Capítulo 22 - Louis ✔

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Minha mãe não demorou muito para entrar em meu quarto. Logo que viu minha irmã deitada comigo, ela fez um sinal para que eu tentasse sair de lá e fosse conversar com ela fora do cômodo.

Quase a acordando, eu consegui. Lottie apenas se mexeu, mas voltou a dormir. Eu fecho a porta atrás de mim com cuidado, e olho para minha mãe.

- E aí? A polícia descobriu alguma coisa? Já sabem onde Mary está? - ela ri, porque eu falo um pouco rápido, mas logo me esclarece.

- Ainda não. Infelizmente, Lou. - a pequena esperança de logo a acharem morre dentro de mim. - Mas Sue e Kiera estão falando com a polícia agora. Como o pai dela tem amigos que são delegados e essas coisas, eles concordaram e mandar a equipe de busca mais cedo. Quando eu saí, Sue estava dando, junto com o advogado, uma lista de todas as propriedades da família.

- Os possíveis lugares em que Mason poderia ter ido. - concluo seu pensamento.

- Isso. - bufo. - O que foi? Isso é bom, querido. São horas a mais de procura por hoje.

- É mãe, mas a família Campbell é dona de quase metade da Inglaterra . Algumas horas não vão ser suficientes para achar a Mary logo.

Mamãe passa a mão pelo meu rosto, tentando me acalmar. - Nós vamos achá-la, tudo bem? Eu prometo.

Apenas assenti, já pensando em um plano.

Eu não iria deixar Mary com aquele louco por muito tempo, não mesmo. Nem que isso significasse que eu teria que, de fato, colocar meu plano em prática.

[ ... ]

Quatro dias. Eu havia esperado quatro dias para realmente pensar em procurá-la. Sim, admito que esperar tudo isso foi mais uma vontade da minha esperança, mas a esse ponto, ela também já havia acabado.

Foram quatro dias quase sem dormir, e a todo minuto pensando em uma possibilidade diferente. Na escola, eu quase não prestava atenção nas matérias, sempre estava rabiscando meus cadernos com possíveis locais de onde ela poderia estar, de acordo com a lista que Sue havia dado à polícia.

E é claro que eu tinha conseguido uma cópia.

Agora, eu estava sem mais esperanças na polícia. As investigações estavam acontecendo, mas hoje eles ainda estavam no terceiro estabelecimento. De, provavelmente, mais de cem. E como eu já suspeitava, não a encontraram. Isso iria demorar muito. Então, resolvi falar com Sue pessoalmente.

- Sue, sou eu. - a mulher loira sorri ao abrir a porta, em minha frente.

- Ah, olá Lou! - ela me dá passagem - Entre, por favor.

- Não quero incomodar, prometo que será rápido. - digo, seguindo-a até a sala de sua casa. Aliás, casa não. Mansão.

- Ah, imagine! Não é nenhum incômodo. Para falar a verdade, é até bom te ver, com tudo o que aconteceu. - eu percebo que seus olhos ficam mais baixos e tristes, mas ela logo disfarça. - Enfim, o que te traz aqui, Lou?

- Bem, minha mãe me contou que você deu à polícia uma lista com as propriedades da família, para a investigação. - ela assente. - Mas você há de convir que ela é muito grande.

Ela dá um riso fraco, concordando. Só depois que percebi ter falado igual à Mary no outro dia. "Há de convir".

- Nisso você tem razão, querido, mas não entendi aonde quer chegar. - Sue parece confusa, e eu tento me explicar melhor.

- A polícia vai demorar um século para encontrá-los se seguir a lista completa. Eu gostaria de perguntar se você poderia me passar uma lista com as propriedades que foram recentemente visitadas ou reformadas, sabe? Pra facilitar.

Opposites || L.T.Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt