Capítulo 14

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Camila 

Camila

Assim que o Cristiano passou pela porta eu desabei no sofá. Meu coração batia descompassado e a vergonha e a excitação se misturavam no meu peito. Nunca tinha me sentindo daquele jeito antes e por um momento eu queria ir até o fim. Eu iria para a cama com o Cristiano, mas da reação que ele teve depois que eu falei que era virgem fez minha vontade ir por água abaixo. Ele me olhou com um espanto tão grande que parecia que eu tinha duas cabeças.

Levantei-me do sofá e fui para a cozinha. Peguei um copo com água e respirei fundo.

-Foi melhor assim.- eu falei para mim mesma.

É, tinha sido melhor mesmo. A minha consciência estava começando a voltar e eu percebi a burrada que eu quase tinha feito: eu ia perder a minha virgindade em cima de uma mesa, com um homem que não sentia nada por mim e que com certeza absoluta meteria um pé na minha bunda assim que conseguisse gozar. "mas se você for esperar um homem que te ame chegar, você vai morrer virgem, sua otária. Você devia ter ficado calada e deixado ele continuar." uma vozinha começou a falar na minha cabeça.

-Não...foi melhor assim.- eu repeti para me convencer.

Tinha sido melhor. Não daria certo. Essa historia de amizade colorida não era comigo. Se eu transasse com o Cristiano as coisas não ficariam boas, e claro que no caso quem não se daria bem seria eu. Pelo jeito o Cristiano já estava acostumado a sair transando com toda mulher que cruzava seu caminho, mas eu não. Eu ainda era a trouxa que acreditava que o amor existia, resumindo, eu sempre era a pessoa que sofria no final. Eu não podia transar com ele, eu tinha que procurar alguém que não me fizesse ficar com o coração na boca nem que me deixasse de perna bamba, eu tinha que perder minha virgindade com alguém que não corria o risco de me fazer apaixonar. Eu não queria sofrer mais, o que eu tinha vivido com o Thiago foi suficiente para uma vida toda. Era melhor continuar sozinha e sem criar expectativas ou ilusões com qualquer homem.

Parei de ficar divagando e fui tomar um banho. Prendi meus cabelos em um coque para não molhar e entrei debaixo do chuveiro e como alguém já disse por ai, ninguém manda no coração, e no meu caso a cabeça também estava inclusa no ditado. Enquanto a água caia no meu corpo eu não conseguia parar de pensar no que tinha acontecido. Meu corpo ainda estava quente e eu ainda estava excitada. Me lembrava do Cristiano me tocando com aquelas mão firmes e quentes, seu membro pressionando a minha intimidade, sua boca no meu pescoço... A agilidade que o Cristiano tinha e o jeito como ele me tocou demonstravam que ele era bem mais experiente do que eu imaginava. O Cristiano sabia exatamente onde me tocar, com certeza absoluta já deveria ter levado muitas mulheres para cama e o jeito como ele me olhou quando eu falei que era virgem me fez sentir como uma criança idiota.

Eu ainda estava pensando nisso quando sai do chuveiro. Vesti o meu pijama e fui me deitar. Fiquei horas e horas me remexendo na cama, pensando no Cristiano, até que consegui pegar no sono. E naquela noite eu sonhei com ele, mas o sonho não era tão erótico como os outros que eu já tinha tido. Daquela vez foi diferente. Nó não estávamos fazendo sexo, nós estávamos fazendo amor. Estávamos deitados em uma grama verde e ele sorria enquanto me beijava " Você é minha" ele falou passando a mão no meu rosto "E você é meu" eu respondi. Ele se inclinou para me beijar e nesse momento uma barulho alto nos assustou.

Eu acordei sobressaltada, foi então que eu percebi que o barulho era meu celular tocando. Peguei o aparelho na estante e atendi.

- Alô. - falei ainda sonolenta.

- Camila, sua louca, o que foi aquilo que aconteceu ontem?! Quem era aquele homem que brigou com o Mauricio?! Porque eles brigaram?! Para onde você foi depois da festa?!- a Dara falou tudo de uma vez.

A cura no amor #Wattys2018Where stories live. Discover now