24 de Dezembro de 2015 - Parte II
Zoey
" Quem é a Sam? " indago com curiosidade e a menina de cabelos negros olha-me de uma forma estranha. Talvez ela não goste de mim, a mão de Zayn que antes estava na minha coxa estava agora no fundo das minhas costas.
os seus polegares acariciam o tecido do vestido. " A Sam foi-se embora e nunca mais vai voltar. " arregalo ligeiramente os olhos, ao ouvir o quão frio ele foi com a irmã. Dou-lhe uma cotovelada e o mesmo olha-me com os olhos irritados. " Eu odeio que se metam na minha vida e tu sabes disso Safaa. " ele fala no mesmo tom e a menina suspira indo-se sentar no sofá perto das irmãs.
" Não precisavas de ser tão bruto com ela. " meio que resmungo com o moreno, e assim que o faço deixo de sentir o contacto da sua mão nas minhas costas.
" Tu não tens de defende-la! " rosnou e acho que pela primeira vez eu não senti medo mas sim raiva.
" Tinha pois é uma criança Zayn, uma coisa é falares assim comigo, outra é falares assim com a tua irmã que por acaso é bastante nova e que te fez apenas uma pergunta. " falo irritada, e logo que ele vai falar eu volto a falar. " Não precisavas de rosnar como um cão. " ele olha-me de um modo chocado e irritado e eu levanto-me do sofá, indo-me sentar noutro.
" Zoey, será que podemos falar um minuto? " olho na sua direção, com uma expressão amuada e simplesmente nego. " Zoey... " bufo chateada e levanto-me do sofá. Ele poderia fazê-lo quando todos se fossem embora, ando rapidamente para o seu escritório.
Encosto-me à secretária e assim que oiço a porta fechar com bastante força dou um pequeno pulo. Olho Zayn que se aproxima de mim a passos largos e fecho os olhos com força quando vejo a sua mão levantar, solto um suspiro em surpresa ao sentir os seus lábios chocarem com os meus. Eu juro que pensei que ele me iria bater, normalmente, é o que ele faz mesmo eu não ter feito nada. Pouso as minhas mãos nas suas bochechas e volto a fechar os meus olhos sentindo os seus lábios suaves contra os meus numa sintonia bastante calma e aproveitadora. As suas mãos encontram as minhas ancas e as mesmas puxam-me mais para junto de si, sentindo o meu corpo bastante perto do seu. Um calor invadiu todo o meu corpo e acabei por envolver os meus braços em torno do seu pescoço. Calmamente os seus lábios começaram a abandonar os meus, a sua mão esquerda parou na minha bochecha e eu finalmente abri os olhos encarando os seus olhos, que neste momento estavam mais calmos e carinhosos.
" Nunca mais me respondas não te metas mais nas minhas discussões. " murmurou encostando a sua testa à minha. " Se eu falar com as minhas irmãs daquela forma, não te metas. " humedeci os meus lábios.
" Eu simplesmente não gostei da forma como falaste com a tua irmã, ela é uma criança e apenas te perguntou uma coisa! " protestei contra ele e o mesmo revirou os olhos. " Odeio quando me reviras os olhos, isso é uma falta de educação. " ele olha-me interrogativo.
" O que bebeste hoje?! " indagou num tom um pouco alto. " Estás muito autoritária hoje. "
" Vamos voltar para a sala? " questiono cruzando os meus braços em frente aos meus seios. " Não convidaste os nossos familiares para eles ficarem sozinhos. "
sinto os seus olhos queimarem literalmente a minha pele facial, e olho os seus olhos que me observavam atentamente. Um sorriso rasgou-se nos seus lábios e eu não consegui evitar sorrir de volta, o seu sorriso com a língua entre os dentes é contagiante. " Podes explicar-me o porquê de não conseguir tratar-te mal? Porque é que cada toque teu, me consegue acalmar? " sinto um rubor nas minhas bochechas ao ouvir as suas questões e desvio o meu olhar do seu.
