Capitulo 11

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Elisa permaneceu silenciosa o resto do dia, perdida em seus próprios pensamentos. Juan queria conversar com ela sobre o ocorrido mais cedo, no entanto, nunca se encontravam sozinhos. Após o jantar, Elisa se retirou para deita-se, queixando-se de dor de cabeça. Isadora a entregou um remédio antes de que ela fosse para o quarto. Juan teve a vontade de acompanha-la, mas Isadora o impediu.
- Juan, eu gostaria de conversar com você. Poderia me acompanhar até o escritório?
Ele não podia se negar. Isadora parecia séria e preocupada com algo. De repente surgi na mente de Juan a possibilidade de que ela desconfia-se do relacionamento dele com Elisa. No escritório, Juan sentou-se de frente para Isadora. Encostou-se, tentando relaxar os ombros tensos.
Juan ficou em silêncio ate que ela começou a falar.
- Eu imagino como deve ter sido difícil conquistar minha filha, após sofrer com tantas decepções. Mas Juan quero que saiba que você tem o meu apoio para ajuda-lo no que for possível.
Sem entender do que ela falava, ele limitou-se a concordar.
- Elisa estava precisando de um homem bom como você. Eu conheci seu pai, ele era um homem honrado e justo. E posso ver nos seus olhos, que o que existia nele, existe em você. Confio minha filha a você e agora, você também é meu filho.
As palavras de Isadora o pegaram de surpresa, tanto como o abraço que ela o deu. Juan sentia-se o pior dos homens, estava vivendo completamente ao contrário de que ela havia dito. Mas fazia aquilo por um bom motivo, pelo seu falecido pai, sua mãe cansada e pelos o seu orgulho.
- Senhora Monteiro, eu juro que no que estiver no meu alcance, protegerei Elisa. - a promessa era verdadeira, e possível nas limitações que Elisa cedeu.
- Obrigada, Juan. Mas me chame de Isadora. Não precisa ser tão formal com sua sogra. - ela riu, alegremente. - Eu vou me recolhe. Pensei fosse fácil a organização de um casamento, mas hoje descobri que estava muito enganada.
- Boa noite, Isadora.
Ela sorriu para Juan, antes de deixa-lo sozinho. Juan continuou no escritório por um bom tempo, pensando em tudo que estava acontecendo. Notou que sabia muito pouco sobre Elisa. E não conhecia sobre o seu passado ou qualquer outra coisa. Ela parecia um mistério indecifrável.
Ele consultou as horas no relógio, estava perto das 22hrs. Pensou novamente em Elisa, ela já devia estar dormindo. Então, deixaria a conversa para amanhã.
Juan seguiu para a cozinha. Planejava tomar um copo de leite e depois ir dormir. Assim que entrou no cômodo, encontrou Elisa. Seu vestuário dela fez Juan encara-la, a camisola vermelha que usava era diferente da que usou ontem, mais curta, deixando as pernas bem feitas a amostra, e o decote possuía um bordado delicado que mostrava o vale entre os seios.
Com muito esforço, Juan virou o rosto.
- Está sem sono?
- Pode-se dizer que sim. - Elisa murmurou, enquanto pegava a caixa de leite na geladeira.
Aquela era a oportunidade perfeita para decifrar os segredos de Elisa.
- Você poderia me falar quem era aquele sujeito? - sem rodeios, Juan perguntou.
Elisa estava em choque com a pergunta. Juan estava cutucando uma ferida profunda, que ela queria com todas as forças esquecer.
- Isso não é da sua conta.
- Se somos noivos, seria lógico termos uma relação. Temos que compartilhar pontos da vida um do outro, não concorda.
Aborrecida com o fumo da conversa, tratou de por um fim.- Não! Para mim não me interessa saber nada da sua vida.- Mas o que é isso? O que aquele cara fez para você ter tanto ressentimento? Era evidente a raiva de Elisa. Porque ele queria saber de Bernardo?
- Não lhe diz respeito. Não sou sua amiga, sou sua patroa.
Ele aproximou-se. Juan não entendia os motivos para tanto mistério. Certamente aquele homem havia feito algo terrível para ela reagir assim.
