comsegui fazer nada, ás lágrimas só rolaram.
- Que vadia difícil viu. Eu não vou fazer nada, que você não goste.
Ainda por cima de mim, ele segurou meus pulsos e começou a beijar meu corpo. Eu apenas conseguia me contecer. Ele aperta com bastante força meus braços e diz:
- Vai continuar se fazendo de difícil? Eu vou te ensinar uma lição sua vadia.
Ele saí de cima de mim e começa a me chutar sem parar. Eu chorava de tanta dor. Virei para o lado pra tentar me escapar, mas ele puxa fazendo com eu ficasse de barriga pra cima.
- Eu vou mostrar o que vagabundas como você merecem.
Então ele começa a socar meu rosto. Mesmo com muitas dores, não conseguindo nem se quer me levantar. Eu tentava segurar os braços dele para o impedir, mas era inútil, parecia que ele só ficava com mais raiva. Eu já estava quase desmaiando de tanto apanhar. Acho que esse é o meu fim, ele vai me matar de tanto me bater. Então escuto uma sirene de polícia e ele simplesmente saí correndo. Me deixando lá. Eu só me lembro que gritei:
- Socorro!
E acabei desmaiando.

Casamento ForçadoWhere stories live. Discover now