6 de Fevereiro de 2016
Zoey
Puxei mais um pouco o vestido para baixo e ajeitei as ondas do meu cabelo, olhei o meu rosto atentamente e decidi passar uma maquilhagem leve, apenas para disfarçar as marcas das noites mal dormidas durante toda esta semana stressante. Toda esta semana estive a tentar adaptar-me à Universidade, ainda pensei que iria para a mesma mas isso não aconteceu, Liam consegui-o meter-me numa das melhores e mais controladas Universidade do pais. Lá todos os alunos são disciplinados, não há muitas confusões, são pessoas ricas com o nariz empinado, falam com quem tem uma boa vida financeira. Tentaram falar comigo, visto que me deram entrada naquela porcaria com o nome de Zoey Anne Clark Payne, é a minha mãe permitiu que ele metesse o seu nome no meu. Retirando assim o nome do meu pai, nem sei como aceitaram isso lá na Universidade, é uma injustiça tudo o que estou a viver.
" Está na hora! " a minha progenitora anuncio ao abrir a porta, um aperto sucedeu-se no meu coração e eu tive de segurar as lágrimas. " Estas pronta? " indagou com um sorriso de lado, acabei de meter rímel e assenti levemente com a cabeça. Peguei no meu casaco e assenti levemente com a cabeça saindo do quarto atrás dela.
No andar de baixo encontramos Liam, e ai saímos de casa, entrando pouco depois no carro que nos levaria para o tribunal. Não sei como mas o Zayn, consegui-o que a minha mãe não conseguisse comandar audiência e foi a única coisa que me alívio, mas no entanto ela e o Liam, durante toda esta semana continuaram a atirar-me à cara que iriam conseguir culpar Zayn. E para confessar eu tenho o coração nas mãos, e a única coisa que cabe na minha mente é um Zayn atrás das grades e de mãos atadas sem poder fazer nada, para se conseguir salvar a si mesmo.
O carro finalmente parou, deixei que os dois adultos saíssem primeiro e antes de eu sair, respirei fundo e pedi secretamente que a sorte estivesse do nosso lado. Assim que o vento atacou os meus fios de cabelo, o meu corpo tremeu ao ver o enorme edifício. Um monte de flashes invadiram os meus olhos, e eu olhei para o lado, sentindo logo aquela pequena dor de não o ter ao meu lado a segurar a minha mão e a dizer como sempre: " Não te preocupes, quando entrarmos eles já não estarão mais aqui. " e depois ele iria entrelaçar os nossos dedos. Tapei o meu rosto com os meus pequenos cabelos e também com a minha mão, subi rapidamente a escadaria que me levaria para dentro daquele lugar, e logo encontrei a minha mãe e Liam a falarem com alguém.
Um pequeno sorriso rasgou-se nos meus lábios, os meus olhos encheram-se de água e o meu coração acelerou drasticamente ao vê-lo, a minha boca ficou seca e no meu interior uma vontade de correr para ele surgiu. E assim o fiz apanhando-o desprevenido, abracei-o com todas as minhas forças, sentindo segundos depois os seus braços rodearem a minha cintura com alguma força. Passei as minhas mãos pelos seus cabelos, inspirei várias vezes o seu aroma, e aproveitei o máximo que pude o seu toque em mim. A primeira lágrima deslizou pela minha bochecha, seguida de mais umas quantas.
" Shh, eu estou aqui... " sussurrou perto do meu ouvido, fazendo círculos com as pontas dos seus dedos no final das minhas costas. " Vai tudo ficar bem... " beijou a minha bochecha demoradamente.
soltei-o o mais lentamente possível ao ver alguns policias aproximarem-se de nós. " E...Eu tenho medo. " sussurro.
" Não tenhas. " deu-me um sorriso confiante, os seus braços foram puxados para trás por um homem com alguns centímetros a mais que ele. Ouvi as algemas serem fechadas e suspirei. " Olha para mim. " ele pediu, desviei tal como pediu o meu olhar para si. " Aconteça o que acontecer eu sempre te vou amar, okay? " neguei levemente com a cabeça.
" Tu não vais ser preso, eu sei que não... tu também sabes que não, certo? " tento convencer-me a mim e a ele, mas principalmente a ele.
Ele nada disse, apenas foi empurrado para dentro da sala onde iríamos ter a audiência. Soltei um pequeno suspiro, fechei os olhos tentando empurrar as lágrimas que queriam escapar dos meus olhos e assim que me senti preparada para entrar lá dentro, caminhei de cabeça erguida, sentei-me num banco onde me foi indicado e esperei que começassem. Troquei um breve olhar com Zayn, pois o nosso contacto visual foi cortado por um bater de um martelo e de seguida com a voz do juiz: " Vamos dar ínicio ao julgamento de Zayn Malik. " o homem de barba grisalha, começou por explicar como decorreria o julgamento, disse ainda algumas leis. E ele dizia tudo aquilo sem qualquer expressão facial deixando-me com mais medo ainda. No entanto iria começar pela minha mãe, passando pelas suas testemunhas e agora que eu vejo ela trouxe imensas, e eu pude reconhecer alguns vizinhos do Zayn.