- Por mais que eu pense, não consigo entender porque, uma mulher tão bonita - Evitou olhar as curvas sinuosas, e continuou - E que aparentemente ter tudo, pode ser assim.
Elisa estava tentando se controlar, mas ele começava a testar sua paciência.
- Guarde suas reflexões para si mesmo.
- É uma pena que uma mulher da sua idade já seja tão amargurada.
- Estupido!
Ultrapassando todos os limites, Elisa ergueu a mão para esbofeteá-lo, mas Juan pegou ela pelo o pulso e a pressionou contra seu corpo. Segurou o rosto dela com as mãos, trouxe-lhe os lábios até os seus e a beijou. Sua mente lhe disse que aquilo era um erro. Você não beija uma mulher na qual não suporta ou conhece. O que mais o surpreendeu foi notar que ela não lutou. Não arfava de medo ou ódio. Não, ele pensou admirado.
Ela se derretia em seus braços. Num momento segurava uma mulher em furiosa, cuja espinha parecia feita de aço. No momento seguinte ela estava na ponta dos pés, inclinando-se em direção a ele. Os braços firmes ao redor do seu pescoço. O coração dela disparado como o dele. Elisa não estava pensando em Bernardo, ou no dinheiro. Ela estava se entregando aquele momento. As mãos dela lhe acariciavam os cabelos de Juan . Elisa gemeu e trouxe o rosto dele para mais perto.
Ele sussurrou-lhe o nome, inclinou a boca esfomeada em direção à dela, segurou-lhe pela cintura, a sentou sobre a ilha da cozinha e se posicionou entre suas pernas. Ela prendeu a respiração. Ele achou que a tivesse assustado, mas ela se moveu contra ele, e o abraço. Colocando seus braços ao redor dos ombros dela e puxa-os em direção ao seu peito, enquanto ela enrola seus braços ao redor da cintura.
Precisava dela, agora. Estava tonto de desejo, louco de desejo, desejando beijá-la, tocá-la, e invadir-lhe o corpo. De alguma maneira forçou-se a ir devagar. Beijou-a nas pálpebras, nas sobrancelhas, na boca. Doce. Macia. Quente. Os lábios dela presos aos seus. Ele sentiu o primeiro roçar delicado da língua dela contra sua, e o desejo, quente e pungente, o atingiu como uma flecha.
Naquele momento que ambos esqueceram do resto do mundo e se deixar levar pelo beijo

Juan Carlos estava louco de desejo. A sedosa intrusão da língua dele. Os dedos tocando-lhe as maçãs do rosto, o pescoço, as costas. Ele beijou a cavidade do pescoço dela. Mordiscou suavemente a pele. Elisa arfou. Sua cabeça caiu para trás. Os olhos dele encontraram os dela. Os olhos verdes brilhavam de desejo. Juan sabia o que aquilo significava.
Quando uma mulher ligou as luzes e grito de espanto. Elisa voltou o seu olhar e reconheceu a empregada. Ela o empurrou, e rapidamente endireito a camisola.
- Meu Deus... - ela murmurou, ofegante.
- Não precisa se assustar. Só estavamos... Bebendo um copo de leite - ele falou com voz rouca.
Ele amaldiçoou a empregada que havia os surpreendido naquela hora, os olhos da mulher era tão redondos quanto seu rosto e a mão estava apoiada sobre o coração.
- Perdão. Eu não queria atrapalhar os padrões... - a empregada falou baixo, muito envergonhada, com os olhos fixos ao chão. - Queria apenas um pouco de água...
- Fique a vontade, já estamos voltando para o nosso quarto. - Elisa estava, totalmente, deslocada. Enquanto falava, deslisou da ilha para o chão.
Sem dizer mais nada, segurou a mão dele e o conduziu para fora da cozinha. Permaneceram calados até chegarem no quarto. Um silêncio constrangedor aumentou ainda mais a tensão entre os dois.
Elisa não conseguia o olhar, estava tão envergonhada. Como poderia ser deixar levar dessa forma? A única coisa que jurou quando terminou com Bernado foi não se envolver com mais nenhum homem.
Talvez por carência, consentiu os beijos de Juan Carlos. Afinal, não tinha sangue de barata. Era uma mulher jovem com vontades e desejos, mesmo que precisasse reprimir.
- Isso que acabou de acontecer foi um descuido. E não voltará a se repetir. - Elisa murmurou, sem olhar para ele. - Então, se não for inevitável, peço que não se aproxime de mim novamente.
Juan suspirou, decepcionando. Quando penso que havia dando um passo para frente, retornou estaca zero, da forma que começou o relacionamento com ela.
- Quando você se agarrou em mim, estava apreciando minha presença. - Juan fez o comentário com um sorriso malicioso, apenas para provocar.
- Vai pagar muito caro pelo o que acabou de dizer.
- Qualquer que seja o preço, vai ter válido a pena. - Juan calou-se, observando o leve rubor de suas faces e o efeito de suas palavras.
- Engraçadinho! Espero que conserve o bom humor quando eu deixa-lo na rua da miséria. Você abusou de mim e me fez passar o ridículo.
- Não ouvi nenhuma negativa da sua parte.
Um vermelhidão espalhou-se pelo rosto de Elisa e os olhos de Juan se arregalaram com admiração
Juan aproximou-se, com a intenção de se desculpar. Quando Elisa levantou a cabeça, seus lindos olhos encontraram os dele. Seus lábio tremiam visivelmente, evidenciando a emoção que ele despertará nela. Juan parecia incapaz de tirar os olhos dela, olhos que, a desfeito de sua dureza, mostravam perfeitamente saber o que ela estava se sentindo.
- Não se esqueça o motivo de estar aqui, o motivo de se casar comigo. Você está fazendo isso por dinheiro e eu também.
Juan desviou o olhar, estava prestando atenção no que ela dizia.
- Não precisa ter medo. Não irei tocá-la novamente...
Elisa o interrompeu, dizendo furiosa:
- Com absoluta certeza. Eu o proibindo de se quer encostar um dedo em mim.
- Nunca voltarei atrás em minha palavra, Elisa. Mas se um dia você viera mim espontaneamente, eu serei humano. Aceitarei o que me é oferecido... Mesmo sabendo que você veio num momento de fraqueza e que amanhã, certamente, já estará arrependida. - fizera uma pausa, mas ela estava muito confusão para responder. Ele sorrir francamente enquanto continuava: - Uma vez que você venha para mim, será para sempre. Não sou homem a quem se dê para provar um néctar e depois se retire a taça das mãos.
- Nunca irei a você espontaneamente. Você é muito presunçoso, se imagina tal possibilidade.
Toda a inata altivez de Elisa, como uma couraça escondia um terno coração, viera à tona. A atitude de Juan modificará-se inteiramente. Seus olhos tomaram se frio e seu sorriso desaparecera, enquanto dizia:
- Não me considera digno de tocá-la?
Elisa olhou-o com profundo desdém, e palavras de indignação lhe vieram aos lábios, mas ela não chegou a pronunciar, pois lembrou-se da emoção que sentia a seu contato : o seu primeiro beijo na festa de noivado, quando estava com Bernardo e ele a salvou, e agora a pouco que estava entre aqueles braços fortes.
- Não, Juan. Você não é digno se quer de respirar o ar, que eu respiro.
Aquelas palavras fora ditas com dificuldade, mas era preciso deixar claro a situação de ambos. Ela procurou pelo os olhos castanhos, mas ele não a olhava como antes. Humilhado, ele a deixou o quarto. Não olhou para trás e não hesitou, com passos largos e firmes.
Elisa sofrerá com o que dizia. Assim que não sentiu mais sua presença, suas pernas fraquejaram, fazendo-a cair no chão. Somente com os soluços, acredito que estava realmente chorando. As lágrimas insistiram em escolher pela sua face. Sentia-se horrível pelas barbaridades que havia tido. Sem saber o que pensar, Elisa resolveu dormir em um dos quartos de hóspedes. Amanhã com mais calma, iria conversar com ele e desculpar por tudo que tinha dito e feito.

Marido de AluguelOnde as histórias ganham vida. Descobre agora