Capítulo 22

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Após 24 horas que o corpo de Fernanda foi liberado pela polícia. Apos a morte violenta, Isadora resolver fazer a cremação.
Foi feito um culto para se despedir com amigos e familiares. Aquela despedida foi a parte mais dolorosa para Isadora que estava inconsolável.
- Minha filhinha...
Isadora chorava sobre o caixão. Nunca havia imaginado que esse seria o destino de sua filha. Poderia ter feito várias coisas horríveis, mas continuava sendo sua filha. As memórias passavam como um filme na mente. Quando estava grávida, após o nascimento, o primeiro passo... No entanto, as lembranças só lhe causavam mais dor. Seu coração estava apertado e nenhum momento conseguiu parar de chorar.
- Fernanda, filha. Sua partida me deixou de coração partido. - Fernanda falou com dificuldade, enquanto estava em prantos. - Entrego su alma a Deus. Ele é só amor e misericórdia. Descansa em paz.
- Mãe, eu tenho pedido muito á Deus para aceitamos a morte da Fernanda. E eu sei que com o tempo, ele nos dará resignação. Ficaria morando com a senhora. Não sei preocupe. Não ficará sozinha.
- Eu agradeço. Mas me prometa que você iria aceitar Juan. Não pode permitir que Fernanda se torne uma sombra entre vocês. Ela era minha filha e sua irmã. No entanto, você merece ser feliz.
Quando se iniciou o processo de cremação da falecida, Elisa e Isadora permaneceram abraçadas.

_*_

Horas após, Elisa e Isadora voltaram para casa melancólicas. Após se forçarem a comer algo, cada foi descansar em seu quarto. Quando Elisa estava sozinha, permaneceu um longo tempo fitando fitando o celular. Queria muito falar com Juan, pedir perdão por tudo que aconteceu. Afinal, ele era apenas mais uma vítima das armações de Fernanda.
Sua irmã mais velha havia feito muitas maldades até o seu último minuto de vida. Elisa nunca lhe desejou o mau e se sentia magoada.
Depois de refletir todos os ocorridos, tratou de ligar para fazenda Casa Branca. O telefone chamou algumas vezes, aumentando ainda mais sua aflição, antes de alguém atender.
- Alô?!
Elisa reconheceu a voz de Rosa, e aflita perguntou:
- Sou eu, Elisa Monteiro. Eu queria saber como estar a Dona Maria? Ela está bem?
- Senhora Monteiro, a dona Maria está ótima. Ela cozinha muito bem, e está me ensinado algumas receitas. - A voz de Rosa era animada como sempre - Quando você vai voltar, senhora? A colheita está quase no fim. Meu pai queria falar com a senhora sobre o rendimento.
- Voltarei assim que possível, mas ligarei amanhã para Firmino e falarei com ele sobre a colheita do café. - Com receio, Elisa perguntou para Rosa sobre o marido. - Juan Carlos ligou para a fazenda?
- Não, Senhora. Deste de que vocês viajaram, não tivemos noticias alguma. Aconteceu alguma coisa, Senhora?
Elisa não queria alarmar ninguém sem ter certeza de que aconteceu alguma coisa com Juan.
- Não. Só queria saber como a dona Maria estava bem de saúde. Então volte a trabalho, ligarei outra hora. - Sem esperar resposta, Elisa desligou o telefone.
O que estava acontecendo? Para onde Juan foi?

-*-

Alguns dias se passaram, com investigação polícia e a auditoria na empresa, Elisa permaneceu em casa com a sua mãe, até que sentiu dores fortes na barriga. Isadora levou imediatamente para a emergência. Depois de alguns exames, foram levadas para retorno com ginecologista obstetra de plantão. O médico analisou cuidadosamente todos os exames até dá seu diagnóstico.
- Senhora Monteiro, você está pré-eclâmpsia gestacional.
- Santo Deus! - Isadora questionou mais preocupada. - Isso é grave Doutor.
- Sim. Afinal, sua filha está no primeiro trimestres da gestação. - Elisa estava branca feito papel, ouvindo atentamente tudo que o médico dizia. - O estresse na gravidez também pode favorecer: O baixo peso no nascimento, devido à diminuição da quantidade de sangue e oxigênio que chega ao bebê.
- Isso tem tratamento, Doutor? - Isadora questionou, angustiada.
- Sim, vou prescrever um medicamento, suplemento alimentar e uma lista de que deve evitar durante a gravidez.
- Doutor, posso fazer uma viagem de avião?
Tanto o médico como Isadora se surpreenderam com a pergunta de Elisa.
- Elisa, por a caso não está ouvindo o que o médico está falando? Você precisa se cuidar!
- Verdade. - o médico concordou com Isadora. - A viagem não é recomendada se você tiver certas complicações na gravidez.
- Entendo...
Elisa apenas se limitou a ouvir, enquanto o médico e sua mãe conversavam.
Não teria uma gravidez fácil como tinha pensado. E isso afetava seus planos de reencontrar Juan. Teria que conseguir falar com ele de outra forma.
A prioridade no momento era aquele bebê. Elisa acariciou o ventre, imaginando a reação de Juan quando descobrisse de que seria pai. Continuando nessa linha de pensamento, imagino qual seria o sexo do bebê e se seria parecido com o pai.
Aquele bebê se tornaria a felicidade da sua vida.

_*_

Elisa continuou ligando para a fazenda branca, para ter notícias de Juan. Pelo o que ficou sabendo, ele voltou para o México e foi buscar sua mãe na fazenda. Elisa pediu para que Rosa pedisse para ele entrar em contato pelo número que lhe foi passado, mas não teve retorno por dias. Então, pediu que Rosa conseguisse algum número de telefone que podesse falar com ele.
Nos dias seguintes, Elisa ligou para a fazenda casa Branca.
- Alô?!
- Rosa, você conseguiu pegar o número do telefone de Juan?
- Sim. As coisas estão tão mudadas, que a senhora nem pode imaginar...
Elisa bufou, Rosa sempre falava demais.
- Rosa, me passa logo o número. Estou com pressa.
A moça falou e Elisa anotou num pedaço de papel. Ela agradeceu e desligou o telefone, e começou a discar o número da fazenda González. Ansiosa, mal conseguia espera para ouvir a voz do marido. As saudades fizeram esquecer do ressentimento que sentia dele. Não poderia fugir do amor que sentia. E se ele volta-se, Elisa o aceitaria de abraços apertos. Sabia aquele sentimento havia mudado ela por completo e a maternidade acabava com todas as suas defesas contra ele.
- Alô? - a voz grave de Juan era inconfundível.
Juan.. - Elisa engoliu em seco, procurando as palavras certas. - Eu queria tanto falar com você. Eu queria explicar a situação e.. - antes que continuasse, lembrou do motivo de ter ligado - Mas antes de qualquer coisa, eu tenho uma ótima notícia...
- Não tenho mais nada a ver com a sua vida, Elisa. Por favor, pare de tentar falar comigo. Não quero falar com você e principalmente não quero ter notícias suas. Me esqueça, pois eu já esqueci de você. - as palavras de Juan eram duras e machucava profundamente. - Não me ligue mais. Adeus.
Juan desligou o telefone. Elisa estava sem palavras, com a atitude dele. Como poderia ser tão insensível?
Elisa já estava conformada. Suspirando, acariciando a barriga.
- Meu filho, o seu pai é um idiota. Mas se ele pensa que vai nos apagar da vida dele, está muito enganado.
Era difícil aceitar, mas Elisa amava Juan Carlos. Tentou esquecê-lo, mas não pode. Estava tentando disfarça, enquanto o seu coração ansiava por ele. Juan estava enraizado no seu coração e agora que Elisa carregava seu filho, tinha ainda mais carinho por ele. Queria ele por perto.
Desejavam ter uma gravidez normal. Elisa observava os casais, quando tinha uma consulta no médico. Os maridos era carinhosos e dedicados. Sempre mimava as esposas e as ajudavam.
Elisa era agradecia por ter sua mãe por perto. Isadora que a ajudava nesse momento, e quando Fernanda morreu, a mãe iria viver sozinha. Então, ela decidiu viver com Isadora, uma cuidando da outra. Sentia-se furiosa por esperar um pouco de consideração de Juan. Ele se quer a deixou falar.
Se era assim que Deus queria, Elisa esperaria até ter condições para fazer uma viagem tão longa, e voltariam para México. Um dia voltariam a ver aqueles olhos castanhos, tocaria a face bronzeada, o abraçaria e o beijaria. Afinal, Seu coração negava-se a aceitar a separação. E pelo o jeito, nunca aceitaria.

Marido de AluguelOnde as histórias ganham vida. Descobre agora