VII Capítulo

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Noah Sousa
Saio pelas ruas de Milão atrás de alguma balada, ou barzinho para me divertir. Demorou um pouco para eu encontrar uma boate luxuosa, com o som alto, e com um monte de mulheres gostosas, afinal ainda era à tarde. Entro no local todo animadinho, pego um copo grande de vodka com limão, e começo um esquenta para a noite. Danço um pouco, com todo o meu jeito desengonçado, e quando estou no terceiro copo de vodka vou até um mulher que estava encostada no balcão do bar.

-Oi - sussurro em seu ouvido.

Ela se assusta, mas ao me ver ela sorri.

-Oi... - ela espera que eu complete com o meu nome.
-Noah, e você é a...
-Melanie, mas me chama de Mel.
-O apelido da minha mãe.
-Hum. Você é daqui? - pergunta pegando meu copo de vodka para dar um gole.
-Não, sou brasileiro.
-Percebi, seu sotaque é engraçado - ela ri.
-Não seria nada engraçado se eu não resistisse a tentação de te comer aqui mesmo - grudo meu corpo no seu, e esfrego meu pau levemente excitado por cima do tecido fino do seu vestido.

Ela geme em meu ouvido, eu já estava quase arrastando ela para um quarto, quando um empata foda chama o seu nome.

-Melanie, dá para ser mais discreta - o empata foda puxa ela de perto de mim - eu sabia que não era uma boa ideia ter te trago aqui.
-Quem é você? Deixa ela - tento puxar Melanie de volta para mim, mas o cara não deixa.
-Enrico, deixa sua irmã curtir a vida! - chega mais dois homens perto dele.
-Giovanni, Luca, não se intrometam. A irmã é minha - Enrico diz sem paciência.
-Para de ser careta, eu já sou maior de idade - Melanie se solta do irmão e vem para perto de mim - só estamos nos conhecendo.
-Ok - Enrico respira fundo - mas estou de olho.

Os três homens afastam-se de nós sentando-se em uma mesa próxima.

-Perdoa o meu irmão, ele não aceitou a ideia de que eu já cresci - Melanie diz sem graça.
-Tudo bem... Agora só perdemos o clima - sim, eu estava sem jeito. E olha isso quase nunca acontece comigo.
-Vamos nos sentar com os meninos e beber algo - ela me chama amigavelmente, e vejo que a minha foda de hoje não vai rolar.

Sentei-me com Melanie, Giovanni, Luca e Enrico, que já estava muito mais sociável comigo, pois eu não estava cantando a sua irmã. Eu acabei não me interessando por mais ninguém, e fiquei o resto da noite conversando com meus mais novos colegas e enchendo a cara.

-Amanhã iremos dar uma festa na minha casa no campo, vai lá, e leva alguma gatinha para gente - Luca convida-me gentilmente.
-Pode deixar que eu vou sim, só me passar o endereço - eu que já estava mais para lá do que para cá, estava topando tudo.

Acho que todos nós já estávamos alegrinhos, pois dávamos risada de tudo. Ao final da noite, me arrastei de qualquer jeito para o hotel, e desmaiei na cama.

Ofélia Santos
Depois de desembarcar e ir para o meu quarto no hotel, pego meu celular da empresa e ligo para Somálian.

-Má? Tudo bem? Acabei de chegar...
-Oi Lia, está tudo bem aqui, e aí?
-Está tudo tranquilo, e o meu bebê? Já estou morrendo de saudades - sinto um aperto no coração só de lembrar que ficarei quatro dias longe.
-Ele está bem também. Só fica chamando você a cada cinco minutos.
-Põe o telefone no ouvido dele para eu falar com ele - espero ouvir o som do meu bebê - oi amor da mamãe, eu estou morrendo de saudades suas...
-Mãmã - ele diz todo contente.
-Logo eu estou de volta, e vou levar um presente para você...
-Quelu mãmã, tata - ele pede para Somálian.
-Sua mamãe já vai chegar - Má fala com ele.
-Beijos meu amor, logo a mamãe volta.
-Mãmã - Ben começa me chamar sem parar e antes que Má se despedisse e desligasse o telefone, eu ouço seu chorinho.

Deito na cama com o coração pequenininho, como é ruim ficar longe do meu bebê. Se eu não precisasse tanto desse emprego, eu nunca aceitaria viajar e deixar o meu neném em casa. Isso acaba comigo.
Fico meio deprimida, e é assim que pego no sono.
Quando acordo, já era por volta das 17 horas. Eu até tinha ganhada uma quantia em dinheiro da Lusitano para me sustentar aqui em Milão, mas como eu sou uma tapada, não falo italiano, e não conheço nada por aqui, resolvi pedir o jantar aqui no hotel mesmo. Depois de jantar um delicioso Tortellini de Bolonha, e beber um refrigerante geladinho, eu peguei um dos tantos livros que trouxe para ler. Além de eu amar ler, era uma coisa boa pois ajudava a passar o tempo quando não tinha nada para fazer.

Filhinho de papaiWhere stories live. Discover now