A festa

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August Evans

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August Evans. 18 anos. Futuro médico. Sempre ajuda em tudo e a todos. "Melhor amigo" de Hanna.

 "Melhor amigo" de Hanna

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Will Clarke. 18 anos. Fica bêbado fácil. Tem distúrbios de raiva mas é romântico quando quer conquistar uma garota. Futuro "Crush" da Hanna.
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~Hanna ON~
- Já está animada? - Elena perguntou.
Olhei para ela com um olhar de tédio.
- Não, apenas estou lembrando que vou ter que criar um trabalho, que nem existe, para mostrar para os meus pais porque eu sei que eles vão cobrar.
- Fala sério, Hanna, vai dizer que você nunca mentiu para seus pais para ir a uma festa.
Na verdade não. Eu era o tipo de filha que não dava trabalho. Tirava notas boas, não arrumava confusão na escola e fazia todos os trabalhos.
- Acho que seu silêncio já respondeu. -ela disse, ligando o rádio.
Definitivamente meu estilo de música era muito diferente do que o dela: ela curte pop e eu clássicos.
Eu fiquei em silêncio a maior parte do caminho, eu ficava olhando as estrelas. Nossa como eu amo o céu e tudo que tem nele. Eu amo o fato de a lua estar sorrindo para mim esta noite. Eu amo o fato de que aquelas estrelas demoraram anos para se formarem.
- Estamos indo na festa de quem? - cortei o silêncio.
- Emily Clarke.
Emily Clake. Umas das garotas mais populares da escola. Nunca cheguei a falar com ela. Só vi ela uma vez. Quando "acidentalmente" ela esbarrou em mim deixando todo meu material cair no chão e saiu rindo com outras garotas.
- Não acho que isso seja uma boa ideia, Elena.
- Tarde demais
"Tarde demais". Fiquei repetindo pra mim mesma. Infelizmente tínhamos chegado na festa. Estava uma bagunça. Sai do carro com Elena e seguimos até a entrada casa. Eu vi um cara que estava ficando com 3 mulheres ao mesmo tempo, 6 pessoas vomitando no gramado e um grupo de mulheres rindo de sei lá o quê.
- Divirta-se! - disse ela e, em seguida, sumiu na multidão.
Quando Elena diz:"Divirta-se" ela quer dizer:"Beba sem se preocupar". Então foi o que eu fiz. Fui buscar uma bebida. Consigo me divertir a noite toda com 4 copos de vodka.
- Posso pagar uma bebida para você?
Olhei para o lado e lá estava um homem de estatura alta e bonito. Seus olhos estavam mais sombrios que o céu naquela noite. O sorriso dele estava igual a lua, minguante. E o cabelo dele era tão escuro que me lembrava um buraco negro. Não podia dispensar um cara daquele. Ele me lembrava o céu, a coisa que eu mais amo.
- Claro.
- Qual é o seu nome, docinho?
"Docinho"?! Fala sério.
- Hanna Lewis. E o seu?
- Will Clarke.
Will Clarke? Ah não.
- Você é o irmão da...
- Emily, sim.
- Tenho que ir.
- Mas por quê? Eu fiz algo de errado?
- Apenas tenho que ir.
Me virei para sair mas ele tentou segurar meu braço e acabou me arranhando do ombro até o cotovelo. Não sei como ele me arranhou mas senti uma dor latejante no braço. Não queria ficar com um cara cujo a irmã é uma vadia. Fui em direção ao quintal e me deitei no gramado. Apenas queria ficar ali, para sempre, olhando as estrelas.
- Noite difícil?
Não queria falar com ninguém mas não podia ignora-lo. Não parecia bêbado igual Will. Não consegui reconhecer seu rosto com partes do céu porque estava muito escuro. Só consegui ver seus olhos, tão claro como as estrelas.
- Mais ou menos isso. - finalmente respondi.
O garoto sentou-se no meu lado e perguntou:
- O que aconteceu com seu braço?
Fiquei surpresa por um instante. Meu braço estava doendo mas não havia percebido que estava sangrando. Ele tinha feito um enorme corte em meu braço. Como??! Quando olhei para meu braço comecei a ficar com tontura. Odeio sangue, porque sempre que o vejo eu começo a ficar tonta e em seguida desmaio.
- Calma. Fique tranquila. Vou tirar você daqui.
Eu estava quase desmaiando quando o cara dos olhos de estrela me pegou. No meio do caminho eu ouvi:"Leva ela pra cama, herói" ou "Ela ta chapadona, aproveita", então ele dizia:"Cala a boca seu bando de otários".
Entramos em um quarto silencioso. Ele me deitou na cama e fechou a porta, diminuindo o silêncio. Nem consegui ver como era o quarto porque eu estava muito tonta. Só vi que tinha um banheiro lá dentro.
- Vai ficar tudo bem, Hanna. Só que no momento preciso que você seja forte.
- Por que?
- Preciso cuidar do seu machucado urgentemente.
Fiz que sim com a cabeça e ele foi em direção ao banheiro. Ele pegou uma toalha e encharcou com água e um pouco de álcool. Ele me parecia tão familiar... E como ele sabia meu nome? Não conseguia me lembrar quem ele era, mas eu estava eternamente grata por ele estar me ajudando.
- Aqui nessa toalha tem água fria e um pouco de álcool. Vou passar no seu braço para lavar e vai doer. Muito.
Não conseguia falar direito. Ainda estava tonta. Então fiz que sim com a cabeça.
A tortura começa. Tentei me controlar ao máximo para não gritar mas não dava, doía demais. Pensei que ia desmaiar de tanta dor.
- Já está acabando, querida.
Como não sabia quem ele era? Ele estava sendo tão legal comigo.
Foi aí que eu percebi. Quando ele disse "querida". As únicas pessoas que me chamam de querida são a minha mãe e August, meu melhor amigo.
- Terminei. agora vou fazer o curativo. - não era de surpreender que August sabia exatamente o que fazer. Ele vai virar um excelente médico.
Ele foi em direção ao banheiro para procurar curativos. E eu cochichei:
- Obrigada, Auggie.
Foi a última coisa que eu me lembro do que aconteceu naquela noite.

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