Transa nojenta

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Eu estava exausta de dirigir. Ao voltar pra São Paulo,tive que passar na sorveteria e por conta das bolsas serem grandes,deixar cada um em casa.
Estacionei displicentemente em frente ao meu portão.Se fosse para me ferrar,que pelo menos fosse com estilo.
Entro na minha casa,carregando minha bolsa,estava tudo normal.Normal até de mais.
-Pai?
Silêncio.
Ando um pouco e subo as escadas que levam para o segundo andar. A porta do meu quarto estava aberta e as coisas reviradas. Mas que droga, o que ele fez aqui?
Escuto som de um leve riso vindo do quarto do meu pai,mas não era qualquer riso,pois esse vinha de uma mulher.
Parei pra pensar,desde quando meu pai saia com uma mulher? E que santa mulher se submeteria a sair com um cara como meu pai?
A porta se abre e por algum motivo minha curiosidade faz com que meus olhos parem de olhar o chão do meu quarto e passem pelo corredor, fazendo uma pausa no meu pai na porta de toalha e parem quando encontram a coordenadora da minha escola jogada na cama do meu pai,usando o belo modelito da nudez.
Ai meu olhos. Meu Deus! Por que minha curiosidade tinha que ser tão grande?
-Anne,você voltou! - ele fala isso fechando a porta atrás dele e seu bom humor é mais do que revelador. Se bem que não tinha mais o que ser revelado.
-É,o senhor mandou eu voltar naquele exato momento.
-Mandei?
-É. Ai que nojo.
-Anne,vai dar uma volta.
Desço correndo,procurando o caminho da liberdade ou qualquer um que tirasse aquela visão da minha mente. Passo pelo carro mas resolvo não entrar,talvez fosse melhor só andar.
O dia estava quente,era menos que na praia,mas ainda assim eu estava com mais calor do que queria. Meu celular vibra, era Sara, então deslizo e atendo.
-Oi vaca!
-Anne,deu merda -sua voz realmente estava estranha.
-Fala.
-Minha mãe descobriu sobre as identidades falsas.
-Como? -meu tom de indignação com toda certeza tinha sido ouvido.
-Eu fui pro banho e ela mexeu na minha bolsa,agora tá louca querendo saber de todas as merdas que fizemos.
-Sara,por favor mente.
Ela fica quieta por um tempo e depois de um longo silêncio chega a conclusão que é o melhor,então desliga.
Eu até queria ter contado que meu pai conseguiu transar com a coordenadora, mas ela parecia irritada.
E agora andar sem rumo pareceu uma burrice,já que fiquei suada e não poderia ir pra casa tomar banho. Mas me veio uma pessoa que sabia resolver tudo com classe e bom humor,minha avó.

Uma SantaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora