39. Mãos dadas

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Mamãe me olha surpresa sem entender o porquê de eu estar parado em frente de casa, de madrugada e acompanhado de uma mala. Ela me vê sem blusa de frio e como mãe ela abre espaço e diz:

- Entra filho! - Ela me chama saindo de minha frente.

Passo por ela entrando em casa.  Sim minha casa! De onde eu não deveria ter ter saído. Encosto minha mala em um canto do sofá e me encosto no mesmo. Minha mãe fecha a porta e com o braço cruzado de frio ela vem em minha direção dizendo:

- O que aconteceu para você voltar a essa hora? - Ele pergunta assoprando a mão.

- Eu não quero mais olhar na cara do Andrew! Nem daquela filha dele!

- Mas filho o que aconteceu? - Ela me olha - Por que você mudou de idéia tão rápido assim?

- Mãe eu não estava aguentando ficar em um lugar onde me odeiam!

- De quem você está falando? - Ela diz sem entender.

- Da filha do meu pai!

- Sua irmã?!

- Não! Ela não é minha irmã!

- Mas filho...

- Mãe! - Interrompo - Ela se bateu e me culpou!

Minha mãe ouve aquilo atentamente e surpresa enquanto digo:

- Ela não gosta de mim! Ela tem ciúme de mim com o pai dela! Não me quer naquela casa mãe! - Digo com o tom de voz baixo.

- Ela fez isso? - Ela pergunta surpresa.

- Fez mãe! - Digo ainda com o tom de voz baixo.

- E seu pai? - Ela pergunta ainda surpresa se aproximando.

- Meu pai? - Olho para ela - Ele não acreditou em mim!

- Seu pai nem te ouviu?

- Meu pai não iria acreditar em mim mãe! Ele criou a Carla, ele viveu a e acompanhou toda sua vida. Eu sou apenas o filho por nome.

- Filho não diz isso! - Ele se aproxima.

- Eu apenas cansei mãe... - Olho para ela triste.

Ela me olha e percebe como estou destruído por dentro. Olho para baixo e mamãe se aproxima de mim me abraçando.

- Eu te amo filho! - Ela diz me abraçando forte - Você tem o meu amor sempre Will!

- Eu sei mãe! - Retribuo o abraço colocando as mãos em sua costa e apoiando minha cabeça em seu ombro.

Eu sabia que teria o apoio daquela mulher espetacular que sempre me amou, sempre me deu carinho, que cresceu e todos os anos ganhava mais um ano ao meu lado, cantando parabéns em festas cheias ou em bolos pequenos comprado na padaria apenas nós três, eu, Julie e mamãe, as pessoas na qual mais amo na vida!

Após terminarmos de nos abraçar, ela me olha segurando em meu ombro e diz:

- Você vai voltar para a escola filho? - Ela me olha preocupada.

- Eu não sei mãe - Digo indeciso - Eu quero.

- Não sei Will, você sabe o que aconteceu com você naquela vez...

- Eu sei...

- Eu só estou preocupada com você! Não quero que você sofra.

- Fica tranquila mãe! Eu vou decidir - Sorrio para ela - Eu acho que consigo aguentar um pouco, são só alguns meses...

- Tudo bem filho! Você quer que eu te mude de colégio?

- Mais tarde conversamos sobre isso - Espreguiço - Eu estou morrendo de sono.

Meia-Noite (ROMANCE GAY)Kde žijí příběhy. Začni objevovat