Capítulo 3 ✔

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Quarta - Feira, aula de ciências. De novo.

Já não aguentava mais aquela professora explicando - ou, no caso da nossa sala, tentando explicar - as células que compõe nosso corpo.

Comecei a escrever um bilhete para mandar pra Raven quando a professora fala algo que chama minha atenção.

- Muito bem, pessoas. As aulas já voltaram, e os trabalhos também - a turma reclama, mas ela continua. - Não vou pedir uma apresentação, mas quero para semana que vem um trabalho escrito no qual eu irei escolher as duplas e os temas.

É aí que a indignação dos alunos fala mais alto. Reclamações, xingamentos à professora, mas ela nem dá importância.

Ela começa a escrever os nomes dos alunos em papéis e os dobra, para sortear as duplas.

- Vamos lá - Sra. Hollister começa. Só presto atenção nas duplas de minhas amigas, que com certeza tiveram mais sorte que eu.

- Mary Caverey e... - ela sorteia meu parceiro, e não podia ser pior. - Louis Tomlinson.

- O QUÊ?! - grito, e percebo que ele faz o mesmo.

- Professora você não pode fazer isso comigo! - ele exclama.

- Tem certeza Tomlinson? Você caiu com a melhor aluna da sala, e está reclamando!? Bom saber que não se importa com a nota.

- Tudo bem! Se ele não pode reclamar, eu posso. Nunca fiz nada de errado, Sra. Hollister, por favor não me deixe fazer trabalho com ele!

- Sem reclamações, ou os dois ficam com zero. - me calo na hora. Esse vai ser o pior trabalho de todos.

[ ... ]

- Ah, qual é! Não é tão ruim assim, Mary. - Lauren tenta me animar.

- Lare, Raven é a dupla da Paige, e a professora ama a Paige, é óbvio q elas irão se dar bem. E você está com Andy, ele é bonito e inteligente. Até Justin deu sorte com a dupla dele. Acredite, o meu caso não é tão ruim, é péssimo.

[ ... ]

- Caverey! Espera. - na saída, Louis me chama. - Olha só, eu também estou puto da vida com esse sorteio, mas temos que fazer esse trabalho.

- Eu sei, mas não tenho nada relacionado ao tema nos livros da minha casa. E se a Hollister perceber que só tem pesquisas da internet, é aí que estamos ferrados. - explico.

Sim, isso é estranho. Há meia hora estávamos quase matando um ao outro, e agora já conversamos pacificamente. Eu disse, estranho. Mas contanto que ele não comece com suas implicações, eu sei conversar decentemente.

- Acho que minha mãe tem, posso perguntar. Mas teríamos que fazer o trabalho na minha casa, sabe como é. - olho torto pra ele.

- Não. Eu não sei.

- Para de ser fresca, Caverey. Nem se você quisesse iria acontecer alguma coisa.

- Ótimo, por que a última coisa que eu quero é você se apaixonando por mim. - debocho, irônica e começo a andar no caminho de minha casa.

- Isso só se você não cair aos meus pés primeiro. - ele grita, pois já estou meio longe.

- Nem em seus sonhos, Tomlinson! - grito de volta.

[ ... ]

- Certeza que não quer vir no piquenique? - Raven insiste, no dia seguinte logo que saímos da escola. - Você adora aquele parque.

- Bem que eu queria meninas, mas não dá. Infelizmente tenho que fazer aquele trabalho - reclamo - Mas nós vamos sair no sábado de qualquer maneira, lembra? Está tudo bem.

Opposites || L.T.Where stories live. Discover now