Capítulo 28

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SEM REVISÃO

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Camila

Não teve conversa e muito menos discusão: o Cris não me deu chance de contestar e literamente foi até a minha casa, conversou com a minha mãe e ela, obviamente, concordou com ele. Segundo os dois eu estaria mais segura morando com o Cris, já que o condomínio onde ele morava era uma verdadeira fortaleza. No dia seguinte á festa de inauguração do shopping eu fiz minhas malas e me me instalei na cobertura dele que agora também era a minha casa.

É verdade que no começo eu fiquei receosa de dar um passo daqueles. Para mim morar junto já era um casamento. Nós dormiriamos e acordariamos juntos todos os dias, conviveriamos dia a dia, morando debaixo do mesmo teto. Eu confesso que tinha medo, mas agora, depois de mais de três meses morando junto com o Cris,  meu receio já tinha ido embora. Apesar das nossas diferenças nós estávamos nos adaptando bem à vida a dois e eu, particularmente, estava amando acordar ao lado dele todo dia e ver aqueles olhos azuis pela manhã.

A única coisa que me deixou com o coração apertado foi ter deixado a minha mãe sozinha, mas o Hélio acabou indo morar com ela e eu fiquei mais tranquila.

Eu sempre pensei que a vida de casados não era facil, mas até que eu estava me dando bem e o Cris também parecia estar gostando. Depois que vim morar com o Cris ele  melhorou: não andava mais tão estressado, estava mais tranqüilo e relaxado, ele estava feliz e os pesadelos tinham cessado... até duas semanas atrás. De uns tempos para cá ele tinha voltado a acordar de madrugada gritando por mim e eu já até havia questionado sobre o sonho, mas ele nunca me dizia o que era. No começo eu estava preocupada, mas depois de ter uma conversa com o Marcos eu fiquei mais tranquila. Ele disse que os pesadelos eram o subconsciente do Cris, como ele andava tenso por causa do Thiago, ele liberava a tensão nos sonhos. Pelo menos era nisso que eu queria acreditar.

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Estava no último horario de aula e eu morrendo de vontade de fazer xixi. Agora era sempre assim, minha barriga parecia esmagar minha bexiga. Não conseguia segurar o xixi de jeito nenhum. Não deu para esperar o professor terminar a aula, juntei minhas coisas e me levantei da cadeira.

-Eu te encontro lá fora. Preciso ir ao banheiro.- eu avisei a Dara e sai correndo da sala.

Caminhava pelo corredor enquanto apertava as pernas e percebi que algumas pessoas cochichavam entre si quando me viam passar. Pois é, agora eu tinha me tornado o assunto mais comentado da faculdade e o motivo era um só: o tamanho da minha barriga. Eu já estava entrando no sexto mês de gestação e minha barriga estava enorme. Já era impossível disfarçar e, mesmo sem que eu ou o Cris confirmassemos, as revistas já especulavam sobre a minha gravidez e todos já sabiam que eu esperava um bebê. E adivinha qual eram os comentários que eu ouvia agora quando passava pelos meus colegas de faculdade? Pois é, eu havia me tornado a "golpista do ano" na boca das más línguas. Alguns colegas da minha sala até mesmo me viraram a cara, inclusive o Maurício, que antes abria um sorriso quando me via, que chegou até mesmo brigar com o Cris por minha causa, agora fazia piada quando eu passava, tudo isso porque eu estava esperando um bebê. Mas eu não me importava mais com os comentários, porque eu estava radiante de alegria com a minha gravidez. Eu carregava uma vida dentro de mim e não existia coisa mais linda.

Eu levantei a cabeça enquanto andava, entrei no banheiro e me fechei em um reservado. Levantei meu vestido e até suspirei quando me sentei no vaso. Quando terminei, lavei minhas mãos e sai. Encontrei a Dara e o Pedro namorando do lado de fora do banheiro.

A cura no amor #Wattys2018Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora