Capítulo 18

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O despertador tocou insistentemente, até que Elisa o desligou. Antes de se levanta-se Juan a abraço trazendo para mais perto.
- Meu Amor, preciso ir. Em breve, Jorge vai chegar. Preciso entregar os documentos que Samuel nos forneceu.
- Só mais cinco minutos.
Elisa sorriu, ambos estavam cansados pela intensa noite de amor. Mas não poderia dá Fernanda o luxo de fazer o quer na empresa. Ela tinha que ser mais esperta do que a irmã.
- Sinto muito. - Ela se sentou na cama, acariciando os cabelos negros. - Adoraria ficar com você. Mas preciso ir para a empresa.
Juan ficou desapontado, no entanto, compreendia a situação de Elisa. Ele a soltou, após lhe depositar um beijo apaixonado.
- Tem certeza que não quer que te acompanhe? - Juan permaneceu sentado, enquanto Elisa se arrumava.
- Juan, posso passar o dia todo lendo os relatórios. Vai ser bem entediante  para você. - ela murmurou enquanto colocava os brincos nas orelhas.
Elisa usava uma saia lápis estampada, ajustada ao corpo e passando o joelho para um efeito ainda mais atual e chique. Na parte de cima, escolheu uma camisa branca, e para completar o look, preferir o scarpin preto.
Juan não se conteve, e a tomou em seu braços. Ele mordiscou a orelha e a afundo seu rosto no pescoço dela, embriagado pelo o perfume doce.
- Por que você está tão bonita?
- Vou ocupar um cargo de chefia na empresa. Tenho passar uma imagem sóbria e elegante.
- Estou ficando com ciúmes.
Elisa sorriu abertamente, acariciando a face dele e lhe deu um beijo terno.
- Não precisa ter ciúmes. Sou apenas sua.
Juan a ergueu nos braços, e caminho em direção a cama.
- Por Deus! Não ouse a fazer isso.
- Você está irresistível!
- Preciso ir. - ambos se entristeceram.
Derrotado, Juan lhe colocou no  chão.
- Vamos jantar juntos. Juro que vou te compensar.
- Vou aguardar ansioso.
Como uma fugitiva, Elisa escapou de seus braços e assim que desceu as escadas encontrou Jorge e Isadora. Os três foram para o escritório, Elisa tirou de dentro do cofre os documentos.
- Tenho quase certeza de que Fernanda está fazendo lavagem de dinheiro na empresa.
- Isso é muito grave, Elisa. - Jorge estava muito sério, enquanto analisava os papéis. - Você tem provas?
- Há uma crise na empresa. Fernanda teve  a oportunidade de dizer a todos, mas continua em silêncio total. A partir de hoje, eu vou ficar tempo integral no escritório para fazer uma análise detalhada da situação. Tenho que fazer projeções financeiras e análise de mercado futuro.  - Elisa parou um momento, notando que sua mãe parecia perdida com tudo que dizia. - Samuel Luck é um dos contadores da empresa. Ele vai me acompanhar na investigação. E vou conseguir todas as provas contra o verdadeiro culpado.
Elisa não queria magoar sua mãe, afirmando que sua irmã mais velha é uma bandida. Ela já parecia incrédula com a situação atual da empresa.
- Jorge, preciso que você faça a denúncia diretamente ao conselho de controle de atividades financeiras e a polícia, permitindo que ajude a combater essas atividades criminosas.
- Entendi. Elisa,  você precisa saber que isso inicia um processo de auditoria, com objetivo de verificar cuidadosamente a documentação da empresa para averiguar se houve algum erro ou fraude.
- E é isso que eu quero.

_*_

Na manhã da segunda feira, Samuel Luck chegou cedo na tesouraria da empresa. Depois da conversa com Elisa Monteiro, ele virou alvo de olhares espiões por toda parte. Até agora não havia sofrido nenhuma ameaça, e isso era o que o  deixava mais inquieto. Samuel tentou afastar tais pensamentos negativos, enquanto juntava os relatórios da contabilidade, analiando ee as datas e valores.
Ele se sentou na frente do computador, e enviou para impressora os dados da bolsa de valores de Londres e New York mais recentes. Se ergueu e, foi andando até a impressora, mas antes de conseguir pegar as páginas, Lonrezo o empurrou contra a parede, lhe segurando pelo gola da camisa.
- Temos muito a acertar. - Ele murmurou, furioso.
- Não sei do que você está falando. - Samuel fingiu ignorância.
- Você sabe muito bem, ou você é tão idiota que esqueceu que conversou com Elisa Monteiro.
- Não sei do que você está reclamando? Não posso mais cumprimentar ninguém?
Sem paciência, Lorenzo agarrou Samuel pelo palito e o sacudiu violentamente.
- Não insulte a minha inteligência. O que você falou para ela?
- Nenhum todo mundo fica rico roubando a empresa como você. - Samuel lhe empurrou, o enfrentando.
Enfurecido, Lorenzo lhe dá um soco. Samuel cai no chão, o lábios sagrando. Ele avança para cima de Samuel, e continua agredindo com vários Golpe com a mão fechada. Samuel tenta se defender como pôde.
- Solta ele! Solta! - Assim que Elisa entrou na sala, deparou-se com a briga dos dois. - Se você não soltar o Samuel, vai se arrepender.
Lorenzo ergueu os olhos e se deparou um uma mulher muito bonita e elegante.
- Você não tem na haver com isso...
- Tudo que acontece aqui, é assunto meu. - Elisa não poderia deixar que isso acontecesse com Samuel. - Sou Elisa Monteiro, a dona dessa empresa.
- Elisa?
Lorenzo soltou Samuel imediatamente, e se ergueu. Fitou Elisa fixamente. Nunca desconfiaria de que era irmã de Fernanda.  Além do olhos verdes, as duas possuía aspectos distintos. Fernanda tem a posse de mulher fatal, que é capaz de tudo para conseguir o que quer, até seduz e enganar. Já Elisa tinha uma beleza meiga e delicada, usando roupas discretas e finas.
- Não vou tolerar esse tipo de comportamento na minha empresa. Você está demitido. - Elisa falou com firmeza, enquanto ajudava Samuel a se levantar.
- Você nem sabe quem eu sou. Não pode me demitir assim.
- Como qualquer funcionário, você pode ser demitido após ver essa cena. Afinal,  agressão física é considerada um motivo para o desligamento justificado. Se tiver dúvidas, pode ir no departamento pessoal.
Lorenzo ficou sem reação por um momento. E seu pensamento veio Fernanda. Ela iria ter que ajudá-lo a manter seu cargo a qualquer custo. Então, ele saiu do cômodo, sem protestar.
- Meu Deus, Samuel.
Elisa ajudou Samuel a se sentar na cadeira mais próxima. ele não estava tão machucado, somente a lateral do rosto perto do olho esquerdo que estava vermelhado. Ela observou atentamente os olhos de Samuel, a parte branca e a íris estava normal, sem sangue ou machucado pior.
- Ainda bem que a Senhora chegou. Pensei que Lorenzo iria me matar. - Samuel murmurou sem dá tanta importância a dua dor e incômodo. Ele estava aliviado por Elisa voltar a empresa.
- Lorenzo Loyola? Ele é o cúmplice de Fernanda?
Elisa ficou surpresa. Não pensou que eles agiriam tão rápido. Ameaça Samuel somente por uma conversa era muito suspeito. Evidentemente, existia um motivo muito importante para isso.
- Sim, ele mesmo. Lorenzo sabia que tinha conversado com você e ele veio me ameaçar novamente.
- Você não precisa se preocupar com esse tosco. Você está seguro na empresa, sem ele por perto. Vou passar todas as instruções no RH para ele nunca mais colocar um pé aqui.
Samuel suspirou aliviado.
- Você quer ir no hospital? Posso te levar...
- Não! Senhora Elisa, você precisa ver os papéis que estava separando. Não podemos perder mais tempo.
- Você tem razão. A empresa está passando por uma grande crise. Tenho que reagir. - Elisa murmurou sentando ao lado de Samuel e olhando alguns dos papéis em cima da mesa. - Samuel, preciso de todos os relatórios e contas dos investidores administrado por Fernanda, e esse tal de Lorenzo.
- Sim, Senhora.
- Vamos analisar conta por conta. Alguma coisa temos que encontrar.
- Está bem, Senhora Elisa. Com licença.

Marido de AluguelOnde as histórias ganham vida. Descobre agora