O mundo de cabeça para baixo

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Sophia:

Eu deveria ter acreditado em minha mãe desde o começo, eu não sabia como fui capaz de ser tão burra e duvidar das palavras que sairam da boca de minha mãe. Chegamos do cinema e adentramos em casa, quando fechamos a porta principal foi possível ouvir gritos que vinham do andar de cima.
-Flávia eu não sei o que está acontecendo mais chame a polícia e se esconda com Maria na casa da vizinha, não quero que nada aconteça contra vocês.
Flávia não me questinou nem nada, somente saiu de lá sem exitar e foi para a casa da vizinha, a polícia com certeza deve que estava a caminho e uma hora ou outra eles chegariam, só espero que não cheguem tarde demais. Um frio e uma sensação ruim tomaram conta de mim, o medo quis me fazer fugir só que o amor que eu sentia pela minha mãe e pelos meus irmãos foi muito mais forte, eu tenho fé em Deus que tudo vai dar certo basta acreditar.
Subi as escadas em passos lentos e as vezes me dava vontade de fugir, meus pais estavam no quarto deles e a porta do quarto dos meus irmãos estava somente escorada, fui para la prumeiro e encontrei todos eles amarrados, naquele momento eu tinha vontade de gritar e chorar mais eu precisava ser forte e salvar todos. Desamarrei-os e encaminhei os mesmos para a casa da vizinha, tudo estava mais seguro e agora só faltava salvar minha mãe. Fui me aproximando vagarosamente da porta e pude ver minha mãe amarrada e o Gustavo batendo nela sem nenhum pouco de dó, meu sangue ferveu e eu queria matá-lo imediatamente.
Ele a chutava e batia, destribuia socos e tapas em seu rosto e eu não sabia o que fazer, derrepente ele sacou uma arma e apontou para a cabeça dela, meu corpo estremeceu e meus olhos se encheram de lágrimas, em um ato de impulso eu entrei dentro do quarto e dei um grito, foi possível ver o olhar de minha mãe para mim e a expressão surpresa do Gustavo, um tiro foi disparado, eu pude ouvi-lo perfeitamente, todas as lembranças da minha vida vieram em meu olhos, e uma dor enorme tomou conta de mim, uma dor que eu nunca havia sentido, fui perdendo as forças aos poucos, eu lembrava da minha família, de Maria e de Daniel, eu amei todos eles e espero que fiquem bem.....

Por Rayandra:

Depois de todos os absurdos que Gustavo havia feito, balear minha filha na minha frente foi o pior, eu não pude ajudá-la, imediatamente a polícia entrou em nossa casa e augemou aquele cretino só me lembro dele dizendo:
-Eu ainda vou te matar Rayandra pode ter certeza disso, você é a culpada de tudo o que está acontecendo e você vai pagar muito caro por isso, você vai se arrepender de ter nascido, de ter pisado em meu caminho pois você não me conhece e não sabe do que eu sou capaz.
Ninguém sabe como é doloroso ver um filho seu sendo baleado e aos poucos ir perdendo as forças e você não poder fazer nada. Naquele momento em que vi Sophia perdendo as forças eu senti que realmente eu tinha culpa de tudo o que estava acontecendo, eu deveria ter seguido minha vida sem arrumar homem nenhum em minha vida, se eu sofri foi porquê mereci, e naquele momento eu via Sophia pagar por um erro que era só meu e de mais ninguém.
Foi rápido tudo o que aconteceu, a ambulância chegou rapidamente e a socorreu levando a mesma para o hospital, eu iria em seguida, fui na casa da minha vizinha e pedi a mesma para cuidar dos meus filhos. Não entrei muito em detalhes e pedi para Flávia deixar Maria com alguém de confiança dela, e contei para ela Sophia estava no hospital.
Me encontro em um corredor cheio de pessoas a espera por notícias de seus parentes, eu nunca me senti tão sozinha como me sinto agora. Ela é um pedaço de mim......

Por Flávia:

Eu não deveria ter deixado Sophia ficar sozinha, eu tinha culpa nisso tudo o que estava acontecendo, se eu pudesse reverter essa situação tudo seria maia fácil, ando de um lado para o outro esperando resolver o que preciso para ir rumo ao hospital. Passei na casa dos pais de Sophia e peguei todas as coisas que Maria precisaria peguei meu celular com as mãos trêmulas sem rumo e sem sentido, a cada vez que o celular chamava era uma dor em meu coração:
-Alô? -uma voz de sono me atendeu-

-Me desculpa estar te ligando a essa hora, eu sei que estava dormindo mais eu preciso de sua ajuda, por Sophia..... Daniel eu sei que você não foi e tudo mais, você tem seus motivos e agora não vem ao caso, mas o que aconteceu quando chegamos do cinema- começo à chorar sem controle.... -ela foi baleada pelo próprio pai e eara no hospital nesse momento, estou indo ae para te entregar Maria e não sairei do lado de Sophia.
Desliguei o celular sem nem esperar nenhuma resposta do mesmo, meu coração doía muito, o taxi pouco tempo depois chegou e nos levou àcasa de Daniel, assim que chegamos lá não troquei nenhuma palavra com ele pois não tinha condições, parti rumo ao hospital e não queria nem saber o que ele falaria com a Ana; Maria era filha dele e Sophia e como pai ele tinha a obrigação de cuidar de Maria. Cheguei ao hospital e fiquei ao lado de tia Rayandra sem dizer nenhuma palavra.....

Por Daniel:

Estava em um sono tranquilo, quando derrepente meu celular começou à tocar, atendi sem olhar no visor quem era, e me deparo com a voz chorosa de Flávia do outro lado da linha. Lembro-me perfeitamente quando ela disse que minha Sophia havia sido baleada, eu não tive mais rumo em minha vida e para completar tudo ela estava vindo à caminho para deixar Maria comigo.
Não pude responder nada, Maria é minha filha e isso é mais do que minha obrigação, Ana estava em um sono profundo porém acordei a mesma para que mesmo sem jeito contasse para ela sobre Maria.
-Ana acorda, precisamos conversar seriamente.
-Fala Daniel o que é tão serio que você não pode esperar até amanhã.

Por alguns segundos meu corpo todo estremeceu e eu fiquei sem palavras.

-Ana quando Sophia foi embora ela levava em seu ventre um fruto do nosso amor, minha filha Maria Victória, eu não te contei nada pois eu tive medo, porém hoje Sophia foi baleada e alguém precisa ficar com minha filha; Flávia daqui a pouco chega e Maria ficará conosco.
Ela me olhou surpresa e não disse nada, somente assentiu com a cabeça Flávia chegou e me entregou minha filha e não disse nada...

Três meses depois:

Sim já se passaram três meses depois que tudo aquilo aconteceu, quando vou ao hospital, quem fica com Maria é a avó dela ou Flávia. Hoje será um dia doloroso para mim.
Sophia está em coma esse tempo todo, a bala que a atingiu fez com que ela tivesse que fazer uma cirurgia de alto risco e depois de tudo isso ela ficou em coma, os médicos não nos deram muita esperança, estou a caminho do hospital.
Tudo la como sempre muito movimentado, fui em direção ao quarto de Sophia, quando a vi eu chorei tanto por saudade dela, por la fiquei um bom tempo até Flávia chegar com dona Rayandra e Maria. O clima era de uma tristeza sem fim, tudo o que faziamos era chorar.
Derrepente o médico adentra no quarto e pede para que nos despessamos de Sophia pois os aparelhos serão desligados, elas não demoraram muito e eu fiquei ao lado do meu amor, me lembrei de quando eu à conhecie pude perceber que definitivamente estava me despedindo do meu amor pra sempre..... nunca mais poderei vê-la, nunca mais.....

Gravida daquele idiota.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora