26. Novo lar, Nova irmã

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Estava cansado, viajando há exatamente 4 horas, dormindo com meu fone de ouvido sem tocar nada. A Playlist havia terminado.

Finalmente chegamos a LandWood, abro os olhos lentamente e observo as coisas a vista da cidade. Era uma cidade do interior dos Estados Unidos, pequena e com poucos habitantes, havia poucas coisas, um pequeno shopping no qual passamos na frente, as ruas não eram muito movimentadas, pessoas andavam mais de a pé do que de carro.

Passamos em frente a uma casa grande, de dois andares e por fora ela era bonita. Andrew volta e estaciona em frente a essa mesma casa, logo percebo que essa casa era a de Andrew. Olhava para a casa de dentro do carro e na porta logo sai uma garota bonita de cabelos com mechas rosa.

Andrew sai do carro e ela se aproxima dizendo:

-Papai você chegou! - Ela diz sorrindo e abraçando Andrew.

-Oi filha! - Ele abraça. - Tá tudo bem? - Andrew olha para a garota.

-Tá sim pai! - A garota diz.

Abro a porta do carro e saio, fecho fracamente e a garota me olha. Ela me olha como se eu fosse um estranho, como se eu fosse inferior a ela. Andrew percebe que estávamos nos olhando sem nenhum dos dois falar sequer uma palavra, ele decide nos apresentar ele olha para nós e diz:

-Carla esse é seu irmão Will, e Will essa é sua irmã Carla! - Andrew sorri.

Ele sorria tanto que seu sorriso mal cabia em seu rosto. A garota me olha do mesmo jeito que estava olhando e decidi tomar uma atitude. Carla se aproxima e diz:

-Prazer irmão! - Ela me cumprimenta com um beijo no rosto e um leve abraço forçado. - Seja bem vindo Will!

Logo sua expressão muda e junto a Andrew, os dois começa a sorrir. Não estava animado para sorrir, não tinha motivo para sorrir, então continuava do mesmo jeito, normalmente.

-Obrigado Carla... - Digo a olhando.

-Filho eu pego suas malas! Por que não vai para dentro? Sua irmã vai mostrar a casa pra você!

-Tá. - Digo ainda quieto.

Andrew vai em direção ao porta malas do carro, Carla começa a andar em direção a entrada da casa, se vira e diz:

-Vem Will! - Logo após ela se vira e continua a andar.

Caminho seguindo Carla até a entrada da casa. Ela abre a porta, espera eu entrar e logo após a fecha. Carla caminha para o lado esquerdo e começa a dizer:

-Essa é a sala, papai construiu esse lugar pois é o lugar que ele mais gosta da casa!

Começo a observar a sala atentamente, vejo o tão rústica era e como é tão organizada. Carla faz o mesmo e logo após diz:

-Ah!! - Ela diz parecendo se lembrar de algo. - E aquele é seu piano, ele tem um enorme ciúme dele. E aquele ao lado do piano é o seu violino.

Olho atentamente para o violino e me lembro de quando Andrew morava com minha mãe e comigo, quando eles ainda eram casados e quando eu tinha 7 anos. Eu sempre tive uma atração por o Violino que ele tinha, ele deixava ao lado da estante de livros e sempre tocava, quase todos os dias ouvia escondido nos corredores a bela melodia que saia daquele instrumento. Sempre quis tocar mas Andrew nunca deixava, dizia que eu iria quebrar, estragar e que eu não levava jeito, aquilo só me deixava mais triste.

Em um dia, meu pai saiu com minha mãe, a levou para fazer compras e resolver algumas coisas no centro da cidade. Eu quis ficar sozinho, prometi ficar bem e disse que ficaria jogando vídeo game até eles voltarem. Após saírem de casa, comecei a olhar aquele lindo instrumento e não aguentei. Me aproximei e tentei tocar, até que depois de um tempo eu estava me dando bem com o Violino, não totalmente, pois havia algumas falhas e eu tinha acabado de começar, mas vendo Andrew tocar quase todos os dias já me deu uma noção do que fazer na hora.

Meia-Noite (ROMANCE GAY)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora