[ 05 ] Eu odeio-te tanto, tu és como ela... [Editado]

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Finalmente saí da empresa o pai de Zoey fartou-se de perguntar pela filha. Eu quase que já não tenho paciência para aquele homem. Se era para me vender a rapariga e estar sempre a perguntar por ela, mais valia não ter vendido. O homem é mais chato que a minha avó e não estou nem a brincar, a cada passo que eu dava lá estava ele. " Como está a minha Zoey? Ela está muito mal? Não a trata mal pois não? " Não lhe bastava eu responder uma vez e depois ele concentrar-se no trabalho, a minha vontade era despedi-lo, mas temos um contrato, contrato esse que eu posso anular mas não quero. A Zoey faz-me bem e é a primeira rapariga que não foge de mim a sete pés, como todas as outras, que já tentaram realmente matar-se dentro da minha casa, que já tentaram trepar no portão da mesma. Ela fica quieta no seu canto e ainda se dá bem com a Grace, que é como uma mãe para mim, e conhece-me melhor que ninguém. 

Hoje quando acordei fiquei realmente confuso ao ver que estava deitado ao lado dela, não me lembro do que tinha acontecido na noite anterior. Só me lembro de lhe ter batido eu estava com raiva de a ter visto a falar com o Liam, aquele rapaz tem sempre a mania de ficar com as minhas presas. E eu tive de desforrar na Zoey, que nem sequer teve culpa nenhuma. Mas chateou-me vê-la com ele, a falar tão animadamente e descontraidamente. Comigo ela não faz isso e é irritante porque eu sou o dono dela, e não ele. 

Fechei a porta de casa atrás de mim, e retirei a minha gabardina pendurei-a no cabide. Caminhei calmamente pelo hall de entrada e comecei a ouvir uma voz um pouco desafinada a cantar e segui-a. Dei uma pequena risada, fiquei perto da porta da cozinha e pude assistir a Zoey a dançar que nem uma maluca, enquanto cortava algo. As suas ancas baloiçavam de um lado para o outro e a sua cabeça abanava freneticamente. Ela é realmente bonita. Ela rodou no seu próprio corpo e fechou os olhos continuando a sua dança, que me estava a deixar realmente animado e não animado de estado de espírito. Aproveitei o facto de ela estar de olhos fechados e já ter cortado a cebola ou lá o que era, caminhei lentamente e sem fazer barulho para junto dela. Sorri largamente e meti as minhas mãos nas suas ancas, agarrando as mesmas firmemente. 

A rapariga que antes dançava virou-se rapidamente para mim e eu vi a minha vida a passar-me à frente dos olhos assim que ela me apontou aquela faca bastante afiada. Ambos gritamos fazendo um grande eco naquela cozinha e eu rapidamente me afastei. Ela levou a mão ao peito, respirou fundo e olhou-me de olhos arregalados, enquanto que eu continuava assustado. " Tu queres matar-me?! " 

" Isso pergunto-te eu! " berrei respirando fundo. " O que é que estás a fazer? Com uma faca!? " indaguei agora de braços cruzados. 

" Talvez a cortar cebolas. " respondeu o óbvio, revirei os olhos e lancei-lhe mil pragas. " E estou a fazer o jantar. " acrescentou. 

" E porque estás tu a fazer o jantar?! " questionei de sobrancelha franzida e só depois me lembrei que a Grace, tinha pedido a tarde. " Esquece, a Grace pediu-me a tarde. " 

" E eu não iria com certeza morrer à fome! " encolheu os ombros e virou-se novamente de costas para mim. " Vou fazer massa com carne! " avisou. 

Assenti levemente com a cabeça, encostei o meu corpo ao seu, descansei as minhas mãos na sua anca e senti o seu corpo estremecer, coisa que a mim me fez sorrir. Eu nem sei se ela estava com medo ou se estava envergonhada. 

Zoey 

Senti os seus braços em torno da minha cintura, mordi o meu lábio inferior e senti as minhas bochechas aquecerem drasticamente. É demasiado contacto. Tentei concentrar-me naquilo que estava a fazer, mas porém tornava-se difícil, o seu corpo está muito colocado ao meu, a sua respiração está a fazer a minha pele arrepiar-se e o seu perfume forte está a deixar-me meio que maluca. 

" Eu gosto de massa com carne. " declara e eu assinto levemente com a cabeça, desvio-me do seu corpo quente e cheiroso, e atrapalhadamente vou ver da água que já tinha metido a ferver há bastante tempo.  

x algum tempo depois x 

Deitei-me sobre a minha cama, e respirei fundo. Tenho saudades da minha mãe e apenas queria ligar para ela e perguntar-lhe se está tudo bem com ela, se finalmente conseguiram algum dinheiro. Eu tenho a certeza que já conseguiram algum, Zayn não me parece o tipo de homem que não cumpre as suas promessas. 

Salto praticamente na cama assim que a porta do quarto bate contra a parede e olho assustada para um Zayn raivoso, exaltado e furioso. Mas ele não estava a dormir? Ele disse-me que já estava cansado quando estávamos a ver o filme, ele até adormeceu no sofá.  Encolho-me na cama e espero que ele me diga algo, assim que oiço as palavras " Despe-te já! " suspiro. Outra vez não, por favor. Ele novamente grita comigo e aproxima-se puxando-me pelo o meu braço, o aperto no meu braço é tanto que logo os meus olhos ficam vidrado. 

" Não, por favor Zayn... " sussurro tentando afasta-lo de mim. Porque é que ele me faz isto? E é sempre quando ele esta irritado. Os seus olhos ficam escuros, as veias do seu pescoço ficam salientes e tudo no seu estado espírito muda. Terá ele algum problema? sinto a minha bochecha esquerda arder literalmente, solto um grito bastante agudo e o meu corpo é empurrado para cima da cama novamente. " Zayn! " gritei com o moreno e meti as minhas mãos nos seus ombros tentando afasta-lo de mim. 

" Cala-te! " rosnou, as suas mãos agarraram o colarinho da t-shirt branca e o único som que ouvi naquele momento foi a camisola a ser rasgada. " Tu só tens de me obedecer e quando não o fazes, só estás a piorar a tua situação. " falou no seu tom neutro, o seu maxilar estava cerrado e as suas mãos atacavam o meu corpo sem parar. " Eu odeio-te tanto, tu és como ela! " berrou praticamente. Ela? mas quem é ela? Engoli em seco, e finalmente consegui agarrar as tuas mãos, não que eu tenha muita força mas consegui para-lo. " Vocês são todas iguais. " 

meti-me de joelhos na cama tal como ele e naquele momento não me importei de estar apenas de sutiã e cuecas. Meti uma mão sobre a sua face com alguma barba por fazer e observei os seus olhos atentamente, mas logo eles se fecharam voltando a abrir pouco depois. A sua respiração aos poucos foi acalmando e eu observei cada movimento seu. " Ela quem? " indago num tom calmo, mas no entanto eu estava a tremer por todos os lados, ele poderia voltar a tentar e eu não estaria preparada. Senti as lágrimas deslizarem pelo o meu corpo, ele respirou fundo e meteu as suas mãos sobre as suas pernas. " De quem estás a falar? " a minha curiosidade, era quem estava a falar por mim. 



Prisioner « zayn »  ✔Where stories live. Discover now