Capitulo 10

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Juan sempre começava o dia com uma chuveirada. Este dia começou com duas, ambas geladas o bastante para fazer seus dentes tremerem. A água gélida fez o serviço de aquietar seus hormônios ainda pulsantes, mas nada conseguia tira da sua cabeça a imagem de Elisa dormindo em seus braços.
Ele era louco? Tinha de ser, do contrário por que estava levando esta rotina de ser noivo tão longe? Já era ruim o bastante fingir ter sentimentos por ela, ainda tinha que ser levado ao limite daquela forma.
Acordar ao lado de uma mulher que não podia ter grudada em você e uma ereção indesejável dentro de sua calça não era uma boa idéia, especialmente se estiver preso a ela e incapaz de fazer qualquer coisa contra aquela ereção. Certo. Definitivamente não era uma maneira de se começar um dia.
Após sair do chuveiro, notou que Elisa já havia acordado, já que não estava mais no quarto. Trato de vesti-se rapidamente, antes que ela parece-se. Ele fechou o zíper da calça e colocou uma camisa de algodão branca. Passava a colônia e penteava os cabelos como James o aconselha. Estava esforçando-se para parecer respeitável e sofisticado. Assim que terminou, Elisa entrou no quarto como um raio. Dirigiu-se para o guarda roupa, enquanto escolhia um modelito, ela começou a falar.
- Que bom que já está vestido. Vamos sair com a minha mãe e Fernanda, para escolher o vestido de casamento. - Sem se quer olhá-lo, ela continuou - Você tem que escolher o traje do noivo, minha mãe ajudará com a escolha do modelo e a cor. Não esqueça de que é meu noivo, e se ela pergunta algo sobre nos dois diga o que combinamos.
As únicas palavras que Elisa lhe dirigia eram ordens. Era evidente que isso não iria mudar. Aquela relação era como se fosse de um empregado e padrão. E Elisa não levava em consideração a masculinidade e dignidade de Juan.
- Como queira, Senhora Monteiro. - Juan respondeu antes de sair do quarto.
Juan começava a se questionar se toda aquela humilhação valia realmente a pena. Todas as vezes que ele se encontra a sós com Elisa, pisava no próprio orgulho e se segurava para não mandá-la pro inferno com todas suas exigências.
Para conserva sua calma e sensatez, Juan desceu as escadas, procurando a cozinha. Queria tomar pelo menos uma xícara de café antes de assumir o papel de noivo. Mas assim que entrou no corredor, colidiu com Fernanda. Desanimado, forçou-se a sorrir e a cumprimentou, disposto a continuar o caminho. No entanto, Fernanda fora mais rápida e o pressionou contra a parede. Em um movimento sensual, apertou os seios contra o peito de Juan. Ela estava nas pontas dos pés, para aproxima-se descaradamente do rosto dele.
- Bom dia Juan Carlos. Minha irmã comentou que a noite de vocês fora movimentada. Mas acho com ela não deve ter nem suado. - Ela desligou o polegar, sobre o lábio inferior de Juan, dando a impressão de que pudesse alcançar, beijaria ele ali mesmo.
Sentia-se como um peixe no aquário sendo observado por um gato faminto.
Juan suspirou, agradecendo a Deus mentalmente por sua altura. Se não, teria aceitado de bom grato tudo que ela poderia oferecer. Em sua mente veio a imagem de Elisa e Juan volto a si. Fidelidade era um termo óbvio no contrato que Juan possui com a noiva. Fatigado desses pensamentos, ele esquivou-se de Fernanda e manteve uma distancia segura.
- Fernanda, não me entenda mal. Mas se eu quiser trair Elisa, não procuraria a irmã dela, e sim uma prostituta. - sem importa-se com os sentimentos de Fernanda, deixou ela para trás e continuou o caminho da cozinha.
Fernanda era uma mulher perigosa, sabia com seduzir e fazer a situação favorável para ela. Com aquele insulto, Juan somente havia se tornado mais desejado do que nunca. Ela não desistiria tão facilmente, como ele pensava. Só estava tornando as coisas mais interessantes para ela.

É inevitável, chega uma hora na vida do homem que ele tem que colocar um terno, uma peça clássica entre roupas de alfaiataria masculina. Principalmente, num evento tão especial que é um casamento.
Quando se dê conta, Juan já estava tirando as medidas para fazer o trage que usaria no casamento. O alfaiate era um homem mais velho de óculos grandes, com o auxílio de uma fita métrica, começou a fazer as anotações numa fixa. Coloque uma ponta da fita métrica na frente do pescoço e passe-a ao redor, até que ambas se encontrem. E voltou a anotar.
Ele continuou imóvel, durante mais alguns minutos, até finalizar a tirada de todas as medidas necessárias. Juan olhou em voltar, a procura de Elisa, e a achou com sua mãe folheando alguns catálogo. Deviam está escolhendo o modelo do terno. Isadora e Elisa vieram ao seu encontro, sua futura sogra parecia feliz por participar dos preparativos.
- Veja Juan, escolhemos ele modelo para você. O que acha?
Isadora mostrou um ternos preto. E na pouca experiência de Juan não poderia opinar. Iria vestir o que foi escolhido por elas.
- É uma ótima escolha. Vocês tem muito bom gosto. - Juan sorriu gentilmente.
Isadora mostrou ao alfaiate e o acompanho até outro cômodo.
- Vou procurar uma gravata.
Sem esperar alguma resposta, saiu da sala. Elisa estava feliz que o porte físico de Juan fosse perfeito para usar um terno elegante e de boa qualidade. Não gostava de admiti, mas Juan era um belo exempla da espécie masculina. Suspirou, imaginando como havia dormido com ele na noite passada, sobre aqueles ombros largos.
Elisa sacudiu a cabeça, tentando ignorar tais pensamentos. Tratou de doar sua atenção para as estampas de gravatas. Preferindo pelas mais clássicas, pegou uma gravata de seda do mesmo tom do terno e começo a se dirigir para os provadores, quando se chocou contra um homem. Elisa começou a se desculpar, mas ela conhecia aquele sujeito.
- Bom dia Elisa.
- Bernado?
De repente, ficou gelada, sem saber por quê. Ante seu olhar esverdeado, o homem que nunca imaginou rever na vida.
- É uma surpresa te encontrar. Você não atende as minhas ligações...
- Claro! Eu não quero falar com você.
Elisa tentou se afastar, mas ele se colocou em sua frente.
- Por favor, Elisa. Sempre temos esse momento. Por isso preferia falar no telefone, para te dá uma explicação...
- Não tenho interesse em ouvir mais nenhuma mentira. - O coração de Elisa disparou.
- Eu entendo que esteja furiosa comigo. Até que me odeio por minha covardia. Mas tudo tem uma explicação. - Ele pareceu pensar um segundo, antes de acrescentar - Iria te dizer a verdade antes da gente se casar, mas foi impossível. Depois de explicar tudo que aconteceu, espero que você não me negue o seu perdão.
- O que você me fez não tem perdão.
Depois de tanto tempo sem vê-lo, as lembras da traição de Bernardo ainda estavam vivas em seu pensamento. Com o sofrimento, a vontade de amar deixou de existe nela.
- É verdade. Mas me deixe explicar as minhas razões...
- Não quero ouvir mais nada. - disse, demonstrando sua fúria.
- Elisa, eu... Não queria que guarda-se ressentimento de mim.
Bernardo era a imagem da calma e da inocência, enquanto Elisa estava tento grande dificuldade para esconder a tensão. Ficou de punhos fechados, contraindo os lábios para disfarçar o tremor.
- Isso seria muito mais do que você merece. A única coisa que sinto por você é pena. - Elisa falou com os olhos faiscando de raiva.
Elisa deu meia volta para se distanciar, mas ele a segurou pelo braço. Bernardo estava como sempre, bem vestido e sorridente. Os cabelos loiros impecáveis e os olhos azuis escuros possuíam um brilho malicioso. Ele a olhava de cima a baixo, cobiçando-a.
- Eu não acredito. Você me amava e isso não pode ter mudado tão drasticamente. - respondeu, com uma docilidade que apenas aumentou a raiva dentro dela.
- Mesmo que você custe a acreditar nisso. Meus sentimentos mudaram, eu mudei muito, e minha vida também.
A palidez surgiu e Elisa abaixou a cabeça. Tinha a cena na sua mente e estava furiosa com isto. Aquele homem detestável sujeitando-a a tal humilhação. Não era difícil suporta a rejeição. Aquele relacionamento somente teve momentos e um fim. Contudo, nunca imaginou que ele hoje estaria a rodeando, tentando enganá-la outra vez, como se ela fosse uma idiota.
- Claro. Eu sei que você está de casamento marcado com outro homem. Mas isso não significa que você não me ama.
Elisa não suportava sua presença. Olhava em volta Ela não o queria. Odiava a si mesma por ter sido gostado alguém que só a machucou. Já sem paciência, Elisa o empurrou e abriu a boca para o xingar de todos os palavrões que conhecia, mas a voz de Juan a fez se calar.
- Creio que isso não seja possível.
Elisa fitou o noivo de aluguel por um momento. Não sabia como ele iria reagir aquela situação. Queria dizer para ele não se envolver, mas se dominou, porque não queria chama atenção. Seu futuro estava em jogo. Mais do que qualquer coisa na vida, precisava casar com Juan, porque ele significava que teria tudo que era seu por direito. Não poderia arriscar que alguma coisa saísse errado na aquela altura dos acontecimentos.
- E quem você pensa que é? - a tensão entre os dois aumentaram as aflições de Elisa.
- Para esclarecer as coisas, eu sou Juan Carlos Gonzáles, noivo de Elisa monteiro. - Juan olhou-o com desprezo. Os olhos castanhos adquiriram uma expressão estranha. - Então amigo, para seu próprio bem, não toque nunca mais na minha mulher.
Elisa achou que jamais tinha visto uma expressão tão ameaçadora em toda sua vida. Bernardo percebeu que Elisa não era mais a moça desprotegida que tinha conhecido. Com amedrontamento, recuou alguns passos para longe dela.
Juan com incrível rapidez e, antes que Elisa se desse conta, estava nos braços dele, os lábios de Juan forçando seus lábios a se abrirem, exigindo retribuição aos beijos ardentes. Era impossível resistir aquela paixão primitiva. Cedeu, seu próprio desejo inflamando-se ante o arrogante domínio daquele homem. Seus pensamentos enevoados, e só o instinto de autopreservação a impediu de se entregar totalmente e com prazer.
- Juan... Por favor! - Pediu, quando pôde falar.
- Ele foi embora, e acho que não vai mais te incomodar. - voz de Juan estava macia, confiante com o dizia estava certo.
Somente naquele momento, notou que Bernardo havia ido embora. Com o orgulho de galã irresistível ferido e medo de voltar ase aproximar enquanto ela fosse casada com um homem hostil.

Marido de AluguelOnde as histórias ganham vida. Descobre agora