Capitulo 7

5K 560 9
                                    

Após a noite estafante, Elisa estava pronta para seguir a rumo à mansão da família. Havia ligado para a mãe, e avisou que chegaria por volta do meio dia. Estava ocorrendo tudo como o planejado, falta-lhe um último detalhe: Juan.
Deste que James o levou, não o virá mais. Após finalizar as compras, Ellen ajudou acomodar todas as novas peças em malas e teve a gentileza de entregá-las para ele. Depois disso, Elisa seguiu para o seu quarto. Estava tão cansada que não teve dificuldade para dormir,
Elisa consultou o relógio no pulso, faltava pouco para meio dia. E ainda não vira o noivo. Impaciente, bateu insistentemente na porta do quarto ao lado do seu.
- Juan, acorde! - Disse furiosa. Ainda batendo na madeira solida - Seu preguiçoso. Não pago para você dormir até tarde.
A porta se abriu de repente, a figura imponente a fez dá um passo para trás. Era alto, media 1,85. Era esbelto e musculoso. O homem se trajava-se com elegância, usava um suéter preto de algodão, calça jeans e tênis. Erguendo o olhar, e observou atentamente. Era bem aperfeiçoado e atraente. Cabelos negros como a noite, o rosto liso, provavelmente teria feito a barba pela manhã. Somente quando olhou-o nos olhos, notou algo familiar.
Elisa despertou do transe, envergonhada por encarar o desconhecido.
- Me perdoe, Senhor. Pensei que fosse o quarto de um amigo meu. Sinto muito.
- Que amigo é esse, Srta Monteiro?
Assim que virou-se, ouviu a voz de Juan. O abalo a fez vira-se lentamente, tento que analisar o homem minuciosamente pela segunda vez,
- Juan? - ele confirmou com a cabeça, sem compreender. - Santo Deus! James fizera um milagre em você. Não o reconheci.
- Não mudei tanto assim. - comentou ofendido - Apenas penteie o cabelo e fiz a barba.
Os olhos verdes de Elisa brilharam.
- Está lindo. Perfeito!
Juan corou fortemente, com o comentário. Receber elogios de uma mulher como ela, era embaraçoso. Elisa vasculhou a bolsa, e pegou uma caixa. Quando abriu, retirou um relógio rolex prateado. Sem receio, pegou a mão de Juan Carlos e o posicionou no pulso.
- É um presente. - Sorriu, simpaticamente. - Agora que está pronto, precisamos ir. Minha mãe está nos esperando para almoçar. Pegue suas malas e vamos. O táxi está a nossa espera lá em baixo.
Juan estava ciente que pisaria no seu orgulho para usar aqueles trajes. Presente? Sentia-se um gigolô afortunado. E ele não se vangloriava pelo o feito. Para ser sincero, estava envergonhado de chegar a esse extremo por dinheiro.
No táxi, o silencio reinou. Notava-se a tensão de Elisa. Aquele era um passo muito importante pro seu futuro. O Plano estava em andamento com perfeição e nada poderia colocar sua herança em risco.
Não demorou muito para o veículo parar diante a mansão. Elisa observou os veículos estacionados, o jardim parecia uma concessionária. Com um mal presentemente, ela manteve-se dentro do veículo. Elisa apenas olhou para Juan Carlos quando sentiu a mão dele pousando sobre a sua. Ele sorriu, enviando no olhar uma mensagem: "Pode confiar em mim."
Os empregados pegaram as malas e as levaram para dentro, quando Isadora veio receber os recém chegados. Elisa ficara feliz em ver a mãe sorrindo. Mesmo sendo uma viúva, Isadora estava animada com o casamento da filha. Ela depositou um beijo na testa da filha e deu um abraço. O rapaz que vinha logo atrás da filha era um bonito. Agora sabia a causa do relacionamento tão repentino.
- Então, esse deve ser o famoso Juan Carlos Gonzáles. - antes que ele pudesse pensar em algo para dizer, ela o abraço. - Bem vindo a família, Juan. Eu só queria que você cuidasse da minha filha. Você poderia fazer isso para mim?
Ele sorriu, constrangido. Não poderia prometer, já que Elisa Monteiro estava fora do seu alcance. Poderiam dizer qualquer mentira, que não mudaria a realidade.
- Eu vou fazer o possível, mas a Senhorita tem um gênio terrível. - não havia nenhuma mentira no que Juan dizia.
Isadora gargalhou vendo a cara de brava de Elisa. Se Juan era conhecedor da atitude rebelde de Elisa e se ele ainda estava disposto á casar com ela, era amor.
- Vamos! Os convidados estão no jardim lateral.
Elisa segurou a mão dele, entrelaçando os dedos. Para um casal apaixonado aquele gesto era simples. Mas a intenção de Elisa era totalmente diferente.
- Você tem que me chamar pelo meu nome. Não seja tão formal, ou ira desconfiar. Eles têm que pensar que estamos apaixonados. Então, esforce para fingir isso. - Falou sussurrando.
Juan ouvia o que ela dizia com atenção, enquanto olhava em volta. Aquela casa era enorme. Muito maior do que o casarão da fazenda Casa Branca. Quando começou a trabalhar na fazenda, teve que freqüentar a residência. Mas nada se comparava com isso. Estava deslumbrado com o bom gosto e a qualidade dos moveis. Essa era mais uma prova de que Juan e Elisa viviam em mundos muito diferentes.
Isadora parou diante a escadaria que levava ao jardim, chamando a atenção dos convidados.
- Caros amigos, eu gostaria de apresentar Juan Carlos Gonzáles. O mais novo membro da família Monteiro e noivo da minha filha Elisa. - Sentia-se um homem de sorte, não por está naquele lugar, ou pela a atenção que recebia. E sim, por poder está ao lado de Elisa. Ela estava tão linda, usando um vestido florido. Os cabelos acobreados estavam a metade preso com uma fivela, e a maquiagem leve dava um ar juvenil. Mais bela como nunca.
A multidão aplaudiu, enquanto Juan acenava. Ele sentia-se um peixe fora d'água, no meio de tantas pessoas. Elisa agarrou-se ao braço de Juan, querendo levá-lo para longe. Mas aquele gesto foi um incentivo para os convidados exigirem um beijo do casal, gritando repetidamente o pedido.
Beijo?
Era o cúmulo do absurdo. Pensou Elisa. Ela se esforçava para fingir ser carinhosa com o seu suposto noivo. No entanto, um beijo exigia todos os seus talentos de atuação.
Juan entrou em pânico. Ela nunca beijaria um homem como ele. Iriam descobrir a farsa. Tudo estava acabado. Era o que Juan acreditava.
No momento seguinte ela estava na ponta dos pés, inclinando-se em direção a ele, com os braços ao redor do seu pescoço. O coração dela disparando como o dele e beijou-o com suavidade, tornando-se gradualmente mais ousada.
Sentiu o esforça que ele fazia para permanecer imóvel e deixa-se beijar. Juan tentava permanecer indiferente aos toques dela, mas todo homem tem seu limite, e Elisa havia ultrapassado todos. Os abraços de Juan a envolveram apertando-a contra si. Ela estremeceu com o toque suave e sensual. Juan inclinará a cabeça para beijá-la
Seu beijo fora incrivelmente terno. Os lábios firmes haviam pressionado aos dela com suavidade, antes que tornasse a erguer a cabeça e a fita-la com aqueles olhos castanhos.

Marido de AluguelOnde as histórias ganham vida. Descobre agora