Jantar 5

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Anne
Hoje é aquele jantar que infelizmente vou precisar ir. Já que basicamente não teria nada pra fazer, resolvo acordar tarde. Acordo, já eram 11:00, tomo um banho e vou direto para o shopping buscar meu vestido. Sinceramente, odeio gastar dinheiro, ainda mais com futilidade, mas meu pai praticamente me obrigou a gastar dinheiro para estar bem vestida nesse evento. Inclusive até horário no cabelereiro tenho, não entendo muito bem o porquê de tudo isso, principalmente porque sei que nossa situação financeira não é das melhores, mas não seria perguntando para meu pai que eu iria descobrir algo.
Finalmente estou pronta, passo um batom já que havia feito todo o resto no salão e desço para a sala. Lá estavam meus pais à minha espera, minha mãe fala:
- Você está linda minha filha.
Meu pai retruca:
- É o mínimo né, já que gastamos uma fortuna para tentar te deixar ao menos apresentável.
Apenas o ignoro e vamos em direção à festa.
Chegando no local, diversos jornalistas tiram diversas fotos de nós e entramos na festa. Como ainda estava no início da festa, tinha meio que uma fila para entrar, não entendi o porquê e perguntei à minha mãe:
- Nossa mãe, mas qual é o motivo dessa fila simplesmente pra entrar na festa?
Meu pai nem se quer dá o direto de resposta à minha mãe e diz:
- O Sr. Castro, faz questão de cumprimentar cada um de seus convidados, pelo menos no início da festa. Espero que você seja extremamente educada.
- Sempre sou educada.
Ele revira os olhos. Até que depois de alguns minutos, finalmente chega nossa vez, então meu telefone toca, me pai me olha super feio. Enquanto eles falam com o tal Castro, me viro pra desligar meu celular. Na hora que ve viro para cumprimenta-ló, ele fala:
- Boa noite, seja bem vinda.
Essa voz, ela me parecia familiar, mas não sei de onde. Levanto minha cabeça pra olhar nos olhos dele, mas antes de qualquer resposta minha, ele diz:
- Você?
- Perdão, eu te conheço? Sua voz me parece familiar, mas não sei de onde.
- Pois eu sei, uma pessoa igual ao você é difícil de se esquecer, mas entre, depois conversamos.
Vejo que ele fala isso por conta da fila que só estava aumentando. Juro que não me lembro de onde conheço esse cara, seu olhar quando supostamente me " reconheceu" foi de extrema indiferença, não sei explicar o quê foi aquilo. Me junto aos meus pais, o Sr. Arnaldo não perde à oportunidade e já me dá uma bronca.
O jantar estava seguindo bem, mas eu estava extremamente entediada, até que o anfitrião vem em nossa direção e diz:
- Arnaldo, essa é sua filha?
Meu pai com um enorme sorriso falso responde:
- Sim, essa é minha adorável Anne.
O jeito como ele se dirigia à esse cara me dava um certo nojo, parecia que esse cara era o dono do mundo e que a vida do mei pai estava nas mãos dele. Ele estende à mão em minha direção e diz:
- Será que eu poderia conversar com sua linda filha por um segundo?
Meu pai praticamente me empurrando diz:
- Claro, quanto tempo você quiser.
Me deu vontade de falar" Ei, eu estou aqui sabia?". Mas ao invés disso fiquei quieta. O Sr. Castro, segurou em meu braço, sem dizer nada me conduziu até um lugar mais afastado da festa, eu o paro e falo:
- Posso saber onde você está me levando?
- Preciso falar com você.
- Então fale, estou bem aqui.
Ele revira os olhos e murmura baixinho:
- Sempre insolente.
Eu escutei e disse:
- O que foi disse?
- Sempre insolente.
Eu já alterando meu tom de voz, estávamos meio que parados num lugar não tão distante da festa e eu falo:
- Você não tem o direito de falar assim comigo, quem você acha que é?
Ele me puxa pra trás de um muro, onde não era possível que quem estivesse na festa nos visse. Já assustada, pois ele havia literalmente me colocado contra à parede, colocando os braços na parede para me impedir de sair e fala:
- Eu sou Robert Castro. E quem você acha que é pra jogar água em mim?
Nessa hora me lembro de onde o conhecia, mesmo com medo, mas ao me lembrar da cena, eu não consigo segurar meu riso e ele visivelmente irritado diz:
- E você ainda acha graça?
- Você mereceu, agora se me der licença meus pais estão me esperando.
- Não, não dou. Você me deve desculpas.
- Não, eu não devo e me deixa sair daqui.
Tento me virar, mas seu braço me impede, volto à ficar encostada na parede, ele chega mais perto, tão perto que eu sentia seu hálito de whisky e diz:
- É inútil tentar, você pode se redimir comigo fazendo algo bem simples. Até porque se eu fosse você, não gostaria de deixar alguém como eu com raiva. Eu costumo ser vingativo.
Com o maior deboche eu falo:
- Ui que medo. O que o Sr. Vingativo sugere?
- Que você vá pra cama comigo essa noite.
Então chego no pé de seu ouvido e sussurro:
- Nunca.
Nessa mesma hora dou um chute em seus países baixos e volto pra festa rindo muito.
Meus pais me encheram de perguntas sobre aquele idiota e o que ele queria comigo. Dei uma desculpa esfarrapada e voltei à me concentrar em meu prato.
Durante o jantar, notei que o Sr. Babaca não parava de me olhar, podia sentir o quão grande era sua raiva. Mas ele não voltou a me importunar, já estávamos indo embora, quando ele aparece novamente e diz:
- Arnaldo, posso conversar um minuto com você?
- Claro.
Meu pai o acompanha e eu falo:
- Mãe, que tipo de conversa meu pai teria com esse homem?
- Não sei, deve ser negócios minha filha. Mas vamos para o carro esperar seu pai porque isso não é da nossa conta.
Não falo nada, só vou em direção ao carro, mas estou curiosa. Estávamos esperando meu pai, quando ele finalmente aparece, entra no carro, dirige e não diz se quer uma palavra. Isso é extremamente esquisito, ele nunca fica quieto e deu pra notar que ele estava bastante nervoso. O que esse tal de Castro fez pra deixar meu pai assim?
Não falamos nada no caminho. Chegando em casa cada um foi para o seu quarto. Tirei à maquiagem, estou ansiosa pra ver às fotos tiradas no jantar, acho que amanhã mesmo saí. Mexo um pouco no meu celular e vou dormir.
Estão gostando?
O que vocês acham do Robert?

Casamento ForçadoOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz