Capítulo 38

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Oi queridxs leitorxs!!
Foi com muitas lagrimas que eu escrevi este último capitulo.

Eu quero agradecer de todo coração por cada voto e comentario que vocês fizeram.

Deixe o seu comentario gostaria de saber o que vocês acharam da historia.
Beijinhos, boa leitura e até mais.

SEM REVISÃO

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Seis meses depois.

O dia estava claro e aberto. O sábado havia amanhecido bonito e o clima agradável permaneceu durante a tarde. Eu terminei de me vestir e olhei pela janela do quarto. Sorri ao ver a tenda montada no jardim, bem em frente ao lago. A maioria dos convidados já haviam chegado para presenciar um dos dias mais felizes da minha vida. Aquele era o dia que eu me casaria com minha pequena.

-Quem diria que um dia eu veria você se casando? Parece que eu estou delirando.- o Marcos comentou atrás de mim.

Eu me virei para meu amigo de infância e sorri.

-É meu amigo, pelo jeito você sempre esteve certo. Amar é a melhor coisa da vida.- eu respondi.

-Eu vou ser sincero com vocês. Eu ainda fico perdido quando te vejo falando essas coisas brother. Você fica parecendo aqueles mocinho de comedia romântica. É uma melação do caralho. Me dá até diabetes.- o Enzo falou enquanto ajeitava a gravata em frente ao espelho.

-Falou o valentão que chorou feito um bebê quando viu a Charlotte indo embora do bar com outro. Eu não me esqueci disso Enzo.- o Pedro debochou.

O Marcos desatou a rir e eu ri junto. O Enzo ficou vermelho na hora e nos olhou sem graça. Ele estava apaixonado pela a amiga da Camila, aquela que trabalhava no bar com ela. Agora ele vivia tentando fingir que não se importava com a mulher, mas pelo que eu conhecia do meu velho amigo ele já tinha sido fisgado e estava tendo um trabalho enorme para dar conta da Charlotte, tanto que ficou todo empolgado quando eu disse que ele faria par de padrinho com a Charlotte no meu casamento. A Camila fez questão de chamar a amiga, e eu uni o útil ao agradável , porque tambem queria o Enzo como padrinho. Na verdade foram poucos os padrinhos que nós escolhemos, apenas os nossos amigos intimos. A Dara e o Pedro, a Karen e o Marcos, que agora estavam noivos, e o Enzo e a Charlotte que formavam o nosso contigente de padrinhos.

-Acho melhor a gente descer. Daqui a pouco a noiva chega e vocês estão aqui tricotando feito maricas.- o Enzo falou para desviar o foco do assunto.

Eu olhei a hora no meu rolex e assenti.

-É melhor descermos mesmo. Falta dez minutos para o início da cerimônia.- eu disse.

-Então vamos.- o Pedro falou se levantando da cama.

Saímos os quatro homens do quarto e fomos caminhando pelo corredor. Na medida que andávamos em direção a escada o som das vozes das meninas ficavam mais altas e atropeladas. Elas deviam estar animadas vendo a Camila se arrumar. A Pequena estava se preparando no nosso quarto, foi uma escolha dela ter seu dia de noiva na mansão. A pequena não gostava de sair de casa. Já fazia pouco mais de sete meses que ela tinha saido do coma, a historia do sequestro tinha perdido espaço na mídia, mas ainda sim havia sempre um paparazzo ou jornalista atrás dela, de mim, de alguém da nossa famila ou dos nossos amigos, sempre em busca de uma nota ou declaração. Eu e a pequena não haviamos dado entrevista, e nem pretendiamos fazer isso algum dia. Nós só queriamos esquecer o que tinha acontecido. A Camila estava indo ao psicólogo, mas as vezes ela tinha pesadelos. Ela estava melhorando aos poucos, já não precisava mais dormir com a luz acessa e as suas crises se pânico haviam diminuído. Eu também estava tendo acompanhamento e já estava adaptado á situação. Quando a Camila tinha alguma crise eu não me afastava, agora eu sempre me mantinha ao lado dela. Tentava fazer ela se sentir segura e trazer ela para a realidade, e na maioria das vezes funcionava. Também descobri que dormir juntos sempre ajudava, tanto ela quanto eu, a ter um sono melhor. Por isso mesmo eu havia diminuído o número de viajens que eu fazia á trabalho, sempre deixava o Enzo me representar e ficava em casa. Passar um dia longe da pequena e da Agatha era algo que realmente me fazia mal. Quando eu estava longe de casa eu ficava preocupado, não dormia, não conseguia me focar, ligava o tempo todo para a nossa governanta,a dona Amália, para ver se estava tudo bem em casa. Era uma coisa horrível, eu tinha medo de que acontecesse algo com elas enquanto eu estivesse fora. Eu tinha deixado o Arnaldo tomando conta da pequena e da Agatha, na verdade eu tinha contratado uma porção de seguranca para tomar conta da mansão onde nós viviamos agora, mas mesmo assim eu não gostava de ficar longe. Só ia nas viajens quando era estritamente necessário e mesmo assim eu sempre levava a pequena e a Agatha comigo quando a viagem fosse durar mais que três dias. O Marcos, que agora fazia papel de meu terapeuta, dizia que aquilo era uma espécie de mecanismo de defesa que eu tinha criado para me sentir mais seguro e eu não tirava a razão dele. Tanto eu como a Camila tinhamos mudado. Eu sabia que as cicatrizes do que a gente havia vivido ficariam para sempre, mas nós estavamos aprendendo a lidar com elas e chegaria um dia que as feridas não doeriam mais e as marcas não nos fariam mal.

A cura no amor #Wattys2018Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt