Capitulo 13

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Deste de que sairá da confeitaria, Elisa está dando a Juan conselho de etiqueta e bons modos. Ele estava cansado da sua atitude, mas preferiu não brigar. Não adiantava mesmo. Só teria que agüentá-la mais alguns dias e tudo aquilo estaria acabado. Deixaria fazer o que ela quiser-se, falar o que quiser e faria o que ela mandar. Mas Elisa não poderia exigir mais do que isso.
Isadora notou que algo aconteceu entre os dois. Juan não olhava a noiva nos olhos, poucas vezes que sorriu naquela manhã e só concordava com o que a filha dizia. Já Elisa ansiava por algo, não conseguia parar de olhá-lo, e parecia ainda mais chateada. Mas nada disse para ambos. Todo casal tem seus altos e baixos. E era normal brigar uma vez ou outra.
Após o almoço, Isadora e Elisa foram fazer a prova do vestido de noiva. E por motivos supersticiosos, Juan ficou em sozinho na mansão. E o silêncio era terrível. Preferia ouvir todas as reclamações de Elisa sobre sua postura do que ficar solitário. Naquela mansão não havia nada para fazer, além de olhar os jardins da janela. Perdido em seus próprios pensamentos, não notou a presença feminina se aproximando sorrateiramente.
- Oi Juan Carlos. - Fernanda usava um tom de voz doce, e quando Juan não lhe responder o comprimento, murmurou lamuriando. - Você parece tão distante... Fiz algo que você não gostou?
Ele se volto para Fernanda, e a fitou com o olhos gélidos. Ela era uma mulher atraente, formosa e envolvente... Qualquer homem se sentiria atraído por ela. Principalmente, quando estava tão bonita, parecia ter ido ao salão de beleza, os cabelos acerejado estavam enrolados, bem maquiada e usava um batom vermelho que destacava os lábios carnudos. E suas roupas, mesmo sendo de uma executiva, usava uma saia lápis justa e uma camisa com os primeiros botões abertos, deixando exposto o vale dos seios e a renda negra do sutiã.
Juan suspirou em desanimo. Infelizmente, o seu caráter estava decifrado. Aquela mulher na sua frente era uma feiticeira de homens.
- Não. Peço desculpas, mas tenho uma coisa importante para fazer...
Ele tentou fugiu, mas Fernanda o segurou pelo o braço.
- Juan, tenho algo que gostaria de falar com você. Prometo não tomar muito seu tempo.
- Pode falar.
- É sobre a Elisa. - Quando ouviu o nome da futura esposa, Juan se voltou para ela. Tinha acertado em cheio, seu ponto era ela e iria usar isso contra ele. Continuou murmurar lastimosa. - A cada dia fico mais preocupada com ela.
- Por que?
- A lembrança de Bernardo não a deixa em paz. Ontem a vi chorando, e hoje de manhã, achei isso na mesa de cabeceira.
Juan olhou a foto e reconheceu o sujeito nela. Era o homem loiro que encontraram no alfaiate no outro dia.
- E quem é esse homem?
Ele estava curioso sobre a indentidade dele deste do dia que o encontro. Elisa ficou abalada após o vê-lo.
- O nome dele é Bernado Assunção. É o homem que Elisa iria se casar há meses atrás.
- Tem certeza que acho essa foto no nosso quarto? Ou você está a com ela?
Ele não era tão ingênuo como aparentava ser. Impossível aquela foto está naquela quarto, teria visto muito antes do que Fernanda. Só poderia ser mais uma mentira.
- Não entendo... - Fernanda murmurou fingindo está magoada.
- Por favor, Fernanda. Você entendeu perfeitamente. Não precisa representar o papel de boazinha comigo.
- Elisa é minha irmã mais nova... - ela dissimulava uma choradeira, enquanto dizia. - E faria qualquer coisa para vê-la feliz.
- Você consegue ser muito convicente.
As lágrimas arruinou sua maquiagem, escorrendo pelo rosto e manchando a pele clara com rímel preto.
"Lágrimas de crocodilo." Pensou Juan de forma insensível.
- Dói muito que você não acredite. Por que... - Fernanda se aproximou de forma arrebatadora, desligou suas mãos pelos os ombros largos e foi descendo, sentindo os músculos firmes dos braços de Juan. - Eu lhe tenho muito apreso.
Imediatamente, Juan se distanciou e afastou daquelas garras afiadas pintadas de preto.
- Vamos deixar isso para lá. - agora Juan falava mais firme do que nunca. - Se você tem vergonha na cara ou não, deixo isso com a sua consciência.
Após terminar de fala, Juan caminhou rapidamente para fora da mansão. Sem dá importância para os apelos de Fernanda.
Olhou em volta e estava sozinho novamente. Soltou um grande suspiro, quando viu uma das empregadas vindo da entrada da mansão com um grande buquê de rosas em seus braços.
- Rosário, para quem são essas flores? - Juan perguntou curioso. Penso principalmente em Fernanda, daquele forma sedutora, devia ter vários pretendentes.
- É para a Senhorita Elisa.
Imediatamente, Juan chegou mais perto. Tinha um cartão que dizia: Estou com saudades. Assinado Bernardo.
Aquele maldito! Como ousa a mandar isso para uma mulher comprometida. Furioso, rasgou o bilhete em pedaços.
- Jogue fora as flores!
- Mas Senhor...
- Já mandei jogar fora. - Juan repetir enraivecido, e a empregada nada mais disse.

Marido de AluguelOnde as histórias ganham vida. Descobre agora