Capitulo 14

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Os olhos esverdeado fixo no relógio na mesa de cabeceira. Em plena duas da manhã, e Elisa ainda estava acordada. Sem conseguir dormir, ficou pensando onde Fernanda poderia estar. Ela virou para o lado, e ficou olhando os ombros largos de Juan. Elisa o invejou por dormir tão tranquilamente.
Após um longo suspiro, ela se levantou e ficou observando pela a janela. A lua crescente iluminava, timidamente, o céu escuro.
- Aconteceu alguma coisa?
Juan acendeu a luz do abajur na mesa de cabeceira.
- Não. Estou com insônia...
Juan se aproximou, a abraçando por trás e lhe deu beijo suave na nuca. Ele permaneceu em silêncio por um momento, pensativo.
- Elisa... - Juan hesitou antes de continuar a falar. - Talvez você não acredite no que vou dizer. No entanto, é a primeira vez na minha vida que realmente estou apaixonado. Elisa, eu te amo.
- Entre nós dois não pode existir nada...
Elisa permaneceu pressa nos braços fortes, de cabeça baixa.
- Por que não?
- Você está confundindo seus sentimentos por causa do nosso contrato.
- Contrato? Isso não impede de está apaixonado por você. Você não vê? Eu estou louco por você.
Permaneceu imóvel, profundamente ciente do seu contato, como estivera em ocasiões anteriores. Elisa estremecia a seu toque, vibrando com ele, entretanto temendo o que esse lhe provocava. Juan a virou, frente a frente, ele seguro se queixo com as pontas dos dedos e lhe deposito um beijo. O resto perdeu-se em seu beijo; ela resistiu por um momento, mas rendeu-se ao poder que ele exercia sobre ela, poder esse que, desde o começo, tentara negar.
Seus lábios eram quentes e apaixonados, gentis, mas potentes e sutilmente persuasivos. Tornou-se parte dele, incapaz de sair daquele envolvimento ou esboçar uma fraca resistência ao que rapidamente tomava conta dela... seu másculo corpo tão próximo ao dela não deixava dúvidas quanto a seu ardor.
- E, posso está enganado. Porém, poderia jurar você sente o mesmo por mim.
- Isso não é verdade. - Elisa murmurou, ofegante.
- Então, olhe nos meus olhos e diga que não sente nada. E agora que está perto de mim, que não deseja um beijo meu.
Ela refletiu por um momento, sem esconder a dificuldade da decisão. Os olhos castanhos tornaram-se um convite irresistível. O coração de Elisa batia com força, mas ela aceitou a mão estendida. Era quente e calejada: mão de trabalhador. E provocou em Elisa a sensação de força e segurança.
- Eu o quero, Juan Carlos Gonzáles. - Elisa corou fortemente, era vergonhoso para ela admitir aquilo.
Juan certamente lançara um encantamento sobre ela, fazendo-a esquecer-se de quem era. Ele não lhe deu chance para falar mais nada. Puxou-a para si e beijou-a. Juan imaginara pela timidez de Elisa, que encontraria inocência. E, por um breve instante, foi exatamente o que teve. Mas, então, ela o arrastou para um poço de desejo que ele jamais experimentara com outra mulher, onde sentimentos e emoções era parte integrante da atração física. Deslizou os dedos pelos lábios bem desenhados, pôs-se na ponta dos pés e beijou-o com suavidade, tornando-se gradualmente mais ousada.
Juan traçou uma linha de beijos ao longo das faces e do pescoço de Elisa. Ela fechou os olhos, imersa em sensações eróticas. Os braços dele a envolveram, apertando-a contra si. Deitaram-se na cama, os corpos colados, as pernas enlaçadas. Juan voltou a beijá-la, com impaciência maior. Deslizando as alças da camisola e dedicou-se a uma exploração mais detalhada, que fez o corpo de Elisa arquear-se contra o dele.
Desesperada para sentir-lhe a pele, ela tentou desabotoar-lhe a camisa, mas suas mãos tremiam demais. Ele mesmo o fez, espalhando botões para todos os lados. Então, colou o peito ao dela.
- Juan... Espere... - Antes que Elisa recuperasse a razão, os lábios de Juan haviam recapturado um de seus seios, impedindo que a tensão do desejo se dissipasse.
Acabou de despir Elisa e a si mesmo. Ela segurou-lhe o rosto entre as mãos, puxando-o para perto de seus lábios. Sentiu o corpo ser invadido pelo dele, ao mesmo tempo em que seus lábios eram tomados num beijo apaixonado. Arqueou o corpo para recebê-lo por inteiro dentro de si. Elisa ouviu gemidos escapar da própria garganta quando seus corpos se uniram. Juan recuou, apenas para voltar a invadi-la.
Suas unhas cravaram-se nos ombros dele. No último instante, Elisa tentou lutar contra o prazer. Aquilo não deveria estar acontecendo! Ela não tinha o direito! Porém, Juan não permitiria que ela recuasse. Então, era tarde demais. O corpo de Elisa estava preso em ondas de um prazer insuportável. Enquanto era arrastada pela paixão, Juan não pôde mais controlar-se e, emitindo sons guturais, cedeu ao clímax.
Juan rolou para o outro lado e a puxou para si, permanecendo abraços. Exaustos, logo ambos adormeceram.

Marido de AluguelOnde as histórias ganham vida. Descobre agora