Meia-Noite (ROMANCE GAY)

37. Presente de Boas-Vindas

Já era de manhã quando desço para a sala depois de tomar um banho quente no chuveiro. Após descer a escada, olho para os dois lados e não vejo ninguém, até que Andrew desce atrás de mim dizendo:

- Bom dia filho! - Ele passa por mim - Vou preparar o café.

- Tá ok pai - Me sento no sofá da sala.

Após isso, Carla chega em casa abrindo a porta e entrando com três sacolas em suas mãos. Ela me olha e rapidamente vai em direção a cozinha.

Já se passou cinco minutos desde que ela entrou na cozinha, deve estar conversando com seu pai ou preparando seu café.

Após um tempo depois de temos tomado o café da manhã todos calados, decido sair para tomar um ar. Saio pela porta e me sento em um pequeno banco de madeira antigo que papai tinha feito há alguns anos atrás.

Olho para o lado e observo Anderson varrendo o chão e tirando as folhas caídas de uma árvore com uma pá. Ele percebe que estou sentado quieto, termina de tirar as folhas e caminha em minha direção de vagar dizendo:

- Olá vizinho! - Ele sorri.

- Oi Andy! - Digo normalmente.

Anderson para em minha frente e olha para meu rosto percebendo que tudo não estava bem. Ele se senta ao meu lado e diz:

- O que aconteceu vizinho?

- Ah nada! - Digo olhando para a rua.

- Duvido que seja nada! Você está estranho...

- Na verdade eu quero voltar para casa, quero voltar para Portland... - Digo continuando olhando para frente.

- Por que? - Anderson me olha preocupado.

- Quase fui ontem mesmo depois que chegamos. Briguei com minha meia irmã, brigamos feio! Mas só fiquei por pedido de meu pai.

- Nossa Will! Mas por que vocês brigaram?

- Minha irmã me odeia! Ela sente ciúme do meu pai comigo e queria que eu não tivesse existido... - Digo olhando para os carros que passam na rua - Já faz tempo que ela está me tirando do sério!

Anderson me olha espantado com o que eu dizia. Ainda me olhando preocupado ele me diz:

- Will... - Ele pega em minha pernas - Você quer que eu te leve de volta para Portland?

Naquela hora a minha vontade era dizer sim, porém já havia desfeito minhas malas e não queria ver meu pai sofrendo por ter ido. Olho para Anderson e digo:

- Obrigado Andy, mas não precisa! Vou tentar conviver com eles mais um pouco.

- Mas e sua irmã?

- Meu pai já falou com ela! Acho que ela vai parar de continuar me incomodando.

- Tomara então Will! - Ele tira a mão de minha perna - Torço por isso!

- Obrigado Anderson! - Abro um pequeno sorriso no rosto.

Ouço a voz de Christian me chamando e olho para a calçada e o vejo parado, logo após ele caminha para perto de nós e com isso Anderson se afasta de mim, se levanta e diz:

- Bom Will eu vou indo! - Ele olha para Christian que depois olha para mim - Qualquer coisa pode contar comigo!

- Olá bom dia! - Christian sorri se aproximando - Contar com você pra que? - Ele olha para Anderson sorrindo.

- Tudo bem Andy, pode deixar! - Digo retribuindo o sorriso.

Anderson caminha para sua casa voltando a tirar as folhas do chão pegando a vassoura que estava encostada na pequena árvore do quintal da casa de sua tia. Christian se senta no lugar que estava e Anderson nos observa.