III Capítulo

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Noah Sousa
Fora o nome peculiar, Ofélia era gostosa para caramba. Bunda redondinha e empinada, e com os seios fartos, do jeito que eu gosto. Sem contar o cabelo, não sou gay de ficar reparando no cabelo das mulheres, só que eu sempre tive fetiches com cabelos.

-Acho bom você se comportar Noah, a Ofélia é muito profissional - continua o meu pai falando na minha orelha depois da Ofélia sair da sala.
-Mas entre nós pai, ela tem a maior cara de adolescente - o que não é um ponto negativo, já que seu rosto é lindo.
-Noah, faça-me favor, estamos falando de um assunto sério. O rosto da Ofélia é o que menos importa, tendo em vista que a sua capacidade é enorme.
-Ok - cruzo os braços e faço meu melhor semblante de profissional - quando começo?
-Hoje é um bom dia. Olha que sol lindo lá fora, aposto que você vai adorar passar o dia enfurnado aqui no escritório comigo - ele brinca.
-Ah claro, é tudo o que eu mais quero - ironizo.
-Mas agora voltando ao assunto, vocês só vão assumir o cargo após o meio do ano, que é quando vocês se formam em administração. Por enquanto, é bom você vir diariamente para ir se acostumando com a rotina e ir vendo como as coisas funcionam.
-Ainda da tempo de desistir! - provoca o tio Thales.

Apesar do desespero que me assombra ás vezes, ao pensar que todo o patrimônio do meu pai estarás em minhas mãos, eu gostava da ideia de administrar uma empresa. Eu curto demais o curso de administração, e mesmo se o meu pai não confiasse em mim para depositar seu cargo em minhas mãos, eu ainda assim seguiria essa carreira.

-Eu tenho certeza do que eu quero ser senhor Thales - confirmo sério e em tom profissional.
-Ai filho, você é o orgulho do papai - brinca meu pai rindo - inclusive, esqueci de avisar que sua mãe quer você em casa para o jantar.
-Oxê, porquê?
-Ela diz que precisamos mais de momentos em família, e porque o Henry quer dar uma notícia.
-Já até sei, você vai ser vovô.

Meu pai sorri de orelha a orelha com a ideia, que na verdade é apenas uma suposição.

-Não brinca com o velho, vai que ele infarta - tio Thales diz rindo.
-Bobão, quem vê pensa que você é muito novo - meu pai coça a cabeça e batuca a caneta na mesa - pior que eu acho que você tem razão Noah.
-Eu sempre tenho - sorrio e me levanto - vou dar uma volta pela escola, faz tempo que eu não venho aqui.
-Ok, mas nada de cantar as minhas funcionárias! - já avisa o meu pai.
-Nem uma piscadinha?
-Nada.
-Mas e a Ofélia? Tenho certeza que você apóia o nosso envolvimento.
-Não brinque com ela - meu pai diz totalmente sério, o que faz com que o meu sorriso morra - ela não é mulher para você.

Saio da sua sala bolado com o que ele me disse. Como assim Ofélia não é mulher para mim? Qualquer mulher é mulher para mim! Pego o elevador para o térreo, e quando saio vejo os sorrisinhos e os cochichos das secretárias da escola. Não sei porque meu pai contrata tanta secretária para uma única escola de equitação.

-Bom dia Senhor Noah - uma secretária de batom vermelho sorri.

Ela me lembrava um palhaço famoso no mundo infantil. Talvez por sua boca ser muito grande, e por conta da forte sombra azul e do batom vermelho borrado.

-Bom dia - respondo sem mais delongas.

Não seria inteligente da minha parte me envolver com as secretárias, pois se meu pai descobrisse, ele me mataria. Vou em direção ao Haras e fico caminhando debaixo do sol por um tempo. Acho que estou pensativo demais hoje. Sinto meu celular vibrar no bolso da calça e por um momento penso em não pegá-lo, talvez seja mensagem de operadora, mas resolvo verificar mesmo assim.

"Teremos uma reunião daqui quinze minutos, quero que você acompanhe. Papai".

Dou meia volta do caminho que estava fazendo e retorno para o prédio da Lusitano. Subo para o andar da presidência e encontro Ofélia conversando com a secretária do meu pai.

Filhinho de papaiWhere stories live. Discover now