Capítulo 40

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O silêncio era um dos inimigos de Hyunjin naquele momento.

Tentava a todo o custo ouvir algo que pudesse denunciar a posição de Jisung ou dos homens que invadiram. Nada de gritos, barulhos ou até mesmo tiros, e isso começava a assustar o menor, tanto que Minho chegou a notar.

— Jinnie?. — chamou obtendo a atenção chorosa do menor. — Ele está vivo, ok? O Jisung é bastante forte, e não é apenas alguns homens que o farão cair. Ele lutou contra Iseul há alguns anos, ele afrontou o alfa, sem medo ou qualquer receio de apanhar. Conheço o Sung, ele não irá deixar que nada o afronte nem mesmo que cheguem perto de ti!

— E-eu não estou preocupado comigo, Min... — sussurrou. — Não m-me preocupo em morrer, até seria bom isso acontecer... Esquecer tudo, e talvez fiquem sem estes problemas todos. Se eu morrer, isto acaba!

— Hwang Hyunjin!! — vociferou o lúpus sentindo o seu coração apertar. — Jamais digas isso! És um ser humano, mereces viver e ter a tua própria vida, feliz, com família e amigos, e espero que comigo também! Meu anjo, nada disto será alguma vez por tua culpa. Não quero ouvir essas palavras saírem pela tua boca, magoa-me que penses dessa forma... — o castanho deixou um suspiro sair enquanto acelerava ainda mais pela estrada, pouco se importando para os semáforos vermelhos. — Vamos achar quem está a fazer isto, e prometo, eu matarei a pessoa lentamente, farei com que ela sofra por tudo o que passaste!

— Min...

— Como está tudo aí? Ainda ouves algo? — indagou vendo os portões da sua residência a poucos metros de distância. — Jin, eu cheguei. Preciso de desligar, tudo bem?

— Sim, sim! — afirmou, sendo o primeiro a desligar ansiosamente. Mesmo estando preocupado com o amigo ómega, Hyunjin queria sair dali, sentia-se no estopim de estar trancafiado num pequeno cómodo secreto sem conseguir sentir o ar puro, mesmo que tenha se passado apenas minutos, não mais que uma hora.

Já o lúpus, sequer deu-se ao trabalho de colocar o carro na garagem ou mesmo adentrar os portões com o mesmo. Saiu rapidamente do automóvel seguido dos companheiros e amigos.

— A segurança do Jisung poderá estar comprometida quando entrarmos, não me desobedeçam quando vos mandar fazer algo. Espero que continuem a confiar em mim e nas minhas decisões, mesmo que tenhamos caído naquela armadilha do Iseul! — os demais assentiram. Era óbvio que não iriam deixar o lúpus, era a primeira vez que Minho caia numa armadilha absurda, isso era verdade, mas precisam de apresentar os factos: Minho era um bom líder, super inteligente, e com um rápido raciocínio.

Os planos infinitos, as opções, as escolhas, as memórias, o passado. Eles partilhavam tudo, muitas das vezes chegavam até à máfia com o mesmo intuito, fazer justiça, a justiça que as autoridades fazem, junto a um lúpus! Ou então, queriam vingar as famílias assassinadas, mas jamais imaginavam que o Lee parava redes de tráfico visando devolver tudo ao seu devido lugar. Quem não conhecia, espalhava os boatos de que o lúpus era violento, matava a sangue-frio inocentes e não se arrependia. Aquilo era verdade, mas a palavra 'inocentes' deveria ser retirada.

Era visto de forma inútil, nojenta, e muitos o repudiavam, e faziam isso idiotamente, pois Minho era o maior prezador pela vida humana, menos daqueles que nasciam para fazer as pessoas do mundo sofrer.

— É o seguinte, revistem a casa inteira, os cómodos todos, sem deixar nenhum passar! — ordenou desviando a sua atenção novamente para a casa. Ao se aproximar com a arma em mãos sentiu o cheiro de sangue ainda recente, assim como alguns cheiros desconhecidos por si. Abriu a porta calmamente, porém ainda com os seus sentidos no máximo. A porta tinha vestígios de que balas trespassaram pela mesma, porém assim que colocou um pé na casa, uma poça de sangue estava ali.

𝑰𝒏 𝒕𝒉𝒆 𝒎𝒊𝒅𝒅𝒍𝒆 𝒐𝒇 𝒕𝒉𝒆 𝒏𝒊𝒈𝒉𝒕 - Hyunho - HyunknowTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon