28. Querida Irmã

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Acordo e olho para cima e para os lados. Aquele quarto era diferente do meu, do que eu dormi por 17 anos.

Olho para o relógio e vejo que já são 9:15 da manhã. Me levanto, me visto, apanho meu celular colocando no bolso da calça de moletom cinza que usava, e saio pela porta.

Quando saio pela porta, vejo Carla, minha nova irmãzinha andando pelo corredor. Ela me olha de cima a baixo e diz:

-Papai mandou avisar que o café da manhã está pronto. - Ela diz rapidamente.

-Obrigado! - Sorrio para Carla.

Após sorrir para a garota das mechas rosa, ela não retribui o sorriso e da as costas para mim já descendo na frente. Caminho pelo corredor, desço a escada e a esquerda já é a sala de jantar. Carla já está sentada na mesa e sem me ver ela diz:

-Por que temos que esperar aquele garoto para então começarmos a tomar o café da manhã? - Ela diz olhando seu pai que estava colocando os biscoitos em um prato.

-Garoto não querida, ele é seu irmão! - Diz Andrew calmo.

-Não se parece nada comigo! E nem com você!

- Se todos fossemos iguais o mundo não teria graça filha! - Andrew diz jogando o pacote de biscoitos no lixo. - Relaxa querida, logo você se acostuma com ele.

Decido aparecer, então caminho em direção a cozinha dizendo:

-Olá! Bom dia. - Digo como se nada houvesse acontecido.

-Oi filho! - Andrew diz animado. -Senta!

Ando até a cadeira em frente a minha irmãzinha. Me sento e percebo que ela me encara. Estava começando a achar que minha presença naquela casa não estava agradando Carla. Se dependesse de mim eu saia por aquela porta e voltava embora para casa, para minha mãe, minha verdadeira irmã Julie, meus amigos, porém, eu não podia voltar para correr o risco de passar por tudo novamente.

Carla pega o pão, uma faca e corta e passa manteiga de amendoim. Andrew se senta e pega um pão na cesta também, ele me olha, vendo que eu não estava a vontade e logo diz:

-Filho? - Ele me olha. - Pode pegar! Fica a vontade! Tem pão, biscoito, geléia, manteiga de amendoim, enfim, o que quiser! - Ele sorri.

- Tá certo, obrigado. - Digo pegando um pão.

Corto o pão e faço o mesmo que Carla. Ela me olha enquando morde o pão e toma um gole de leite com chocolate. Andrew me olha cuidadosamente e atentamente cada passo meu na mesa, cada movimento até que ele diz:

-Filho, a Carla vai para o Shopping nessa tarde com as amigas... seria bom se você fosse também para conhecer não é? - Ele diz me olhando.

-Mas pai... - Carla diz surpresa.

Realmente queria conhecer o lugar, ver rostos novos, mas Carla não parecia querer que eu me integrasse entre suas amigas.

Andrew olha para Carla e faz um sinal com o rosto, como se fosse para ela ficar quieta. Olho para os dois e digo:

- Não, não precisa! Eu acabei de chegar e meio que não quero sair hoje... - Tento disfarçar.

- Que nada! Você precisa se divertir depois do que passou! - Ele diz me olhando. - Não é Carla? - Ele olha para sua filha sorrindo.

Carla pensa antes de falar, a cara que ela fazia não era nada boa, estava constrangido só de estar por ali. Carla me olha e depois olha para seu pai e diz:

- É pai! - Ela volta a comer.

- Combinado! Hoje você vai com sua irmã no LandWood Shopping conhecer o que tem por lá! Você vai adorar filho e...

Meia-Noite (ROMANCE GAY)Where stories live. Discover now